Não sei se já aconteceu com você, mas sei de muitas pessoas que entram num relacionamento ou investem pesadamente na possibilidade de começar um, acreditando piamente que o que sentem é amor! No entanto, suas atitudes e suas cobranças são, em geral, carregadas muito mais de carência do que de qualquer outro sentimento.
Ansiosas, impacientes e até agressivas, vão conduzindo o que deveria ser um encontro de amor, como se fosse um grande problema a ser resolvido. Passam o dia sentindo-se tensas, olhando o celular por várias e várias vezes, monitorando os passos do outro e tentando obter atenção a qualquer preço!
Se essas pessoas parassem por um tempo, refletissem sobre seus verdadeiros sentimentos e desejos, questionassem-se sobre o que querem para suas vidas, o que estão buscando num relacionamento de amor, descobririam – surpresas! – que estão num ritmo equivocado, descompassado, desequilibrado...
Morrendo de medo de que o outro não corresponda sua necessidade de carinho, afeto e presença, terminam atropelando a ordem natural dos acontecimentos e se precipitando em sensações, julgamentos e conclusões. Sofrem por antecipação e, muitas vezes, terminam atraindo exatamente o desfecho que tanto temiam justamente por não conseguirem dar tempo ao tempo!
O outro se cansa, perde o interesse, já não consegue enxergar o encanto visto inicialmente e tudo vai por água abaixo. E a impressão que fica é de que o ansioso e carente tinha toda razão de estar assim, tão aflito... Será? Será mesmo que não havia chances ou será que a pressa e o medo de ficar sozinho de novo fizeram com que o verdadeiro sentido do enamoramento se perdesse?
Pra saber se o que você está vivendo é uma promessa de amor, observe: é um encontro criativo, produtivo e leve? É gostoso, empolgante e comporta planos para o futuro? Tem espaço nesta relação para que você se coloque, demonstre o que quer e fale sobre seus sentimentos? Você consegue ser você mesmo ou precisa pensar antes de fazer ou falar qualquer coisa? Ao final de cada encontro, você se sente acolhido e feliz ou preocupado, inseguro e com a sensação de que vai acabar a qualquer momento?
Se suas respostas apontarem para uma relação cheia de conflitos, pesada, tensa e que te deixa bem mais estressado do que sorrindo à toa – que é como ficam os apaixonados – a tendência será justificar todos esses sentimentos e características a partir do comportamento do outro, seja pelo que ele faz ou pelo que deixa de fazer. Seja pelo que diz ou pelo que deixa de dizer...
No entanto, para que haja qualquer possibilidade de felicidade e sucesso nessa ou em outras relações que você vier a viver, é absolutamente preciso que você se reconheça no meio disso tudo! É muito importante que você comece a refletir sobre o que tem feito, o que tem dito e, principalmente, quais as crenças que tem alimentado sobre amor, felicidade e relacionamento.
Ninguém vive uma situação por acaso. Todos nós atraímos pessoas e circunstâncias específicas, que correspondem com a energia que temos alimentado, com as expectativas que temos reafirmado e com a forma como temos lidado com a gente mesma. Se você tem vivido relações insatisfatórias, provavelmente elas estão alinhadas com a forma insatisfatória que você tem vivido sua vida!
E sendo assim, está na hora de rever sua autoestima, sua alegria e sua fé. Está na hora de rever o quanto você realmente se sente merecedor de ser amado e capaz de amar. Porque quem acredita de verdade que merece, age como quem merece e atrai quem está disposto a amar e também ser amado. É uma questão de encaixe, de lei da atração, de lógica do Universo, de perfeição da natureza... É uma questão, sobretudo, de ação e reação.
Claro que isso não significa que uma relação deve acabar quando começar a passar por crises e dificuldades. Afinal, todos nós temos muito a crescer enquanto nos relacionamos. Mas, veja: se você sabe o que quer e sabe o que precisa fazer para conquistar o que quer, suas atitudes e escolhas, mesmo durante uma crise, serão coerentes. E isso vai fazer com que a crise sirva para amadurecer e melhorar e não para afundar mais e mais você e o outro numa lamentável carência.
Enfim, se o que te move é amor, certamente você está consciente, sabe para onde está indo e porque tem investido no relacionamento que está vivendo. No entanto, se o que te move é carência, provavelmente você tem se sentido perdido, confuso, triste, ansioso e vazio. Agora, resta-nos torcer para que você se sinta completamente desiludido. Porque isso significa que terá saído da grande ilusão de que isso possa ser amor. Não é!
A partir de então, poderá reescrever suas crenças, começar a reconhecer quem você é e o quanto tem para dar e receber, e daí sim atrair uma história de amor de gente grande...
Sabe Sam, acho que sou uma pessoa mais carente do que amorosa. Que horror! Vou mudar NOW!!! Ou não... sou meio inconstante mesmo... rsrs.
ResponderExcluirAgora eu acredito que minha amiga disse que no fundo eu sou carente. Quando ela me falou eu falei para ela que estava viajando. Sabe, logo eu! hehehehehe...
Enfim, ótimo texto para ser citado.
Abraço!!!
A carência acaba com o amor. O carente cobra do outro mais do que ele pode dar e, dessa maneira acaba sufocando-o, e ninguém gosta de viver sufocado. O carente fica chato, pegajoso, colado e disso ninguém gosta.
ResponderExcluirAbração
esses comportamentos são tipicos daqueles que não se amam e querem outra pessoa
ResponderExcluir"e a sua resposta foi:
ResponderExcluiruma puta pessoa carente. trata de mudar isso logo, caralho!"
Eu não sou carente não. Nem um pouco. E isso me assusta um pouco. Porque as vezes acho que deveria fazer um pouco mais questão de algumas pessoas em minha vida, enquanto não faço nenhum esforço.
ResponderExcluirSer carente em doses homeopáticas é bom sim. Total desprendimento gera descaso.
Um beijo SAM.
Galera, isso são reflexões da escritora, que podem - ou não né? - ser levadas a sério!
ResponderExcluirBeijão!