quinta-feira, 30 de dezembro de 2010
2011!
Não posso citar ninguém aqui, porque seria de uma imensa injustiça.
Mas, quero agradecer a cada um que passou aqui, que deixou um pouco de si e levou um pouco de mim consigo.
Eu, que me proponho a fazer uma escrita simples, descompromissada, direta e se possível que possa aqui trazer um pouco de luz aos nossos pensamentos e lá divertir um pouco nosso dificil dia-a-dia, quero deixar um grande beijo/abraço a quem perdeu algum tempo desse ano por essas bandas.
Aprendi muito com as pessoas que passam aqui e algumas ficaram pela minha vida.
Esse blog me trouxe muitas pessoas que adoro e isso é algo que devo a ele.
Por isso agradeço por em 2010 e em anos anteriores, tanta gente fabulosa ter passado e ficado por aqui.
Esqueci até de agradecer as mais de 100 mil visitas ai contadas pelo ano e pedir minhas desculpas a quem não pude dar a devida atenção.
Só posso desejar em 2011 a vocês: paz, saúde, felicidade e prosperidade!
Vamos olhar mais pra si mesmo e em volta de nós. Que sejamos melhores: o pouquinho que for, já fará uma diferença!
Que estejamos juntos mais tempo, se possível muito mais tempo!
Feliz 2011!
quarta-feira, 29 de dezembro de 2010
Stop
Eu: Nada.
- Não acredita mais no amor?
- Não!
- Porque?
- Porque ele é mentiroso.
- Perdoe-o.
- Não, quando se desaponta, perde-se a confiança. Não posso confiar mais nele.
- Voce fala como se ele fosse alguém.
- É bem por ai.
- E se ele se mostrasse bondoso contigo?
- Não teria mais como acreditar, não confio nele.
- E se viesse carinho?
- Quando a esmola é grande, o santo desconfia.
- Credo.
- Ser realista nunca foi ser agradável. Acostume-se a isso.
- Todos não são iguais.
- Mas, sou como um delegado plantonista: ficho tragédias todos os dias, é normal que trate isso como padrão.
- Fazer isso sempre só te impede as oportunidades.
- Esse é o problema: dar chances cansa e entedia, quando as 285 que voce faz tem o mesmo resultado.
- E qual é a solução?
- Pra mim? Descansar minha cara, descansar!
segunda-feira, 27 de dezembro de 2010
O óbvio de fim de ano
Florianópolis. Camboriú. Aliás, Floripa né? Com a voz de 'colégammm na fila do Glória'.
São Vicente, Guarujá. Rio. Salvador.
Academias incessantes nas duas ultimas semanas e bronzeamento artificial.
Peeling.
Caras maquiados pra balada.
Bebida sem limites, musica que estourou meu tímpano. O esquerdo.
Conversas vazias, ascendência rápida de atendente a analista.
Avareza a lotes com 100 unidades.
D&G, Calvin Klein e um vômito.
Vários beijos.
Ativo de mercado rápido não fica parado. Não mesmo. Logo está em outros braços.
O mesmo tribal. O mesmo house.
As mesmas tatuagens. Respeitarei aqui, não comentar a geometria ou temática dos desenhos.
Tudo do mesmo e padronizado.
Todos padronizados. Homogeneizados.
Eles são o óbvio.
Mas até o que é óbvio, um dia volta ao normal.
Senhor, livrai-me do óbvio. Amém.
quarta-feira, 22 de dezembro de 2010
Horizontes, Derrotas e Desafios
Pra quem não sabe ela é minha única paixão alcoólica, mas como toda paixão exclusiva é duradoura.
Perder uma paixão é algo que nos desconstrói, é um terremoto que derruba um edifício inteiro, por melhor que seja sua sustentação.
Mesmo eu, acostumado a perder as paixões da vida, pelas quais não mais me apaixono, perder a paixão da alma me parece grave e ímpar.
As vezes nossas preces não são suficientes pra modificar o rumo da vida, mas existe um hiato entre qualificar isso como bom ou ruim.
O que importa? Observar com olhar crítico, cético e objetivo os erros e traçar um rumo e persegui-lo.
Como os terremotos que arrasam cidades inteiras, essas, por si só se reconstroem e tentam voltar a vida normal.
Fazendo um paralelo - novamente - com as cidades japonesas, dessa vez - quem sabe - poder reerguer um futuro num lugar onde ele não possa ser destruído jamais.
Rasgar idéias, derreter vícios, queimar erros e plantar o caminho novo a seguir.
Minha 'beast within' ganhou. Mais uma vez. Uma pena.
sexta-feira, 17 de dezembro de 2010
Chama Acesa
Chame-a do que quiser.
De esperança, de otimismo.
De fé.
Uma chama acesa que nunca se apagará.
Nem pelas dificuldades,
nem pelos muros que nos serão erguidos,
nem pelas estradas que nos serão obstruídas,
nem pelo medo,
nem pelo fim - ou não - que se aproxima.
A chama dos nossos sonhos,
dos nossos desejos.
Uma chama que definirá o que somos
e até onde poderemos alcançar.
Orem - ou torçam - pra que a chama permaneça sempre acesa.
Se puderem fazer isso pela minha, os agradecerei.
sábado, 11 de dezembro de 2010
Adeus Temporário
Temporáriamente deixarei as atividades do blog.
