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quarta-feira, 21 de julho de 2010

Mente X Corpo: Eis a questão.


Na economia, aprendemos o conceito de trade-off: sempre teremos conflitos de escolhas, o almoço em detrimento do lanche, a aula de matemática na sexta em detrimento do chopp no bar da esquina... essas coisas.
Bem, nas baladas da vida, verificamos os dois extremos desse expoente, lembrando, são extremos, não sua totalidade: as 'alcatras', corpos ambulantes, que geralmente dispensam conversas longas - em sua parcela considerável nem são capazes de tal - e são aqueles típicos caras com quem você dificilmente consegue levar mais de 10 minutos de conversa, geralmente se supõem profundos conhecedores 'de fora' mas com aquele portuguesinho - sim, em diminutivo - que é comparado ao ensino médio: uma ferrari com motor de fusca.
Essa conjuntura se dá pelo tempo que essas pessoas dispendiam na academia, que por sua vez consome o tempo que poderia ser dedicado a... leitura? jornais? Muitos desses - experiência própria - as vezes não leem um livro sequer e não conhecem um autor, nem desses comerciais - Stephanie Meyer e afins - mas sabem de cór todas as festas mais badaladas da cidade onde fervilha 'gente bonita'.
Geralmente, a ausência de conversa, está condicionada ao 'fator imagem' que tão forte é no homem, por uma razão psicológica, cuja capacidade cognitiva pelo reconhecimento espacial se dá na sua maioria melhor que a mulher, onde 'eles' são atraidos pela imagem e, partindo desse pressuposto quem sabe do seu poder de atração tende a 'encurtar caminhos' e ir direto ao ponto: geralmente um beijo ou cosa más.
E se você não é um bombado como eles, frequentador das festas assíduas, sorry my darling!

Na outra ponta, estão os 'cults', que por sua vez, generosa parcela deles detestam o tipo acima. São profundos conhecedores as artes, da história - são geralmente as esferas de conhecimento onde mais se desponta essa minha 'classificação' - e tem milhares de citações de cór, mas que demonstram-se por serem - de fato - possuidores de conhecimento, as vezes infelizmente, tornam-se arrogantes, prepotentes, soberbos e cheios de razão. Detestam ser questionados, e vivem muitos, assim como a tipificação anterior, numa 'europe life all times' mesmo num padrão de vida as vezes bem diferente para tal, numa aspiração desenfreada carregada de 'não faço isso..', 'essa loja não', numa 'nojice' descabida que torna a sua compania fardosa e pesada.
Esses acima, geralmente estão na busca de algo mais sério, na sua maior parcela em contradição a galera acima, mas quando com comportamento 'enojado' as vezes espanta até os mais corajosos a enveredar esse mundo recheado de Sartres, Dostoiveskis, Socrates e Niétzches. A pena para o desconhecimento é cruel: a indiferença.
Assim, com essas informações, o nosso meio, tão exigente, sacrifica nosso cotidiano para atendê-lo.

Numa megacidade como São Paulo, eu já fui um desses, e talvez volte a sê-lo, por opção própria e não me faltam exemplos de conhecidos e amigos que praticamente não tem tempo pra nada: fazem faculdade, malham, trabalham... e vivem na rotina de 'trenzinho': um compromisso 'engatado' no outro. Justamente na busca do objetivo principal que é imposto: ser inteligente e lindo at the same time. Uma combinação que não é e nunca foi fácil de se ter.
Para quem aguenta, é ótimo, mas eu por exemplo, cheguei num trade-off entre faculdade e academia: fiquei com a faculdade. Para mim, a prioridade sempre será o conhecimento, o corpo vem com encaixe de tempo. Sempre dou um jeito, mas não é ele quem comanda o barco. Se der pra andar tudo junto o Brasil agradece, mas nem sempre é possível.

Todos nós temos escolhas, mas devemos enumerar as nossas prioridades. Mas vale considerar: só um corpinho lindo e 'nada mais' vale a pena? Descer um pouco da 'avec arrogànce' e sambar com a galera não liberta? Sair dos extremos geralmente se é bom na vida e faz com que ganhemos em experiências inesquecíveis e as vezes partidas de onde menos esperamos.
Será possível estar de bem com os dois lados da moeda sempre? Realmente essa dúvida gostaria de elucidar.

