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segunda-feira, 27 de junho de 2011

Jovelina das Cruzes, Minha diva.

extraído a partir de matéria do Ig, sobre a Marcha Para Jesus realizada por grupos pentecostais em São Paulo nessa ultima quinta feira:

"......Quem defende o homossexualismo e a maconha está aqui a serviço de Satanás", disse o auxiliar de informática Natanael da Silva Santos, de 19 anos, que foi à marcha usando calça apertada, cinto de taxinhas e a tradicional franja emo. Enquanto a reportagem entrevistava os jovens, a aposentada Jovelina das Cruzes, de 68 anos, ouviu a conversa e fez uma intervenção. "Vocês estão falando sobre o que não conhecem. Meu sobrinho é gay e é um rapaz maravilhoso. Ótimo filho, muito educado, muito honesto e estudioso. Já o meu filho é machão e vive batendo na esposa, não respeita ninguém, não para no emprego."

Quando Jovelina virava as costas para continuar a marcha Natanael, que não se deu por vencido, fez uma observação. "Cuidado, tia. Se o pastor escuta a senhora falando Linkuma coisa dessas ele não deixa mais a senhora entrar na igreja". E Jovelina respondeu. "Igreja é o que não falta por aí. Se me impedirem de ir em uma, vou em outra. Não tem problema."

Para entender, clica aqui.

São de evangélicos assim que se necesssita.

quarta-feira, 22 de junho de 2011

O 'Eu Chapado"


- Você o conhece!
- Não. Eu conheço o seu 'eu chapado'. Assim, não o conheço.
- Eu o quê?
- 'Eu chapado' - digo enquanto bebo chocolate.
- Como assim?
- Os poetas expressavam sentimentos que realmente não sentiam, tratando-os assim por escrevê-los pelo seu 'eu lírico'.
- E dai?
- Hoje, existem pessoas que usam essa licença de outra forma: aquelas que você só a conhece 'calibrada', você sempre a vê do mesmo jeito, mas esse não é o jeito dela. Raramente - raramente mesmo - você verá sóbria. Nem queira. Alguém com um encosto de Amy Winehouse ou Whitney Houston.
Ou seja, você não sabe de fato como ela é. Você conhece o 'eu chapado' dela, é ele que sempre se apresenta pra você, como um ator que sai do teatro e esquece de se desligar do papel sabe?
- Sei...
- Que sai por aí falando com sotaque holandês...
- Sei.
- Essas coisas.
- E quem está chapado não é si mesmo?
- Não, se você está sob seu 'eu chapado' logo tem uma personalidade própria e diferente do seu eu real.
- Então ele é um fake?
- Sim, quase sempre.
- Como se você sempre tivesse que segurar no corrimão da escada mesmo sabendo andar?
- Quem disse isso foi você.
- Simples assim?
- Tornou convenção estar-se chapado pra ser feliz, mas se sua felicidade depende de algo sintético ela existe de verdade? E se ele faltar, você não seria feliz, logo é uma felicidade falsa certo?
- Certo?
- Fui eu quem perguntei.
- Tão sofista isso..
- αυτός που είναι, τόσο χαρούμενος με τον εαυτό του.
- Interessante, mas ainda estranho.
- Seu 'eu sóbrio' geralmente tem alguma 'perda de personalidade' pra que o 'eu chapado' aflore.
- Tão Freudiano isso...
- Imagina.
- Paleolítico?
- Patológico, penso eu.


O 'Eu Chapado' é parente do 'Eu Bêbado'.

sexta-feira, 10 de junho de 2011

Dia dos Namorados: FAIL


"Muitas pessoas por aí tem seu casamento como o 'cumprimento de regras sociais' e nada mais. Não são felizes. Devemos perseguir a felicidade própria sem dar ouvidos ao que as pessoas dizem quando nos pressionam a 'convenções sociais'. A sociedade é hipócrita e muitas das pressões que fazem em nós para realizarmos certas conquistas é puramente uma repetição de maria-vai-com-as-outras. É muito cômodo ser como os outros.
Se déssemos ouvidos mais ao nosso coração, saberíamos que devemos casar, cursar faculdade, ter certo cargo.. entre outras coisas apenas se de fato quisermos. O ato de não ouvirmos nosso interior nos faz perder muito do que - de fato - faria diferença na nossa vida - de verdade - e perdemos tempo exercendo pressão sobre nós mesmos, sobre coisas não tão necessárias e ganhando cansaço, desânimo e rugas desnecessárias."