Temporariamente.
Ocorreram alguns problemas que exigirão muito mais de mim do que imaginava para solucioná-los. É um momento complicado e me desvincular do blog, ajuda a colocar a cabeça em ordem.
Assim ocorrerá com o twitter, talvez msn e meu perfil pessoal.
Agradeço a todos os meus leitores, aqueles que esporádicamente leem tanto o Close quanto o Eterno Garoto, aos leitores que comento e sobretudo aos blogs amigos e leitores que ficaram amigos nessa caminhada. Agradeço ao carinho, aos emails, aos encontros e alguns a sua presença no dia a dia, mesmo que num telefonema ou msn.
Seria impossível nomear todas as pessoas, mas as que mais estiveram presentes recentemente, de tantas, desisti de fazê-las!
Resolvi assumir meus defeitos, vícios e outras questões, para que assim talvez possa corrigir o curso de algumas situações recentes.
Quero deixar um abraço e um beijo a cada um e a quem puder e quiser.. lembre-se de mim em suas preces nesta semana? Pode ser só um minutinho! e pra quem não acredita: uma força positiva!
O importante é não deixar de lutar. Nunca.
Eu volto em breve, não se preocupem!
É a hora de enfrentar minha beast within.
I have to keep believing...
quarta-feira, 8 de dezembro de 2010
Traição, Fachadas e Trepador21cm
Sim, porque lindo é uma coisa. Gostoso é outra. Reunir as duas coisas é coisa que poucos conseguem.
Sorte a dele.
Tem namorada.
Mas estava lá. Aliás, estavamos lá.
Conjugar os tempos verbais ocasionalmente é imprescindível quando se deseja passar algo.
Ele beijava loucamente, dono de um corpo escultural e tinha o membro rijo, tão escultural quanto seu corpo. Uma bunda que óbviamente não tinha como não despertar desejo.
Escultural por completo.
Me beijava e comprimia teu corpo contra o meu avalassadoramente, como se aquele momento fosse o último. Vencendo inclusive a mim, um compulsivo sexual nato.
Eu, apenas aproveitava e observava aquilo. Sim. Sei lá porque o observava. Não pela beleza, mas pela atitude.
Eu não sabia sobre sua namorada. Ainda bem? Talvez.
Após tudo, danamos a conversar e me contou sobre ela e a vida.
Agora eu já sabia.
Disse que costumava sair com amigos e pegava uns caras.
Na minha cabeça me passava o porquê...
Desisti de compreender.
Podem haver inúmeros motivos que levem a uma traição, uma série delas, mas tem questões da vida que são tão evidentes, que me sinto consternado a não pensar em quem age assim com dó. Talvez sua beleza evidenciou isso um pouco.
Mesmo sendo o trepador21cm.
Mesmo ele.
Ah, durante nosso encontro percebi que ele não é só trepador tambem.
Pensei nele depois, pensei nela.
E pensei que não importam os motivos e as razões: traição é traição de qualquer jeito. Ponto.
É como quem diz que acredita em reencarnação e ressureição. São distintos. Ponto.
Quantos trepadores21cm existem por ai? Muitos deles.
Muitos mesmo, o suficiente pra certa visita a local de referência longínqua ter encontrado uns 10 deles numa noite.
Alguns namorados, alguns casados. Com filhos, lindos, como contaram três deles.
Quantos trepadores21cm estão ai de fachada na sociedade?
O importante não é enumera-los ou justifica-los.
É náo se tornar um deles.
segunda-feira, 6 de dezembro de 2010
Acostumar. Se.
Mas não devia.
A gente se acostuma a morar em apartamentos de fundos e a não ter outra vista que não as janelas ao redor.
e porque não tem vista, logo se acostuma a não olhar para fora.
E porque não olha para fora, logo se acostuma a não abrir de todo as cortinas.
E porque não abre as cortinas, logo se acostuma a acender cedo a luz.
E à medida que se acostuma, esquece o sol, esquece o ar, esquece a amplidão.
A gente se acostuma a acordar de manhã sobressaltado porque está na hora.
A tomar o café correndo porque está atrasado.
A ler o jornal no ônibus porque não pode perder o tempo da viagem.
A comer sanduíche porque não dá para almoçar.
A sair do trabalho porque já é noite.
A cochilar no ônibus porque está cansado.
A deitar cedo, e dormir pesado sem ter vivido o dia.
A gente se acostuma a esperar o dia inteiro e ouvir no telefone: hoje não posso ir.
A sorrir para as pessoas sem receber um sorriso de volta.
A ser ignorado quando precisava tanto ser visto.
A gente se acostuma a pagar por tudo o que deseja e o de que necessita.
E a lutar para ganhar o dinheiro com que pagar.
E a pagar mais do que as coisas valem.
E, a saber, que cada vez pagará mais.
E a procurar mais trabalho, para ganhar mais dinheiro, para ter com que pagar nas filas em que se cobra.
A gente se acostuma à poluição.
Às salas fechadas de ar condicionado e cheiro de cigarro.
À luz artificial de ligeiro tremor.
Ao choque que os olhos levam na luz natural.
Às bactérias de água potável.
A gente se acostuma a coisas demais, para não sofrer.
