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sexta-feira, 30 de julho de 2010

Lista de Desejos


Na minha lista de desejos você sempre esteve lá, em primeiro lugar, mas nas últimas eu não me lembrava mais de você.
Hoje lembrei.
Uma canção no rádio me fez lembrar de voce, quando a não muito tempo, nos domingos de tarde - ah os domingos e suas lembranças - eu deitava na cama ao som do Coldplay e escutava Fix You até pegar no sono, no repeat e me perguntava o que aconteceu para que não nos encontrássemos.
Ficava triste e solitário.
Hoje, após vários que tentaram me fazer achar que era você e após tantos que te confundi, aprendi a não te esperar mais, mas assim como todo garoto - agora homem - também me sinto só as vezes e hoje (soltanto) permiti lembrar de você (why don't?), mas sem manter a ilusão da sua chegada, até porque isso passa: um devaneio que vem como uma chuva de verão, que inunda toda a cidade, mas vai embora -chuva quem tem vindo numa frequencia cada vez menor - porque eu ainda acredito em Paraíso, mas ele cada vez mais se assemelha apenas a famosa estação de metrô de São Paulo. E somente a ela.

A station of life where the train never arrives, tired, i gave up the trip.

quinta-feira, 29 de julho de 2010

Desrespeito?

Pra quem não sabe sou uma pessoa liberal quando o assunto é sexo.
Eu sou uma pessoa de poucas restrições - e não pouca seleção - e que sabe fazer o "sexo apenas por sexo".
Aprendi a flertar e reconheço muito bem quando um flerte é com um propósito a longo prazo ou a curto prazo. Apenas.
O tempo me fez ficar mais prático quanto ao sexo por sexo, então, quando o interesse meu é apenas ele, costumo poupar diálogos vazios ou conversa fiada, vou direto ao ponto.
O que é totalmente distinto de quando há um conhecimento com interesses reais a mais. Pois bem, com essa premissa colocada, segue:
Muitos de meus amigos conhecem já a minha praticidade e as vezes escuto um discurso de como se isso fosse desrespeito.
Desrespeito?
Comigo? Com eles? Todos? Nenhum de nós?

respeitar
res.pei.tar
(lat respectare) vtd 1 Testemunhar respeito a; tratar com respeito: Seus filhos o respeitam. vtd 2 Ter em consideração; acatar: Respeitar o direito e a justiça. vtd 3 Tratar segundo os preceitos da moral ou da urbanidade: Respeitar a família, os vizinhos, os passageiros de um transporte coletivo. vtd 4 Cumprir, observar, seguir: Respeitar a fé jurada, respeitar a religião. vtd 5 Honrar, reverenciar: Respeitam-lhe a memória. vpr 6 Fazer-se respeitado; impor-se ao respeito dos outros: Ele sabe respeitar-se. vti 7 Dizer respeito; pertencer, tocar: Estas circunstâncias respeitam à moralidade e à virtude. vtd 8 Não causar dano a; poupar: O tempo nada respeita. vtd 9 Recear temer: Todos respeitavam o touro vigoroso. vtd 10 Admitir, aturar, suportar: Respeitar o infortúnio.

Dicionário Michaelis da Lingua Portuguesa.


Quando duas pessoas deixam muito claro que o interesse mútuo é o sexo e apenas ele, isto é exatamente claro, óbvio e transparente.
Ninguém está enganando ninguém. E sabem o porquê desta atitude?
Porque ela previne apegos que não possam ser correspondidos e falsas expextativas. Óbviamente que excluiremos isso do campo da hipocrisia a possibilidade de mesmo um envolvimento desse nível, possa em algum momento envolver apego ou sentimentos: é óbvio que essa possibilidade existe. Mas com essa transparência, as chances de algum dos lados saírem magoas é considerávelmente menor. E o que isso remete?
A alguns dos termos que o dicionário se refere: 'tratar com respeito', "Fazer-se respeitado; impor-se ao respeito dos outros' , 'Ter em consideração' , 'Não causar dano a; poupar', 'Admitir''. Todas essas premissas culminam no que chamamos de: respeito.
Respeito pelo sentimento do outro, respeito pelo seu próprio sentimento.
Porque uma coisa que eu vivencei e não aprecio são as horas disperdiçadas em conversas, passeios, flertes e em alguns casos, falsos desejos e promessas com a única finalidade: sexo.
A pior decepção que há é conhecer alguém, e estar rolando um lance super bacana e descobrir que o cara quer apenas your body e nothing more. E nesse tempo você ter dispendiado, tempo e sentimentos seus.
Para cada situação, seu jeito.
Será perda de tempo? A minha paciência que anda curta? Realmente é uma 'prevenção de perdas mútua'?
Ou nenhuma delas?