"To be or not to be, that's the question", como dizia Hamlet.

Baseados em abrodagens desses temas recentemente em Canudos Coloridos e G Clichê, dois blogs que admiro ever!

Observações:
P.S 1.: Espero não ter sido tendencioso ou cretino nas colocações, muitas baseadas em pessoas que conheço e experiências passadas na minha real life.
P.S.2.: Quanto as críticas, somam-se apenas as pessoas extremistas e incompreensíveis não a gente inteligente e tolerante e gente bonita com conteúdo.
P.S.3.: Não foram motivados por acontecimenos recentes.
E tenho dito.

17 comentários:

  1. é... eu prefiro as pessoas interessantes. O corpo envelhece e enjoa. Muito melhor ter alguém capaz de te consquitar pelo que é e não por quando mede seu bíceps.

    bem-vindo!
    abraço

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  2. Olá meu caro, eu acho tão ridículo os do primeiro quanto do segundo tipo, não acredito que extremos façam bem, claro que é bem mais divertido sair com um cara cult do que um pedaço de carne, mas até isso é relativo... Me esforço bastante para ter um corpo sadio, sem fisioculturismo, mas sou apaixonado mesmo pelo conhecimento enfim... Acho muito bom as pessoas investirem em si, mas definir prioridades, pensar no futuro a longo prazo valem mais... E sim, as meninas gostam bastante hehehe... Espero que vc tb. Bjuu!

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  3. Me senti agora um deslocado socialmente, hehe

    Apesar de ser oficialmente do lado cult (e ter cara de cult), não suporto ouvir qualquer papo mais cabeça fora da faculdade ou fora do ambiente de trabalho. Nesses casos prefiro o barbie way of life, primeiro por questões práticas, segundo por que não tenho saco pra relacionamentos ?

    Tanto fujo que logo quando vi o título me veio todas as teorias da faculdade, tanto que dá pra perguntar "Existe mente sem um corpo ou vice e versa?" ou "Elaboração de redes complexas de contatos sociais não pode ser um tipo de inteligência?"

    Acho que as vezes é mais vantagem sacar a pessoa e ver o que rende dali do que criar alguns preconceitos

    Abraços o/

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  4. Se for possível conciliar as duas coisas ótimo ... mas dificilmente isto acontecerá ... sempre teremos que optar ... mas enfim ... cada um faz a sua escolha ... eu, por mim, sempre tentei fazer as minhas, sem chegar a extremos ...
    Sempre valorizei mais o lado interessante que as pessoas possuem, e o Dan em seu coment acima foi preciso: "O corpo envelhece e enjoa. Muito melhor ter alguém capaz de te consquitar pelo que é e não por quando mede seu bíceps." Vc pode cuidar de seu corpo uma vida inteira, mas ele sucumbirá ... é a lei da natureza ... quero ver então como aqueles do extremo de lá vão se resolver ... da mesma forma os extremistas cult ... tornam-se obsessivos e chato e afugentam a tudo e a todos pois se sentem mais ... Assim então fico com o que é interessante e pronto ... simples assim ...

    Bjux e mais uma vez obrigado pelo carinho lá ...

    ;-)

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  5. pra começar, eu arrisco a dizer q duas duas inspirações são meus blogs favoritos.

    e, sim, a gente acabe tendo q escolher mesmo.
    sinceramente, nenhum extremo é mt bom. nem o mt nojento/dono da razão, nem o vazio/leio crepúsculo.

    rola um meio-termo?

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  6. Cara, adorei o texto.
    Que bom se desse pra contrabalançar tudo, né
    mas nem sempre é possivel.

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  7. menino sam... aamei seu texto, vc tentou mostrar os odis lados da moeda... acho q ser 8 ou 80 não é a resposta, temos que ser maleáveis, uma boa conversa, com inteligência é sempre mt bom, mas irreverência tb tem seu espaço, sua hora, têm momentos que vale a pena pegar a coxa fdo frango com a mão mesmo, oras! ri até de nós mesmos, se jogar, deixar de lado as etiquetas, deixar de ser achar um deus, um sabe-tudo, um [completo idiota], e ser feliz, e viver... na verdade achar o equilíbrio entre tudo isso é a melhor alternativa, ainda acho isso. bjão, lindo

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  8. O problema é que os extremos estão estagnados neles mesmos - adaptaram-se e deixaram-se ficar do mesmo jeito. A identificação com aqueles ao redor exige um pouco disso; vanguarda não é bem vista (e nem identificada) até que esteja morta.