Em doses pequenas, tentando não perceber, vai afastando uma dor aqui, um ressentimento ali, uma revolta acolá.
Se a praia está contaminada, a gente molha só os pés e sua no resto do corpo.
Se o cinema está cheio, a gente se senta na primeira fila e torce um pouco o pescoço.
Se o trabalho está duro a gente se consola pensando no fim de semana.
E se com a pessoa que a gente ama, à noite ou no fim de semana não há muito o que fazer, a gente vai dormir cedo e ainda fica satisfeito porque tem sempre sono atrasado.
A gente se acostuma para não ralar na aspereza, para preservar a pele.
Se acostuma para evitar feridas, sangramentos, para poupar o peito.
A gente se acostuma para poupar a vida.
Que aos poucos se gasta e se gasta de tanto se acostumar, e se perde em si mesma."
Clarice Lispector
quinta-feira, 2 de dezembro de 2010
Acostumar: Fechar ou Permitir?
Explico: Você dividiu a vida com alguém, 2, 5, 10, 15 anos... jantares, almoços, finais de semana, planos. Uma série de coisas, e aí vamos supor que você tenha de se acostumar a não ter mais tudo isso. É dificil.
Não ter mais as ligações, as satisfações dadas, o compartilhamento dos planos, dos projetos, as reclamações - nessa hora dá uma saudade delas - as implicâncias, que agora sob o olhar da solidão, não dão mais irritação, dão uma saudade, uma imensa saudade no peito.
O lugar vago no carro, aquele sanduíche de picanha sem a compania.
A cama vazia - certamente o golpe certeiro e inquestionável de todos - sem o calor do seu abraço numa noite fria.
Toda a faxina feita no quarto ainda não é suficiente pra apagar. Pode se apagar?
Não pode.
Pode.
Pode?
Bem, alguns conseguem. São tidos como ímpar aos demais.
Bem assim, o contrário: os amigos insistindo pra sair na agenda, que o namorado quer ocupar; as prestações de contas, os desentendimentos, a balada sem avisar, a discussão, o telefone mexido. As reclamações, mesmo após as suas conversas.
A viagem convidada que agora precisa ser vista com ele.
Recados a toda hora, o desejo do outro, a liberdade (perdida?), as obrigações, a cama compartilhada no dia de calor em que ele insiste em querer te abraçar, mesmo você suando loucamente.
Tudo acaba num mesmo ciclo, que tem um elo. Uma roda infindável, onde cada um tem medo de entrar. Já se estando nela.
O medo é justificável? Não podemos ter medos?
Pra quem se acostumou a trancar o grande quarto, justamente pra afastar o sofrimento da vida, às vezes, mesmo quando se quer abrir, nem se lembra mais onde ficou a chave.
E não dá pra se arrombar a porta.
terça-feira, 30 de novembro de 2010
Cidadania
Os dois blogs passarão a ostentar a partir desta semana, uma bandeira brasileira onde haverá um link para um editorial do O Globo, justificando a necessidade da aprovação da PL 122 que criminaliza a homofobia.
Uma citação honrável, visto ser a posição oficial do jornal. Um dos maiores do país.
Nem preciso dizer sobre os casos mais recentes, a tentativa de homicídio a um rapaz durante a parada gay do Rio, as agressões da Paulista, o perfil 'Homofobiasim' no twitter, a carta do Mackenzie e o mais recente, o rechaçamento de um casal gay na Ofner nos Jardins para justificar sua necessidade. O mais interessante desses episódios é que não se tratam de acontecimentos em locais periféricos, mas em redutos de bairros nobres e no caso da agressão, realizados por gente que possui estudo, nas melhores escolas da cidade mais cosmopolita do país.
Por sorte a mídia noticiou os casos e na questão da Avenida Paulista, tivemos imagens, de duas das agressões, que atestaram sem sombra de dúvidas as agressões gratuitas, sem razão nenhuma.
Portanto não foi a bandeira LGBT, mas a bandeira nacional mesmo, afinal somos todos cidadãos e não queremos nem mais, nem menos e sim, direitos iguais. Só isso.
Lembro vocês do 30 idéias, convido a quem ainda não conhece entrar, e verificar medidas simples de contribuirmos a causa LGBT, de modo simples, sem ser chato e de maneira eficiente.
O ultimo fato, também é para lembrar que tanto faz você morar no Jardim Ângela ou no Jardim Paulista, o preconceito está em todo lugar.
Abaixo assinado: Não Homofobia, pela PL122.
sábado, 27 de novembro de 2010
Traição?
quarta-feira, 24 de novembro de 2010
Reclamões, Chatos e Solidão
Trabalho com uma pessoa 'reclamona'. Dessas com 'espírito de velho'.
Dessas que tudo, absolutamente tudo, reclama e o tempo todo.
E ela é a pessoa que 'mais faz tudo': ela entra no escritorio falando ao rádio, em altos decibéis pra dizer que está trabalhando, conversa alto no telefone quando chega algum chefe pra 'mostrar serviço' e grita dentro do escritório como se fosse em sua casa, pra dizer que é uma pessoa ativa.
Por sorte não é do meu setor.
Todos os dias já chega reclamando do trânsito ou de alguma doença nova que
Nem preciso dizer que é uma pessoa que agrega consigo uma imagem e aspectos ruins e são daquelas que fazem o clima cair quando chegam num ambiente.