O que você dá pra vida é o que a vida vai lhe dar.

segunda-feira, 26 de julho de 2010

Foco

" Where am i going? "

Essa pergunta você pode se fazer constantemente ou simplesmente ocorrer uma situação qualquer que te jogue contra esse questionamento.
Todos já se fizeram, mas até onde podemos definir e de fato chegar a esse destino?
Primeiro lugar é estabelecer o que é importante pra você e ordenar uma meta.
Uma das grandes questões pra chegarmos as nossas metas é o foco. Sem ele, não saímos nunca do lugar.
E é claro que nessa exposição de idéias, vocês sabem que não falo de amor, viver um amor pode ser um desejo, mas nunca um objetivo: é uma variável totalmente alheia ao nosso poder de perseguição, logo ela - esotericamente falando - pertence a outro plano que não esse nosso, dê a ele o nome que desejar.
Por vários motivos podemos deixar o foco dos nossos objetivos: um namoro, um emprego, problemas familiares, saúde ou simplesmente o afrouxamento pessoal, digamos uma 'preguiça'.
Eu não chamo exatamente de preguiça, porque ela em si tem um significado diferente disso que tento expor.
Meu namoro passado me fez mudar a vela e rumar outra direção e vocês se lembram bem como terminou. Talvez justamente por isso eu decidi manter sempre o foco nos meus objetivos abrindo mão da busca por alguém, ou chamem isso aí do que quiserem chamar.
O problema é que não é apenas isso que pode mudar seu foco mas um comportamento pode ter o mesmo impacto na nossa vida: o comodismo.
E justamente onde eu percebi que caí novamente nesse famigerado comportamento e antes que a porta se fechasse saí a tempo e estou retomando tudo como antes, agora com uma espécie de check-out diário, para evitar ser possuído pelo espírito comodista.
Difícil ficar se policiando sempre, até porque isso é uma neurose e nos deixa rígidos demais, mas abraçar o mundo com as pernas como costumeiramente faço é um grande perigo para se perder o foco outra vez. E acreditem, perdi alguns anos na vida por entrar no barco com a vela erguida fora do prumo.
Solução?
Notas mentais diárias sobre o assunto, mas sem aprisionar a minha liberdade até porque objetivos são necessários, mas viver é mais ainda.
Or right?


"Viver é enfrentar um problema atrás do outro.
O modo como você o encara é que faz a diferença.
"
Benjamin Franlin

quarta-feira, 21 de julho de 2010

Mente X Corpo: Eis a questão.


