Para quem não sabe a Argentina ontem aprovou finalmente após uma novela que se arrastava por semanas: o casamento gay.
Foi uma alegria pra comunidade gls de lá e amigos meus disseram que foi muito bem recebido pela população inclusive no que culminou com a frase da presidente Cristina Kichner onde ela se referiu aos protestos das igrejas evangélicas e Igreja Católica: "negar esses direitos é promover um retrocesso medieval".
Pena não ter sido nós, que tanto nos vangloriamos no cenário internacional, sermos o responsável pela maior virada nesse sentido na América Latina. Mas já fico feliz, porque Chile e Uruguai estão discutindo o assunto e com essa medida incontestavelmente histórica, o Brasil certamente terá de rever sua posição.
Tanto que para comentar sobre o assunto indico o Dois Perdidos na Noite que tratou belissimamente o assunto onde partilho todas as opniões salvo a citação sobre que os anos de governo Lula nada avançamos, Lula foi o único presidente a abrir a conferencia nacional e a expor abertamente na tv, como nessa entrevista que foi ao ar no Fantástico ano passado, abordando o assunto de maneira positiva e o apoiando.
O problema no caso do Brasil é mais profundo e acho que com a Argentina dando esse passo, deve dar um gás pra nós brasileiros, nesse jogo a goleada foi a favor deles.
Mas o que vou abordar aqui é outro problema: o quanto realmente nos importamos com o casamento gay.
Num mundo de encontros e desencontros como o nosso - e não somente ele - vários conhecidos meus tem me repetido com exaustão a ausência de modelos e um desinteresse por algo bacana, talvez, penso eu, eles não conhecem gente como o Braccini, o Wans e o Melo ou o Edu por exemplo que desfrutam de relacionamentos bacanas ou como vários amigos meus que tenho, para justificar o desinteresse pelo casamento gay.
Em muitas ocasiões e muitos dos raciocínios do pessoal a idéia que fica é a do "se não faz parte da minha conjuntura pouco me importa" e talvez por esse egocentrismo é que aqui no Brasil não vemos uma movimentação em massa atrás desse direito básico para todos nós.
Eu mesmo já disse aqui que se rolar algo bacana com um cara legal, no futuro nós conversaremos sobre filhos - porque não? - e se ele não quiser aí beleza, mas seria muito bacana ver os guris pela casa e poder formar uma família, mas isso é uma questão from the future.
Talvez o gay brasileiro se acostumou a ser encarado pela sociedade por tanto tempo de uma maneira marginal, que não compreendeu ainda que pode sim, se quiser, formar uma família e viver dignamente com todos os seus direitos.
Ou será que isso é apenas uma coisa da minha cabeça?
*Parabéns aos irmãos argentinos, em breve acho que Chile e Uruguai estão no caminho.
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Acabei de postar sobre isto no Tanta Coisa! Aliás é o assunto da blogsville. Independente de querer ou não casar, estamos falando de direitos que devem estar acessíveis a todos pelo simples fato de sermos cidadãos, esta é a questão. Não me vejo com filhos, mas, lutarei para que não tê-los seja uma opção pessoal e não uma proibição legal. Bj
ResponderExcluirParabéns aos hermanos ... povo digno, consciente, crítico, mobilizado, culto, etc etc etc ... estamos muito mas muito longe deles mesmo ...
ResponderExcluirps: acho q vou levar o DD lá para oficializar nossa aliança ...
Obrigado amigo, pela referência ...
bjux
;-)
Agora a Argentina foi um ótimo exemplo e realmente está faltando mais o espírito coletivo nas pessoas, no mundo! É cada um olhando mais para o próprio umbigo que fica difícil de avançar em alguma coisa. Infelizmente, porque eu me vejo casado e com filhos adotivos daqui alguns anos... rsrs... Medo! rsrs
ResponderExcluirAbraço!
eu posso não almejar o casamento pra mim, mas negar a necessidade pra outros é de um egoísmo estúpido. Que tenhamos o direito de optar por casar ou não.
ResponderExcluirCHUPA BRAZEEL!
ResponderExcluirParabéns aos argentinos. Quando será que vai acabar a hipocrisia no Brasil?