Ela vive se fazendo de coitada, mesmo num cargo bacana que possui: diz que está sempre sem dinheiro, sem tempo.
Por ser sem noção, trata assuntos particulares a frente de todos e dá duras nos supervisionados ao vivo, constrangendo-os.
Ou seja ela é o erro.
Este é um bom exemplo de algumas pessoas que vivem reclamando da vida, são chatas, hiper-pessimistas e tudo pra elas tem um defeito.
Reclamam do salário, de doença, de falta de namorado, da fila do supermercado, de uma sms, de amigos....melhor: De qualquer coisa que haja pra elaborar uma boa crítica.
Fazem de um pequeno problema uma grande tempestade, e óbvio: não são levadas a sério.
E ainda mais: afastam as pessoas.
Não é toa que a maioria dessas pessoas, reclama de solidão.
Porquê? Simples: Ninguém gosta de ter alguém que seja 'pra baixo' e 'um saco' o tempo todo.
Além de tudo, uma grande característica dos 'criadores de desgraças' é que eles nunca conseguem achar soluções, estão sempre atolados nos seus problemas - muitos, que servem de 'muletas' pra si mesmo - e que viram justificativas pra tudo na vida.
Não é que sejamos obrigados a carregar no rosto um sorriso falso 24 horas por dia, ou ter sempre uma frase de Dalai Lama, pra passar adiante: dias ruins todos temos e da mesma forma o direito a reclamar. Mas, ter sempre uma perspectiva negativa e fria da vida, torna o seu ambiente ao seu redor uma 'droga'.
Nós devemos ser pessoas criadoras de soluções, de perspectivas: a alegria interior - não, obrigatoriamente - mas, torna-se uma bela fachada que atrai as pessoas e ajuda na comunicação. Por uma razão simples; quem a possui, torna-se interessante e transmite segurança. Aproxima as pessoas naturalmente: desde um contato de trabalho, amizade a um namoro.
São coisas que podem parecer uma simplificação barata de um livro vagabundo de auto-ajuda, mas no final, são coisas simples, que todo mundo conhece, mas tem o péssimo hábito de não por em prática.
Gente chata, insegura, fechada, maldosa, dentre outros 'adjetivos' tendem a sempre ficar sozinhas, por essas razões.
segunda-feira, 22 de novembro de 2010
Amor, Passados e Reflexões
William Sheakspeare
Será mesmo?
O fato de não ver a si lutando - em nenhuma hipótese - por amor ou não se ver nele é algo incrivelmente incômodo, principalmente quando se está com alguém e se ouve coisas da qual não se consegue retribuir a altura.
Por conta do que somos bombardeados todos os dias, as vezes sentimos num grande e imenso buraco. Não, este buraco não é a falta de amor, é a falta da necessidade de amor.
Fruto em parte do individualismo atual, mesclado com rancores passados, buscas pessoais, experiências, constatações e uma boa dose de realidade.
Recentemente me peguei questionando isso, e o mais estranho é que por motivo ou outro isso se converte em um certo 'vazio'. Mesmo estando-se bem consigo. Quase plenamente.
E ter consciência disso e não cair nessa armadilha é uma prática pouquissimamente usada, daí se vê depressões e vitimismos que estão de sobra em pessoas por aí.
Usando parte desse pensamento sheaksperiano posso refletir ainda, que o amor fica em uma avenida, onde ando com um carro guiado por outras coisas e onde ele tem ficado sempre pra trás. Como um edifício qualquer.
Cada vez mais...
quinta-feira, 18 de novembro de 2010
Perguntas, Lixeiros e Preconceitos
Ele é atencioso, educado. Não chega a ser culto, mas informado.
Generoso, de bom coração.
Um corpo, complementa o outro. Fascinante.
Quando o viu, ele tinha algo que te tocou e não errou: ele entrou na sua vida.
Ele é lindo. Ele é um gentleman. Ele é um lixeiro.
Como seria se 'o cara' fosse um lixeiro?
Você o apresentaria aos amigos?
Falaria sobre sua profissão para conhecidos?
O que seus amigos diriam? Eles te pressionariam a algo?
O que isso pesaria na sua perspectiva de vida?
A profissão define o quanto alguém é importante?
A instrução também define isso?
Um advogado necessariamente deve ser mais carinhoso que um lixeiro?
Isso é impossível?
terça-feira, 16 de novembro de 2010
A Grande Loteria
Estava ontem ouvindo canções do Cranberries, coisas dos meus 16,17,18 anos e lembrei do quanto mudei - ou de como a vida me fez mudar minhas perspectivas - e de como muita coisa do passado se perdeu.
Me deu certa saudade, mas se for pra analisar o todo: sou muito mais feliz hoje que antes.
Porém, aquela parcela 'inocente' marca, e justamente por isso se faz lembrada...
Quando fui interrogado por amigos sobre minhas pretensões (na realidade: a falta delas) sobre namoro, toda pessoa que 'conheço' vira um alvo na boca deles a pré-namorado e escuto sempre 'ok, voce esta sim procurando namoro'.
Numa análise simplista como essa: quem não quer namorar, não poderia jamais se envolver com ninguém. Certo?
Cadê o discernimento?
Aliás, pergunte ai pro pessoal o que é namoro: haverá tanta discordância que será melhor fechar os ouvidos pras opniões.