Na economia, aprendemos o conceito de trade-off: sempre teremos conflitos de escolhas, o almoço em detrimento do lanche, a aula de matemática na sexta em detrimento do chopp no bar da esquina... essas coisas.
Bem, nas baladas da vida, verificamos os dois extremos desse expoente, lembrando, são extremos, não sua totalidade: as 'alcatras', corpos ambulantes, que geralmente dispensam conversas longas - em sua parcela considerável nem são capazes de tal - e são aqueles típicos caras com quem você dificilmente consegue levar mais de 10 minutos de conversa, geralmente se supõem profundos conhecedores 'de fora' mas com aquele portuguesinho - sim, em diminutivo - que é comparado ao ensino médio: uma ferrari com motor de fusca.
Essa conjuntura se dá pelo tempo que essas pessoas dispendiam na academia, que por sua vez consome o tempo que poderia ser dedicado a... leitura? jornais? Muitos desses - experiência própria - as vezes não leem um livro sequer e não conhecem um autor, nem desses comerciais - Stephanie Meyer e afins - mas sabem de cór todas as festas mais badaladas da cidade onde fervilha 'gente bonita'.
Geralmente, a ausência de conversa, está condicionada ao 'fator imagem' que tão forte é no homem, por uma razão psicológica, cuja capacidade cognitiva pelo reconhecimento espacial se dá na sua maioria melhor que a mulher, onde 'eles' são atraidos pela imagem e, partindo desse pressuposto quem sabe do seu poder de atração tende a 'encurtar caminhos' e ir direto ao ponto: geralmente um beijo ou cosa más.
E se você não é um bombado como eles, frequentador das festas assíduas, sorry my darling!

Na outra ponta, estão os 'cults', que por sua vez, generosa parcela deles detestam o tipo acima. São profundos conhecedores as artes, da história - são geralmente as esferas de conhecimento onde mais se desponta essa minha 'classificação' - e tem milhares de citações de cór, mas que demonstram-se por serem - de fato - possuidores de conhecimento, as vezes infelizmente, tornam-se arrogantes, prepotentes, soberbos e cheios de razão. Detestam ser questionados, e vivem muitos, assim como a tipificação anterior, numa 'europe life all times' mesmo num padrão de vida as vezes bem diferente para tal, numa aspiração desenfreada carregada de 'não faço isso..', 'essa loja não', numa 'nojice' descabida que torna a sua compania fardosa e pesada.
Esses acima, geralmente estão na busca de algo mais sério, na sua maior parcela em contradição a galera acima, mas quando com comportamento 'enojado' as vezes espanta até os mais corajosos a enveredar esse mundo recheado de Sartres, Dostoiveskis, Socrates e Niétzches. A pena para o desconhecimento é cruel: a indiferença.
Assim, com essas informações, o nosso meio, tão exigente, sacrifica nosso cotidiano para atendê-lo.

Numa megacidade como São Paulo, eu já fui um desses, e talvez volte a sê-lo, por opção própria e não me faltam exemplos de conhecidos e amigos que praticamente não tem tempo pra nada: fazem faculdade, malham, trabalham... e vivem na rotina de 'trenzinho': um compromisso 'engatado' no outro. Justamente na busca do objetivo principal que é imposto: ser inteligente e lindo at the same time. Uma combinação que não é e nunca foi fácil de se ter.
Para quem aguenta, é ótimo, mas eu por exemplo, cheguei num trade-off entre faculdade e academia: fiquei com a faculdade. Para mim, a prioridade sempre será o conhecimento, o corpo vem com encaixe de tempo. Sempre dou um jeito, mas não é ele quem comanda o barco. Se der pra andar tudo junto o Brasil agradece, mas nem sempre é possível.

Todos nós temos escolhas, mas devemos enumerar as nossas prioridades. Mas vale considerar: só um corpinho lindo e 'nada mais' vale a pena? Descer um pouco da 'avec arrogànce' e sambar com a galera não liberta? Sair dos extremos geralmente se é bom na vida e faz com que ganhemos em experiências inesquecíveis e as vezes partidas de onde menos esperamos.
Será possível estar de bem com os dois lados da moeda sempre? Realmente essa dúvida gostaria de elucidar.

"To be or not to be, that's the question", como dizia Hamlet.

Baseados em abrodagens desses temas recentemente em Canudos Coloridos e G Clichê, dois blogs que admiro ever!