Fiz recentemente esse comentário em uma postagem de um dos meus melhores amigos, onde ele abordava a amargura das derrotas na busca do amor verdadeiro. Derrotas que são a parte natural desse curso de quem busca algo no campo dos relacionamentos. Devido a pressão que temos na mídia e na sociedade, achamos que 'temos a obrigação' de casar, formar, ter filhos. Todas essas ações, antes de qualquer coisa devem ser realizadas diante do nosso desejo pura e simplesmente. Alguém tem obrigação de se casar, de namorar, de se formar? Pasme: Não! Muitos vão argumentar "mas alguém deve se formar pra ascender blá blá.." Mas lhe pegunto de volta: e se a pessoa não quiser? Se ela estiver feliz sem essa formação... Não se formar, não é um sinônimo de vagabundagem, não confundam.
Se olhássemos mais para nossas reais necessidades em muitas coisas que fazemos na vida, teríamos muito mais coesão em nossas atitudes. Alguns, acabam fazendo da carência morada e provocando em si um vitimismo sem causa onde, não se consegue se desvencilhar disso porque construiu sob essa idéia seus conceitos e ali depositou a razão de muitos fracassos, afinal, assim não se precisaria assumir a culpa de nada. Outros, posam de desapegados que só querem curtir pra passar uma imagem de fortes, porém com suas atitudes perdem grandes oportunidades que o seu 'eu verdadeiro' deseja.
No dia dos namorados, essas idéias ficam mais latentes e se ouve aí "conquiste seu amor até a data" como se amar alguém de verdade dependesse só da gente e como se fosse extremamente errado estar solteiro. Estar solteiro nunca foi e nunca será abandono, tem gente que se desvaloriza de verdade justamente num relacionamento.
Se pudéssemos reduzir um pensamento sobre isso seria: Saiba o que quer, e faça da sua vida o que deseja de verdade. Conquiste o que quer pensando na sua necessidade real e não no que os outros vão pensar ou no que colocam na sua cabeça. E esse raciocínio não é um excesso de individualismo simplista, é a perspectiva de que algumas coisas que a sociedade diz que são felicidade ou está em outras coisas ou simplesmente não vale pra todos.

Voltando a postagem mais recente de quem me referi, roubo duas frases muito bem colocadas a quem está sem namorado no dia dos namorados:
"Não odeie o dia dos namorados ou qualquer outra data comemorativa, pois se você não tem motivos para comemorar, apenas não o faça...
Portanto, viva bem e você terá muitos motivos e outras datas para comemorar..."

Referências desse texto aqui.

Por falar em viver bem, se tiver áudio e um tempinho, clica aqui e seja feliz.

quarta-feira, 1 de junho de 2011

Mulheres Feias, Passivos, Preconceitos e Pseudohomofobia


Sabe aquela mulher feia, que só de você dar risada de longe já acha que está falando dela sem estar?
Pois é, muita gente age assim quando se fala em homofobia. Quer exemplos? Esse caso do Marcos Mion e da suposta ONG que teria processado ele pela suposta conduta homofóbica sendo que na verdade não se sabe nem se o processo existe.
Pode ter sido de mal gosto a brincadeira, mas de fato achei que foi pouca coisa pra gerar um processo, afinal a gente ouve coisa bem pior por ai que não tem o mesmo respaldo. Lembro-me da piada feita pelo Rafinha Bastos onde ele fazia alusão a uma hipótese em que o estupro era um favor .
Uma coisa que não se pode confundir sob nenhuma hipótese é o respeito que deve-se ter pelas transexuais e transgêneros, que por vezes, rodeadas a vida inteira por preconceito, difamação e calúnia, em alguns casos desenvolvem esse comportamento 'mulher-feia' inconscientemente.
Quantas vezes você, sendo gay, já não criticou um párea mais afeminado? Vezes por gosto mesmo - a questão da atração sexual - ou por ridicularização?
Qual a linha define a discriminalização do humor sarcástico sadio?
Pode-se não se sentir atraído por um cara afeminado - que preconceituosamente, julgamos por 'passivo', como se o jeito de usar as mãos definisse quem 'come' e 'quem é comido' - mas isso não lhe dá o direito de menosprezá-lo, assim como o afeminado não pode acusar uma afirmação se ela é baseada no gosto pura e simplesmente, aí ele se faz de vítima sem nenhuma necessidade.
Esse meio termo, que é extremamente difícil de atingir, várias vezes gera motivos de discussão e de fato, muitos de nós reproduzimos algum comportamento preconceituoso.
Quantos de nós não menosprezamos um outro gay na balada pela aparência? Pela roupa? Pelo corpo? Pela classe social? E o que isso é?
Preconceito? Preconceito.
Uma amostra infame temos em São Paulo: aqui, se faz um diferenciamento excessivo entre os gays quanto ao bairro que se mora. Toma-se essa generalização barata pra simplificar as pessoas, homogeneizando todo mundo como se não houvessem condomínios de luxo em Barueri e Santo André, e como se Morumbi e Bela Vista não possuíssem favelas e cortiços.
São pontualidades que deveriamos observar muito bem quando ouvimos algo ou quando reproduzimos nossas idéias.
Afinal, já diziam os sábios antigos que 'nascemos com uma boca e dois ouvidos', suposta indicação do Criador que nos tornamos mais sábios ao observar e ouvir mais do que falamos.