Talvez, essa pressão que eles - influenciados pela sociedade - insistam em fazer, se deve ao meu alto 'ceticismo atual' que os incomoda. Afinal, para a sociedade, a perspectiva de alguém que afirma poder viver sozinho é incômoda, tal como dizer bem alto a palavra 'sexo' num vagão de metrô lotado em silêncio, numa sala de aula ou num elevador cheio de um prédio de escritórios.
Lembrei-me das surpestições esotéricas de um amigo, que credita a elas, rumos, concluí que não adianta ficar folheando revistas ou guias esotéricos pra tentar trilhar esse caminho. Desencanar, penso eu, é sempre o melhor remédio. Ok, sou duvidoso pra opinar, mas se você vive nessa perspectiva de eterna espera, cria em torno de si toda uma expectativa que é pesada pra si mesmo, custosa e confesso que ousaria chamar de 'inútil', afinal penso que quando as coisas tem de rolar, acontecem, não há como sair de casa e dizer: quero um namorado hoje e voltar pra casa com um debaixo do braço.
Aliás, penso que amor é esotérico, melhor ainda, lotérico: é como um bilhete de loteria que você escreve uma sequência e torce pra ser sorteada.
Joguei na loteria algumas vezes. Alguns tiveram sorte, eu, cansei de jogar.
quinta-feira, 11 de novembro de 2010
Inteligências, Narcisismos e Açougues Modernos.
A proporção de inteligência está inversamente proporcional ao número de peças de roupa que ele dispõe em suas fotos no album do orkut.
(Dos simplismos da vida moderna)
Se ele faz o mesmo no facebook, está intelectualmente um pouco acima do anterior. Muito pouco.
São daqueles perfis que tem no português um de seus maiores inimigos: as frases de efeito, copiadas de qualquer lugar, de qualquer autor (sem que tenha a mínima noção do que significa, alías hoje não se pensa: é cansativo) pra se causar impacto no perfil, aliadas àquelas fotos em poses-que-conhecemos-de-cór que mais os expõem do que mostram.
Ah, esses daí costumeiramente não sabem a distinção entre se expor e se exibir.
No linguajar usam sempre a terceira pessoa. Aliás eles tem um preconceito claro contra a primeira pessoa: ela é irredutível a erros.
Alias, o exibicionismo é uma consequência do narcisismo: um dos males modernos que faz com que você viva alheio a tudo e a todos.
O longo prazo do narcisista é a próxima balada no feriado, Camboriú, Rio ou Buzios...
Alguns, além da tradicional alcatra ainda falam muito em Paris, mesmo sem saber que a Itália não faz divisa com a Espanha.
Aliás, é neste nicho que vive a nação photoshopada. Cada dia mais reinante.
Sejamos críticos da falta de conteúdo, não do sexo: sê-lo é hipocrisia.
Uma famosa drag diria assim: "Quem tem cabelo bom não dá close".
Eu diria: "Quem confia no próprio taco, não dá close".
Taí a questão, todos vivem apenas para esse marketing e assim, os perfis se tornam cópias fidedignas do Manhunt ou do Disponível.com
- Eu queria arrumar namorado.
Diz uma alcatra pronta pro corte, após longo suspiro domingo a noite sob chuva após muito 'doce' e colocação da balada de sábado.
Grandes açougues: onde você escolhe pela peça e corte.
Quem você é nesse açougue? Lembre-se: tudo aí é perecível.
Você sabia que alguns pratos só ficam essencialmente bons com carnes de segunda?
quarta-feira, 10 de novembro de 2010
Inconstâncias e Ansiedades
Ele conheceu um certo rapaz.
Foi adicionado por ele no orkut, com quem começou a conversar e culminou em se encontrarem.
Cabelos negros. Pele levemente bronzeada. Sarado. Enfim, aquele estereótipo que o pessoal adora.
Durante uma semana e meia rolaram encontros, saídas, teatro e nesse tempo ocorreram mensagens no celular, ligações em várias horas do dia e brincadeiras declaratórias - por parte dele.
Numa feira ele se voltou ao meu amigo e disse:
- Poxa, não vai dar desconto não? É presente do namorado ó!
Apresentando-o e comentando com amigos:
- Então você acha, o ex ficar ligando no celular do meu namorado?
- Fulano, ele me deu um presente de aniversário onde estava no bilhete: - "Com muito carinho de X e Y"
Só pra refrescar a memória dos meu leitores, toda a descrição se passa em uma semana e meia.
" Preciso conversar contigo depois, não quero mais ficar com ninguém...."
Foi ele que adicionou o meu amigo no orkut, foi ele quem chamou pra sair, ele que iniciou tudo e faz isso...
Meu amigo disse:
- Eu me preocupo tanto em não magoar as pessoas e elas simplesmente tratam o sentimento dos outros como lixo? Lógico que as pessoas tem o direito de não querer mais, mas elas estão cagando para o sentimento do outro.
Ok, mas óbvio que inconscientemente o meu amigo teria uma parcela de culpa no caso pois: considerando que uma pessoa que te conhece a uma semana dizendo que 'te namora' é no mínimo digna de uma atenção redobrada, pois ela de cara já se demonstrou excessivamente carente e é mais que propensa a fazer uma bela de uma cagada.