Observações:
P.S 1.: Espero não ter sido tendencioso ou cretino nas colocações, muitas baseadas em pessoas que conheço e experiências passadas na minha real life.
P.S.2.: Quanto as críticas, somam-se apenas as pessoas extremistas e incompreensíveis não a gente inteligente e tolerante e gente bonita com conteúdo.
P.S.3.: Não foram motivados por acontecimenos recentes.
E tenho dito.

terça-feira, 20 de julho de 2010

Amigos


Apareceram dos lugares mais distintos e hoje são todos possuidores de uma parte de mim.
Das minhas palavras, do meu riso, do meu choro, do meu conselho, dos meus devaneios, das minhas verdades, ou de qualquer sentimento que já esternei por algum de vocês.
Sim, cada um dos meus anigos é possuidor de um pouco de mim e eu deles.
Eu espero que aconteça o que acontecer, que eu seja lembrado pelas risadas, pelas cenas hilárias que promovi e pelas coisas boas que - tentei - passar.
Porque a felicidade de quem eu amo é a minha felicidade e eu faço o que for possível pra sempre vê-los sorrir. Sempre.
Sabem qual é o maior prazer que eu tenho? Saber o quanto posso levar de alegria, o quanto mesmo que eu não esteja bem, possa passar algo de bom pra vocês!
Pros meus amigos, muitos vindos desse blog que tanto carinho eu tenho, um grande, gostoso e demorado abraço!

Deixo lhes Machado, cretino com seus leitores, mas certeiro em suas palavras...

(...)Abençoados os que possuem amigos, os que os têm sem pedir.
Porque amigo não se pede, não se compra, nem se vende.
Amigo a gente sente!
Benditos os que sofrem por amigos, os que falam com o olhar.

Porque amigo não se cala, não questiona, nem se rende. Amigo a gente entende!
Benditos os que guardam amigos, os que entregam o ombro pra chorar.

Porque amigo sofre e chora.
Amigo não tem hora pra consolar!
Benditos sejam os amigos que acreditam na tua verdade ou te apontam a realidade.

Porque amigo é a direção. Amigo é a base quando falta o chão!
Benditos sejam todos os amigos de raízes, verdadeiros.
Porque amigos são herdeiros da real sagacidade.
Ter amigos é a melhor cumplicidade!
Há pessoas que choram por saber que as rosas têm espinho,

Há outras que sorriem por saber que os espinhos têm rosas!(...)

Para todas as rosas de dentro e fora do meu jardim blogueiro, um beijo bem grande!
Afinal, um garoto só é verdadeiramente feliz se tem amigos!

segunda-feira, 19 de julho de 2010

Desperdício

Drummond, mineiro que amo, sabia falar do amor - e do amor pela vida - e da existência como função como poucos souberam e a libertação que ele propunha através das palavras, na verdade ele propusera que a fizéssemos na vida e em nossas atitudes.
Hoje, devido a algumas desventuras, cito-o humildemente quanto ao tempo e as diversas formas de aproveitar a vida nas suas sábias e geniais palavras:

"A cada dia que vivo, mais me convenço de que o desperdício da vida está no amor que não damos, nas forças que não usamos, na prudência egoísta que nada arrisca, e que, esquivando-se do sofrimento, perdemos também a felicidade. A dor é inevitável. O sofrimento é opcional."

Drummond, do poema 'Viver não dói'.

quinta-feira, 15 de julho de 2010

O Casamento

Para quem não sabe a Argentina ontem aprovou finalmente após uma novela que se arrastava por semanas: o casamento gay.
Foi uma alegria pra comunidade gls de lá e amigos meus disseram que foi muito bem recebido pela população inclusive no que culminou com a frase da presidente Cristina Kichner onde ela se referiu aos protestos das igrejas evangélicas e Igreja Católica: "negar esses direitos é promover um retrocesso medieval".

Pena não ter sido nós, que tanto nos vangloriamos no cenário internacional, sermos o responsável pela maior virada nesse sentido na América Latina. Mas já fico feliz, porque Chile e Uruguai estão discutindo o assunto e com essa medida incontestavelmente histórica, o Brasil certamente terá de rever sua posição.
Tanto que para comentar sobre o assunto indico o Dois Perdidos na Noite que tratou belissimamente o assunto onde partilho todas as opniões salvo a citação sobre que os anos de governo Lula nada avançamos, Lula foi o único presidente a abrir a conferencia nacional e a expor abertamente na tv, como nessa entrevista que foi ao ar no Fantástico ano passado, abordando o assunto de maneira positiva e o apoiando.
O problema no caso do Brasil é mais profundo e acho que com a Argentina dando esse passo, deve dar um gás pra nós brasileiros, nesse jogo a goleada foi a favor deles.

