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segunda-feira, 2 de abril de 2012

Coliseus da Vida Moderna


Quando se sai de um relacionamento, por vezes, sente-se o primeiro impacto - aquela balada que você sai no fim de semana subsquente ou aquela festa da faculdade - um celeiro de oportunidades, surgem as vezes contatos e aquela coisa toda e geralmente as pessoas se empolgam.. uns querem apenas se divertir, evitando maiores contatos que possam gerar futuras ligações emocionais (o famoso trauma da recente liberdade) ou há aqueles que desejam algo novo para ocupar o lugar do velho.
Para os primeiros, essa nova fase pode ser proveitosa e leve, mas que deve ser encarada com certa parcimônia: tem gente que costuma exagerar nessa fase e entregar-se a um certo ritmo que fica sendo justificado pela 'recente solteirice' por tanto tempo que fica difícil de se sair depois.
Para os segundos, essa nova fase pode se despontar como se tivessem sido jogados num Coliseu cheio de gente louca para vê-los trucidados. Óbvio, o amor como dizem por aí 'acontece', não 'é buscado' e isso vira farinha escapando do pacote para quem acabou de terminar um relacionamento: você pensa apenas em ocupar o espaço dos jantares com o namorado, das séries de tv do domingo a tarde, das ligações, das mensagens...
Quem, após o termino de um relacionamento nunca se pegou no celular olhando como um cachorro esperando ração do dono atrás de uma mensagem?
Essa fase é mais cruel com os segundos, surgem caras, nomes, contatos e por vezes, eles não tem o mesmo feeling, não estão pra namoro, falam com você enquanto fazem o mesmo com outro ou mais sensacionalmente ainda, somem. Um amigo classificou esse homem como espinha: você pode acordar um dia com ele ou não e se aperta ele, desaparece.
Mas isso é natural do processo: assim como não se deixa de amar alguém da vida para a noite, não se apaixona da mesma forma e quem faz corre o sério risco de cometer erros cruciais no percurso: amar é como malhar, você faz uma série e descansa o músculo para outra, se você não resoeita isso se machuca, logo não precisamos dizer mais.
Naturalmente que a gente escreve e mais difícil do que divagar idéias é expor nossas fraquezas, eu mesmo recentemente saí do meu equilíbrio e esqueci essa lição e na academia dos sentimentos e ganhei contusões, fraturas. O mais interessante é que assim como você cai, cada vez que você cai, a dor dói menos: você se prepara mais entre um tropeço e outro.
Espero ganhar minha musculatura rígida que possuía antes para prosseguir com menos arranhões e mais força. Afinal, mesmo isso aqui sendo um grande Coliseu, não há só leões, você necessita apenas se desvencilhar deles.