No caso dele, posso considerar que realmente estava rolando um lance bacana e mútuo, mas entra ai em questionamento justamente a 'entrega' e isso é uma questão particular de cada um. Eu não me entrego, uns se entregam demais e por aí segue a vida.
Óbvio, que, pra quem já viveu um pouquinho mais - e como eu -, sabe-se que não se deve confiar na atitude do outro (perceberam que nem me passa pela cabeça isso né?), deve-se sobretudo em situações explícitas como essa em se prever as sandices que possam ocorrer.
No caso do meu amigo, quando apareceram esses sinais, ele simplesmente continuou como estava e prosseguiu até ver onde ia. Provavelmente se fosse a mim, no primeiro 'namorado' a menos de uma semana, já teria lhe dito coisas que ou me odiaria - porque ansiosos, são como bêbados, não assumem - ou compreenderia o que estava fazendo.
Mas confesso que reler a minha conclusão, fez me sentir duro.
Seria eu alguém duro, alguém fechado ou apenas alguém coeso?
sábado, 6 de novembro de 2010
Adaptar-se
As inúmeras mudanças que me ocorreram, principalmente no campo emocional e psicológico - quem me acompanha a certo tempo, pode verificar isso através do blog e suas postagens - surpreendentemente eu ainda me abalo com frequência em alguns setores da vida, óbvio que não se encontra o equilíbrio pleno nunca e também não falo de sentimentos, mas da àrea profissional, que é um pilar muito relevante pra mim.
Certas mudanças que estão prestes a acontecer, me tirarão da zona de conforto e isso me causou certa ansiedade e decepção. Andei bocado triste esses dias.
Nesse meio tempo, encontrei um amigo onde contei a questão e ele começou a me enumerar o que eu posso tirar de positivo disso e que muita gente passa pelo mesmo problema e de fato tem de se adaptar. É evoluir, concluiu.
Quando ele disse isso, eu pude enxergar além do problema: oportunidades.
Esse é um problema recorrente quando somos tirados do nosso conforto através de alguma mudança, aumentamos o problema e nos cegamos a qualquer alternativa ou possibilidade de transformação.
E através dessa conversa, pude ver também que acabei me estagnando numa zona de conforto em tantos outros aspectos e àreas da vida. Percebi que às vezes é preciso parar de caminhar e repensar tudo. Tudo mesmo.
*Segue link de reportagem bacanuda da Folha tratando pessoas que sofrem bulling e que sofrem problemas em se aceitar gays com alguns casos de quem já tentou até o suicídio. Seguem dicas de preservação pessoal e de como lidar com o assunto.
*Começa essa semana, na rabeira do Festival Internacional de Cinema de São Paulo, o Festival Mix Brasil de Cinema, só com filmes tratando sobre a diversidade. Ficaddica.
quarta-feira, 3 de novembro de 2010
O Garoto Morreu?
Talvez o excessivo questionamento nos ultimos dias, quase um levante conluiado entre amigos e conhecidos em coro, fez com que reaparecesse o porão onde deixei meus sentimentos.
Após uma operação bem sucedida, consegui remover a parte deles que se referem aos relacionamentos amorosos e guardados numa caixa foram esquecidos lá.
Essa é a palavra: esquecidos.
Quando se esquece, não se sofre, afinal o esquecimento é involuntário e natural.... pela perda de importância?
Porém esse levante, aliado a um feriado solitário em casa me fez questionar a austeridade dessas decisões.
Fui acusado recentemente de criar barreiras aos 'candidatos' e de desqualificá-los para facilitar e justificar minha recusa aos relacionamentos.
Recentemente um deles começou a me telefonar cobrando-me ocultamente, invadiu minha rotina e me intimidou delicadamente com o presunçoso dado de uma semana de conhecimento. Fugi dele, um ansioso desses que disse outro dia.
Como já afirmei a vocês eu não possuo fantasmas do passado e esse processo que a minha mente executa é confortabilíssimo, não nego.
É bacana viver grandes emoções mas elas trazem, por uma razão óbvia, riscos e o conforto da liberdade individual é grande, estável e tentador, na perspectiva de um economista: nada mais parcimonial.
Aliado ao grande volume de obrigações atual, essa situação além de comoda é racionalmente apropriada.
Atualmente não amo - carnalmente - ninguém hoje, porém essa lisura sentimental é classificada por muitos como um vazio. E inconsequentemente eu assimilei essa idéia e caí em profundo pensamento sobre isso e todos sabem que carência, feriado solitário e vodka são um convite à depressão.
Não durou muito, porque hoje dura-se muito pouco esses momentos, mas ficou no ar uma pergunta: quanto do garoto que existia ainda há em mim?
Será que essa racionalidade pode eliminar a doçura que ele possuía?
Será que isso pode apenas conduzi-lo ao mundo do material e fazer perder-se de seus sonhos?
Não mereceria um descanso esse coração que cansou dar chances ao amor? Não seria um direito dele?
Será que esse garoto morreu?
Enquanto faço essas perguntas, questiono se isso é apenas uma impressão da pressão social contra a minha condição de preferencialmente solteiro ou se é um questionamento legítimo de alguém prestes a enterrar seus sonhos de menino.
sexta-feira, 29 de outubro de 2010
Terremotos e Quando as mudanças podem te derrubar?