Mas o que vou abordar aqui é outro problema: o quanto realmente nos importamos com o casamento gay.
Num mundo de encontros e desencontros como o nosso - e não somente ele - vários conhecidos meus tem me repetido com exaustão a ausência de modelos e um desinteresse por algo bacana, talvez, penso eu, eles não conhecem gente como o Braccini, o Wans e o Melo ou o Edu por exemplo que desfrutam de relacionamentos bacanas ou como vários amigos meus que tenho, para justificar o desinteresse pelo casamento gay.
Em muitas ocasiões e muitos dos raciocínios do pessoal a idéia que fica é a do "se não faz parte da minha conjuntura pouco me importa" e talvez por esse egocentrismo é que aqui no Brasil não vemos uma movimentação em massa atrás desse direito básico para todos nós.
Eu mesmo já disse aqui que se rolar algo bacana com um cara legal, no futuro nós conversaremos sobre filhos - porque não? - e se ele não quiser aí beleza, mas seria muito bacana ver os guris pela casa e poder formar uma família, mas isso é uma questão from the future.
Talvez o gay brasileiro se acostumou a ser encarado pela sociedade por tanto tempo de uma maneira marginal, que não compreendeu ainda que pode sim, se quiser, formar uma família e viver dignamente com todos os seus direitos.
Ou será que isso é apenas uma coisa da minha cabeça?


*Parabéns aos irmãos argentinos, em breve acho que Chile e Uruguai estão no caminho.

terça-feira, 13 de julho de 2010

Várias Saídas: Nenhum Caminho

Quando estava em 'processo de conhecimento' com alguém, eu geralmente tendia a me fechar para qualquer outra oportunidade charmosa que aparecesse.
Hoje após várias experiências passadas pela primeira vez eu aposentei o "golden share" do primeiro pretendente e decidi - porque não? - alargar fronteiras e sim: eu me permito se a ocasião me obrigar, conhecer mais de uma pessoa ao mesmo tempo.
Quando cito 'obrigar' penso no sentido que 'de preferência' você se limita a apenas o referido pretendente por razões óbvias e apenas se surgir uma situação toda especial que te desperte um desejo considerável aí sim, incluir mais alguém nesse processo.
Uma medida bastante progressista.
Mas assim como prestar dois vestibulares faz com que você tenha de optar por um trade-off de estudos entre vestibulares A e B, conhecer mais de uma pessoa pode ser algo perigoso. Por quê, devem estar pensando?
Porque você divide interesses, sentimentos, horários com várias pessoas e não consegue dedicar algo melhor de si como se fosse a apenas um. E nesse caminho, esse 'processo' vai se tornando superficial, falho, sujeito a confusões, trocas de horários e interesses onde nesse ciclo todo você se vê perdido e meu inconsciente insiste em gritar lá do fundo: desonesto!
Com quem? Não importa!
A facilidade de 'encontros' e ocasiões para o gay é fantástica, mas em parcela considerável, se torna meramente frívola e superficial justamente porque essa prática é muito mais comum do que imaginamos e eu, por experiência própria, penso que quem fica pulando de galho em galho toda hora tem duas saídas: decidir se quer algo da vida - se for culpa própria da situação - ou pendurar por um tempo as chuteiras, se necesário para voltar ao ringue preparado - se a culpa for alheia. Infelizmente todas as saídas não levam ao mesmo lugar:

- What is the best way?