    É um movimento simples de conciliação. O culto único ao corpo emburrece, o culto único à mente faz definhar - e ambos matam. Bastava um equilíbrio melhor. Eis que entra a heresia - o cult acha um absurdo cuidar um pouco do corpo e o outro acha que "pensar doi".

    No fundo, são dois extremos de um mesmo ponto: limitação.

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  9. Eu achei um pouco extremista.. existem muitas gradações no meio desses extremos... muitas mesmo.

    A gente acaba tendendo mais para um lado do que para o outro, mas o que menos existe nesse mundo é regra.

    Beijos SAM!

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  10. Olha, Sam, eu concordo com o que vc escreveu. Mas vc esqueceu um terceiro perfil: o boemio. Aquele que tem nocoes mínimas de cultura, corpo inteiro, mas com uma barriguinha básica de cerveja!!! \o/ Aquele com quem vc pode conversar horas, até porque depois da quarta ou quinta cerva é tudo interessante mesmo, e depois ainda pode transar por horas, até porque bebado demora mais a gozar... Nao é ideal?! hehehe
    Brincadeiras à parte, eu acho que os cultos sao mais interessantes. Estou aqui nesse mundo para crescer como pessoa, e, com certeza, nao vai ser um bombadao decerebrado que incrementará meu horizonte de espectativas... Mas é moooooooito bom transar com um de vez em quando!! Ai, ai, lembrei de um policial gostosao que peguei na minha época OCA!

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  11. ah, esqueci de complementar tb concordando com alguns comentários: há tb os moderados, bem equilibrados: sao cultos, sabem cuidar do corpo sem exageros e ainda bebem e se divertem. \o_
    Tem para todos os gostos, mas saber procurar ;-)

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  12. eu acredito nas gradações, detesto os filosofismos, não sei citar sartre e adjacências, mas consigo levar o papo adiante sem falar tantas besteiras.

    Perdi minha ojeriza pela academia, pelo verbo malhar, mas não quero ser a barbie, apenas manter um ritmo de corpo legal. Claro, esta busca ainda está no início.

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  13. Hey garoto,

    Você sabe eu quase não comento aqui, passo sometimes only, as vezes leio, as vezes a quicky look and then leave.
    Mas enfim, tudo é uma questão de escolha. Me recordo de uma professora da faculdade que dizia: "Não me digam não tenho tempo", pois tempo é uma questão de preferência. E é verdade! Nossas escolhas estão atreladas ao Sr. da vida, aquele q não tem início nem fim, (o tempo) mas q vive nos dizendo quando começar e quando terminar algo ou do contrário estamos mortos, ferrados, fu***os... Fazer a escolha certa envolve enlightment, sabedoria iluminada, eu prefiro dizer assim.
    Mas nossas escolhas direcionam nossa vida; e felizes daqueles que es esquivam das opções futeis oferecidas por um modelo mesquinho de vida que prioriza o físico atlético e a beleza, e esses dois não escapam ao algoz (tempo) e com ele, ele leva os dois a beleza efêmera e o belo físico malhado o q sobra? as vezes nem o pó do qual todos somos feitos.
    Um bju. Adoro sua visita no Ka entre nós.
    Jay

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  14. Que bom que um texto lá do canudos tenha influenciado a escrever um seu. Eu não sei muito o que dizer sobre esse tema sem ser um pouco polêmico. Mas eu acho que você foi ainda mais. Umas associações que você fez eu não entendo. Mas acho que isso é papo pra um sofá. Eu não vou conseguir resumir em texto de comentário.
    Ah, claro.
    Um beijo!(ou vários, como quiser).

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  15. Sam, tu tá bem?
    Menino, é incrível isso né? Os caras principalmente, preocupam-se tanto com seu físico e tal, mas esquecem de trabalhar seu cérebro, tornam-se pessoas meio vazias, sem conteúdos.
    Desculpado pelo atraso, rs
    Tudo de bom pra tu viu?
    Bjo

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  16. ahhhh obrigadooo pelas boasss vindaa!!!!

    te sigo anjo

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