Tóquio é naturalmente propensa aos terremotos como toda a Honsu.
Aliás o terremoto está para a história do Japão, quase como o carnaval está para a nossa.
Quando houveram os grandes terremotos de início de século, num Japão já mais urbanizado, onde se devastava tudo e morria-se aos milhares, começaram a ser discutidas medidas de como se viver ali, com toda aquela sandia terrestre. Após anos de pesquisas, estudos e adaptações, as construções japonesas hoje, são as mais seguras do mundo, graças a tecnologia desenvolvida para resisti-las aos tremores constantes do arquipélago.
Mas óbvio, que tudo isso hoje, custou longo trabalho e assim sendo: o quanto as mudanças podem te derrubar?
Assim como o Japão e outras localidades do mundo, que vivem sob os efeitos sismatológicos e estão sempre sob reconstrução, alguns de nós ganhamos essa capacidade regenerativa... Mas as vezes, mesmo quando você já está acostumado a ver sua casa trincada de abalos, e sempre ter aquela massa corrida pra retocar a parede afetada, ainda sim em algum momento tudo isso soa demais pra você.
Como um reconstrutor e superador nato, estou acostumado a reerguer minhas cidades particulares destruídas por grandes tremores, onde as vezes mal sobra locais para dormir, mas às vezes, conseguido recuperar todo o ambiente em pouco tempo, dá certa tristeza testemunhar mais um abalo. De novo.
Mas a perspectiva podia ser ainda pior: haveria como ser uma devastação ainda maior e ceder todas as minhas construções, aí nesse caso, literalmente começar-se do zero.
Mudanças ocorrerão em toda nossa vida, frenquentemente, mas continuarão a ser fontes de dúvidas na mesma proporção em que ocorrem.
O jeito? Tentar com o tempo se tornar como as construções japonesas: indiferentes aos tremores.
*Compilação de 'Recomeçar' de Drummond
segunda-feira, 25 de outubro de 2010
Ansiedade, Imediatismos e Outros Males Modernos
Imaginamos que devemos usufruir de tudo que aí está, o que é praticamente impossível.
Assim, somos carregados ao imediatismo como o da internet: que dá um foco exagerado em certo tema nesse momento e amanhã o assunto simplesmente 'morre'.
Quantas pessoas não agem exatamente assim? Imediatistas?
Hoje morrem e matam por algo, chega amanhã: simplesmente esquecem.
Esse comportamento que é levado pela pressão da mídia e sociedade modernas, que criam o novo, o recriam a cada segundo, nos faz perder o valor do tempo e nos tornam impacientes, ansiosos, quando queremos tudo pra ontem e ao mesmo tempo.
O resultado: excessivas frustrações, onde muitos, mal experimentam algo e rapidamente já se cansam.
Cansa-se da inundação de noticias, programas, pessoas, tudo aos montes, sem critérios: é a quantidade em detrimento da qualidade.
É o tal do mundo moderno.
Essa pressão é estendida sobretudo ao jovem: necessidade de ascenção rápida de carreira, estudo ao mesmo tempo tem que ser belo, malhado e-todo-aquele-estereótipo-que-nos-é-vendido e bem sucedido também no amor. Possivel?
Da mesma forma como um recém-formado hoje, possui uma gana muito maior de crescimento dentro de uma empresa e numa velocidade muito maior do que anos atrás, quando se conhece alguém, fala-se muito em coisas que não são tangíveis quando se está apenas conhecendo. Viaja-se como diria um conhecido.
Da mesma forma como estuda-se desenfreadamente para alcançar certo sucesso profissional, assedia-se muito rapidamente acerca de arrancar de quem se está palavras relevantes e compromissos impossíveis a tal gradiente de tempo.
É a ansiedade.
A ansiedade moderna, talvez mais perigosa que a tal superbactéria (alias, alguém ainda ouve falar da Influenza A?, logo a KPC será engolida pela mídia moderna também) pelo menos essa última, sobre ela pode-se ter controle.
Se no mercado de trabalho são duvidosos certos métodos 'rápidos' de graduação, que cortam cursos pela metade para formar profissionais mais rapidamente sem garantia de qualidade de estudo, no amor cria-se vínculos relâmpago aliados a famosa pressão social e sustentados numa carência coletiva - reconhecida também coletivamente - que são fadados ao término, porque não fazem o uso de um ativo cada vez mais valioso e indispensável no nosso dia-a-dia: O tempo.
terça-feira, 19 de outubro de 2010
Ativo, Passivo e Versátil
Comentei com meu amigo que a escolha de um gay é certamente a mais restrita que há.
E ele me perguntou o porquê e eu expliquei:
O gay, por natureza é exigente: exige corpo, cabeça e em alguns casos, se exige todo um check list de obrigações antes que voce o dispense ou vice versa. As vezes, sem haver o interesse mínimo de conhecer o outro.
Mas além desses fatores existe o "fator natural da coisa".
Todo mundo sabe que o gay é bastante ligado a sexualidade, logo, o fator "atv", "pas" e "vers" como a gente vê no início das conversas de chats da vida, na verdade é uma questão muito mais profunda. E nem sempre - por mais que pareça - quem pergunta quer saber apenas de sexo.