quinta-feira, 8 de julho de 2010

Amor X Carência

Esse é um tema que envolve muita polêmica, até pelos conceitos que muitas pessoas tem de uma e de outra. Eu já comentei muito sobre isso aqui, mas dessa vez - e principalmente em relação sobre o último post do qual recebi até emails de pessoas que acharam que eu ia fazer um cartão das Casas Bahia me jogar da ponte, - achei este texto da escritora Rosana Braga que não é um manual mas tem dicas valiosas de como identificar uma e outra situação:

Não sei se já aconteceu com você, mas sei de muitas pessoas que entram num relacionamento ou investem pesadamente na possibilidade de começar um, acreditando piamente que o que sentem é amor! No entanto, suas atitudes e suas cobranças são, em geral, carregadas muito mais de carência do que de qualquer outro sentimento.

Ansiosas, impacientes e até agressivas, vão conduzindo o que deveria ser um encontro de amor, como se fosse um grande problema a ser resolvido. Passam o dia sentindo-se tensas, olhando o celular por várias e várias vezes, monitorando os passos do outro e tentando obter atenção a qualquer preço!

Se essas pessoas parassem por um tempo, refletissem sobre seus verdadeiros sentimentos e desejos, questionassem-se sobre o que querem para suas vidas, o que estão buscando num relacionamento de amor, descobririam – surpresas! – que estão num ritmo equivocado, descompassado, desequilibrado...

Morrendo de medo de que o outro não corresponda sua necessidade de carinho, afeto e presença, terminam atropelando a ordem natural dos acontecimentos e se precipitando em sensações, julgamentos e conclusões. Sofrem por antecipação e, muitas vezes, terminam atraindo exatamente o desfecho que tanto temiam justamente por não conseguirem dar tempo ao tempo!

O outro se cansa, perde o interesse, já não consegue enxergar o encanto visto inicialmente e tudo vai por água abaixo. E a impressão que fica é de que o ansioso e carente tinha toda razão de estar assim, tão aflito... Será? Será mesmo que não havia chances ou será que a pressa e o medo de ficar sozinho de novo fizeram com que o verdadeiro sentido do enamoramento se perdesse?

Pra saber se o que você está vivendo é uma promessa de amor, observe: é um encontro criativo, produtivo e leve? É gostoso, empolgante e comporta planos para o futuro? Tem espaço nesta relação para que você se coloque, demonstre o que quer e fale sobre seus sentimentos? Você consegue ser você mesmo ou precisa pensar antes de fazer ou falar qualquer coisa? Ao final de cada encontro, você se sente acolhido e feliz ou preocupado, inseguro e com a sensação de que vai acabar a qualquer momento?

Se suas respostas apontarem para uma relação cheia de conflitos, pesada, tensa e que te deixa bem mais estressado do que sorrindo à toa – que é como ficam os apaixonados – a tendência será justificar todos esses sentimentos e características a partir do comportamento do outro, seja pelo que ele faz ou pelo que deixa de fazer. Seja pelo que diz ou pelo que deixa de dizer...

No entanto, para que haja qualquer possibilidade de felicidade e sucesso nessa ou em outras relações que você vier a viver, é absolutamente preciso que você se reconheça no meio disso tudo! É muito importante que você comece a refletir sobre o que tem feito, o que tem dito e, principalmente, quais as crenças que tem alimentado sobre amor, felicidade e relacionamento.

Ninguém vive uma situação por acaso. Todos nós atraímos pessoas e circunstâncias específicas, que correspondem com a energia que temos alimentado, com as expectativas que temos reafirmado e com a forma como temos lidado com a gente mesma. Se você tem vivido relações insatisfatórias, provavelmente elas estão alinhadas com a forma insatisfatória que você tem vivido sua vida!

E sendo assim, está na hora de rever sua autoestima, sua alegria e sua fé. Está na hora de rever o quanto você realmente se sente merecedor de ser amado e capaz de amar. Porque quem acredita de verdade que merece, age como quem merece e atrai quem está disposto a amar e também ser amado. É uma questão de encaixe, de lei da atração, de lógica do Universo, de perfeição da natureza... É uma questão, sobretudo, de ação e reação.