ResponderExcluirBjux
Digo uma coisa,
ResponderExcluirSerá que os Gays BRASILEIROS, realmente se respeitam? Para exigir da socidade?
Tenho meu ponto de vista.
Obrigado pela visita!
Super bjão!
Muito obrigado pela citação do nosso blog aqui no seu espaço. Acredito que este dia de hoje será um marco para toda a população gay de nosso continente e torço muito para que os países vizinhos sigam o exemplo argentino.
ResponderExcluirTambém somos um casal estável, juntos há 8 anos, felizes e com muitos planos de um futuro em comum.
Quando eu falo sobre a apatia do "movimento" gay durante a era Lula, é justamente por isso: se o governo é aliado da causa, era mais do que obrigação dos grupos terem tentado algo mais amplo, mas o debate foi, infelizmente, para debaixo do tapete. Mas vejamos agora como ficam as coisas, quem sabe os "brios" brasileiros não aceitem ficar para trás dos argentinos e a velha rivalidade sirva para algo de útil.
Um forte abraço!
to tentando entender o que o google reader tem contra vc, pq nunca me avisa sobre posts aqui
ResponderExcluirele deve estar mancomunado com o msn! rsrs
Faço minhas as palavras do RAFA> garantir os direitos pra quem quiser casar ou já está juntado e quer estabilizar ainda mais a situação. Já pensou... Vc trabalha a vida toda junto com outra cara e quando ele morre, a familia dele - que nem queria ele vivo - agora quer ganhar um dinheiro fácil e te deixar de mãos abanando... GARANTIA DE DIREITOS é o mínimo que precisamos enquanto cidadãos.
ResponderExcluirEu só abdicaria desses diretos se não me obrigassem aos mesmos deveres que os outros. Ano de eleição... menos Clodovil, mais Luiz Mott.
ResponderExcluirCaim disse tudo. Uma vez eu li uma carta de um leitor na revista Junior, ou DOM, ou AIMÈ, não lembro pq lia todas na época... que era MUITO EMOCIONANTE, na época quis entrar em contato com o cara mas não deixou e-mail, nem telefone. Enfim, aconteceu isso com ele, moravam juntos no AP que tava no nome do cara que faleceu, a família era contra e adivinha? Está brigando na justiça pelo imóvel.
ResponderExcluirPORRA, foi o marido que cuidou dele até o fim e agora vai deixar ele sem teto? LITERALMENTE!
Ai, me tocou demais aquela carta. Vou revirar em casa e escrever no blog, pq vale a pena.
Oláa, não, não acho que é coisa de sua cabeça apenas, é bem verdade que aqui no Brasil as pessoas começaram a aceitar MESMO conviver com pessoas homossexuais há pouco tempo, percebemos isso aqui em SP onde é obrigatório existir lugares específicos para gays se sentirem a vontade, o que para mim é um absurdo... Gostei da sua abordagem, queria saber como as pessoas estão lidando com isso in loco! Abraçoo!!!
ResponderExcluirNão, não é uma coisa da sua cabeça. As pessoas tem muito essa mentalidade de "não é comigo, então pouco importa". Eu mesmo penso assim diversas vezes.
ResponderExcluirMas isso me importa. E também não importa muito sermos os primeiros ou os ultimos. Desde que chegue...
Beijos Sam!
Mas o que esquecem é que é conosco sim. E se lembrarão disso quando precisarem de um companheiro no hospital ou não puderem acompanhar um. E na hora de pagar o imposto de renda. E etc.
ResponderExcluirBrigado pela citação, SAMzinho! Bj!
Eu quero casar!!! Já pensei várias vezes nisso. Juro que sonhei antes de ontem que eu me casava com meu namorado! Quero pagar menos imposto tb... Casado paga menos aqui onde vivo. Vida normal para casais gays é possível sim, os brasileiros tem que continuar na luta pelos direitos [mode sindicalista on].
ResponderExcluirdeixa eu admitir: pouco me importa o casamento gay.
ResponderExcluire quando eu penso isso, eu não entendo, mas é assim q eu penso.
votória colorida dos hermanons nénão? mas eu parei doi no cara da foto, o q ta por cima, cmo pode alguém ser tao lindo, como pode????????????????
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