Claro que isso não significa que uma relação deve acabar quando começar a passar por crises e dificuldades. Afinal, todos nós temos muito a crescer enquanto nos relacionamos. Mas, veja: se você sabe o que quer e sabe o que precisa fazer para conquistar o que quer, suas atitudes e escolhas, mesmo durante uma crise, serão coerentes. E isso vai fazer com que a crise sirva para amadurecer e melhorar e não para afundar mais e mais você e o outro numa lamentável carência.

Enfim, se o que te move é amor, certamente você está consciente, sabe para onde está indo e porque tem investido no relacionamento que está vivendo. No entanto, se o que te move é carência, provavelmente você tem se sentido perdido, confuso, triste, ansioso e vazio. Agora, resta-nos torcer para que você se sinta completamente desiludido. Porque isso significa que terá saído da grande ilusão de que isso possa ser amor. Não é!

A partir de então, poderá reescrever suas crenças, começar a reconhecer quem você é e o quanto tem para dar e receber, e daí sim atrair uma história de amor de gente grande...

Para ver mais clique aqui.

terça-feira, 6 de julho de 2010

Testemunhos: Beautiful Liar

Strauss e Maquiavel, defendiam uma espécie de 'mentira-nobre' elaborada por Platão, que tinha sua utilidade basicamente para o uso da diplomacia e política, mas no período contemporâneo, vejo que as pessoas tem se usado dela para persuadir e enganar baratamente os outros.
Como prova do que eu falo, separei 'seletos' comentários, proferidos por alguns 'memoráveis' que conheci após Março quando terminei meu namoro, lógico que não foram todos que agiram assim e ignorem qualquer ar de 'vitimismo' - que não há - mas considerem estes casos abaixo:



"....porque pra mim o importante não é a ligação a todo momento que não tem o que falar. Pra mim o que vale é a presença, cada momento que se passa junto. Logo se eu te amo, não preciso te ligar várias vezes por dia dizendo isso. Eu te amo, mesmo que não te ligue várias vezes por dia.
- Mas eu não te cobro justamente porque não somos namorados, por isso sumi. Eu apenas tinha dados, e eles eram estes: você sumiu e não me respondia as mensagens e tuas ligações eram sempre breves, como se eu te atrapalhasse...
- Se eu não tivesse interesse por você eu falaria, tanto que se voce vai a balada por exemplo eu confio, quem gosta confia, penso assim
.
"
Ex-ficante número 01, na conversa que teve comigo após o primeiro sumiço que dei ocorrido durante o processo de conhecimento.

Consequencias: Após a segunda chance dada por mim, nos finais de semana subsequentes, as ligações durante o sábado e domingo que já eram raras, eram atendidas numa incrível velocidade. Num passe de mágica ele 'sempre' tinha compromissos aos sábados e incrivelmente seu celular não funcionava. Cada dia era uma cidade: Boituva, Itu, Sorocaba, tudo pelo pai e pela sua empresa, afinal ele era uma pessoa muito compromisssada.

Resultado: Duas semanas de 'bolos' que ele me dava, desisti e acabei conhecendo semanas depois o que seguirá abaixo, com este último saí numa balada e para surpresa onde estava o 'número 01'? Encontrei-o sem camisa dançando na balada em que nos conhecemos, ficou visivelmente incomodado com minha presença e amigos meus que frequentam este local disseram já tê-lo visto várias vezes lá, nestes últimos finais-de-semana, certamente era esse o programa dele todas as vezes que me contava lorotas.



"(...) Detesto pessoas que não sabem terminar um relacionamento, inclusive meu ex é meu amigo até hoje (...)

(...) estamos nos conhecendo e eu estou adorando, mas não importa o que aconteça quero que voce faça parte da minha vida, mesmo que seja por amizade..."
Ex-ficante número 02, 'in' citações sobre seus procedimentos com seu ultimo ex-namorado.

Resultado: Após um final de semana em que ele disse que se sentia 'estranho', uma mudança de comportamento quase que instantanea, ele me mandou uma mensagem: "Te ligo pra gente conversar direito".
Nunca mais ligou.



"....ele saia, acontecia e achava que eu era idiota, quando ia pra casa de volta do trabalho na zona Norte pra Santo Amaro, dizia pra que nunca passasse pelo Ibirapuera, certo dia fui convidado por uim amigo a passar pór lá e pasme quem eu encontrei? Ele. Detesto quem engana os outros, isso é uma falta de respeito com o sentimento alheio, quem faz isso não merece a nossa consideração."
Ex-ficante número 03, dizendo sobre as mentiras contadas pelo seu ex-namorado.

Resultado: Do nada, absolutamente do nada, some sem dar uma satisfação sequer.


"o último cara que conheci me levou pra casa e lá acabei transando com ele, enfim, foi ótimo, mas depois disso ele não me atendia, não me ligava e simplesmente me usou, me senti um lixo. Não quero que isso aconteça de novo."
Cara em 'processo de conhecimento' atual ainda sem 'status' definido, qual eu avalio, ao conhecê-lo semanas atrás.

Resultado: Um dia depois de meu amigo dar carona a ele após a saída da balada, esse amigo me liga contando como foi e perguntando se eu sabia que ele vai embora pra Europa, após dois meses para um intercâmbio de um ano. Me senti como um idiota, já que estávamos saindo, e ele nunca citou o assunto, vindo a comentar com um amigo meu que acabara de conhecer.


O que mais me indigna é justamente o fato de todos eles afirmarem as mentiras e defeitos pelos seus 'ex' anteriores e por sua vez praticarem no seu dia-a-dia a mesma atitude. Penso em refletir se este tipo de comportamento é um desvio de personalidade - que é adquirida e formada a partir das experiências vividas - ou mesmo de caráter, este último oriundo desde o nascimento e praticamente irreversível.

Entendem com tantos argumentos, como se torna difícil confiar nas pessoas? Diante de tantas lutas perdidas, eu me sinto como um boxeador, que após direitas e cruzadas seguidas sem dó, nocauteado, sequenciosas vezes, insiste em subir no ringue mesmo machucado para lutar mais uma luta.
É praticamente impossível ganhar uma luta quando se está lesionado demais, logo o lance é pendurar as luvas e descansar e aí na hora em que os dedos estalarem rígidos novamente, pensar em voltar - ou não - a lona.


Vide 'academia dos sentimentos'. (post passado).

*Este 'post' não visa demosntrar tristeza, fragilidade ou tão pouco fitar tendências de pensamento universais com base nestes acontecimentos acima. Ele é uma análise de uma conjuntura particular minha e de considerações particulares sobre ela.

segunda-feira, 5 de julho de 2010

Academia

decepção

de.cep.ção
sf (lat deceptione) 1 Ação de enganar. 2 Surpresa desagradável. 3 Desilusão. 4 Logro.

Dicionário Michaelis da Língua Poruguesa


Ouvi uma definição sobre a decepção recentemente que me fez rever este conceito literal do dicionário: Decepa a ação.

Ou seja, simboliza o fim de uma etapa ou da mesma maneira de ver uma coisa, ou situação.

Por mais que se diga por aí: "Não espero nada de ninguém..." No inconsciente, existe uma parcela de nós - quem em cada pessoa significa uma determinada porcentagem - que sim, espera.

Por isso, quando nos surpreendemos com uma 'ação decepada' é normal a frustração.

Mas aí eu me recordo que para alguns casos - o amor, em exemplo ímpar desta situação - não depende de nós sua conquista ou concretização, e logo, em cada tapa que a vida nos dá, eu tenho buscado fazer como os jogadores de futebol: que possuem uma musculatura tão rígida, que quando se jogam em campo em movimentos tão bruscos, alguém como eu imagina que no mínimo, eu sairia da mesma situação todo cortado e com várias fraturas.

Ou seja o lance agora é malhar na academia... ....dos sentimentos!