Indica que mesmo com todos os requisitos anteriores citados devidamente preenchidos: uma boa conversa, papo, pele, enfim.. a coisa pode parar nessa seleção ainda.
Quem aqui que não tem um caso de alguém que conheceu, adorou e tal, ás vezes iniciou um relacionamento aparentemente bacana até, mas...
...na hora a coisa não fluía...?
No caso de quem é ativo ou passivo essencialmente e que sob nenhuma hipótese abre mão para estar do outro lado, com certeza, o buraco da questão é mais embaixo.
Houvi falar que a tendência de hoje é a versatilidade, mas desde quando se existe tendência para isso?
De fato, para quem é versátil tudo é um pouco mais genérico na hora da abordagem e por tantas vezes eu não entendia quando o cara chegava, sabendo apenas meu nome e idade e já me tascava: "ativo ou passivo?"
Após experiências, hoje, passei a entender isso sem julgar apenas preconceituosamente quem emite a pergunta.
Digamos que eu simplesmente agradeço por não estar nos extremos. É uma outra perspectiva.
E voces? Acham que isso é de fato um fator decisivo no final das contas?
sexta-feira, 15 de outubro de 2010
Um país Hipócrita
01 em cada 10 brasileiros são gays.: 10% da população.
Duas realidades que a ignorância religiosa de alguns deseja sepultar com as eleições.
Mas ainda há esperanças e certos avanços ninguém poderá barrar.
segunda-feira, 11 de outubro de 2010
Sono
Narcolepsia é uma condição neurológica caracterizada por episódios irresistíveis de sono e em geral distúrbio do sono. É um tipo de dissonia.
No meu caso, a narcolepsia é atribuída ao orkut, ao twitter, as festas da The Week, da Megga, da Bubu. Das bunitas que posam de gostosas e poderosas na balada, distribuindo carões e ignorância em pacotes fechados de "leve três,pague dois" morando no Alpha...vela.
Sono tenho dos 'pseudo-intelectuais' que ojerizam as 'pão-com-ovo', mas não fazem o mesmo com a 'balinha' na bebida. Mal sabem com muitas das primeiras se divertem horrores!
Ah que sono! Perfis de caras sem camisa e trocando recados picantes com gravíssimos erros de português também me dão sono. Alguns caras do passado no msn também me dão sono, principalmente quando eu pratico a infelicidade de postar uma 'foto alcatra': é uma pena.
Meus olhos fecham lentamente diante de discursos retóricos e vazios principalmente dos caras que não sabem nem o significado dessa palavra: retórica. Também com os caras que conhecemos que são de "foradomeio", "caseiros-mas-as-vezes-saem-porque-os-amigos-insistem-muito". Dos que "já sofreram demais" mas que sabem fazer isso aos outros como ninguém. Dormi dia desses falando com um ao telefone.
Aqueles que demonstram uma série de sentimentos mas "do nada" mudam de idéia, me fazem domir no sofá com a tv ligada.
Os ansiosos também me dão muito sono, nossa! Principalmente, aqueles que depois de duas mensagens já querem casar.
Mas também há os eternos enjoados, que usam sempre uma máscara: se olho muito pra eles, durmo. Ah, mas uma coisa que tem me levado a sonolência dia desses: são as 'conversas sobre machos' que são ótimos redutores cefálicos no seu excesso, principalmente quando seus conhecidos (ou as vezes amigos) vem sempre com aquele roteiro pós-balada contando sobre o cara que conheceram lá - nessa hora eu solto um longo bocejo - de como ele era lindo, gentil, advogado, bem sucedido, carinhoso, e depois dos 7 dias - raramente passam desses - este conta que 'acabou' e aí após uma semana se emenda outro, da mesmíssima (e escrevam numa grande lousa verde 'mesmíssima' por favor, pra ninguém esquecer) forma e estrutura e isso se repete todas as vezes.
Ainda há aquilo que mais me afeta a disposição: as conversas necadas (caríssimos leitores, não me peçam pra explicar) que são recheadas - literalmente - de medidas, posições, diálogos dispensáveis e etecéteras.
Fujo do sono como o diabo foge da cruz.
Por falar em cruz, a esperança, apesar de tudo isso, ainda não morreu.
quinta-feira, 7 de outubro de 2010
Sorte?
Recentemente acabei parando no perfil de dois amigos - gays - que são "casados'.
Acabei vendo algumas fotos desses dois casais e passou pela minha cabeça meio que um filme, das coisas que vivi, das coisas que já fiz por amor, dos sentimentos a flor da pele, das cartas, dos presentes, dos telefonemas.
Lembro que ao ver as imagens, acho que em toda a história (parafraseando Lula) eu nunca vivi um momento tão monótono e bucólico quanto a perspectiva de relacionamento como agora.
Não que eu não acredite mais, muito pelo contrário, tenho casais amigos fabulosos que mais que me provam que sim, dá certo e é de um gosto gratificante.
Mas qual o problema então?
Me sinto como um ateu que, quando alguém fala de Deus, ele fica indiferente a informação.
É estranho perder a perspectiva de estar um dia numa situação dessas.
O porque, ainda não descobri. Minto, acho que sei: não consigo contar com a sorte. Melhor, eu até consigo contar com ela pra algumas coisas...menos pra isso.
terça-feira, 5 de outubro de 2010
Sexo Demais
quinta-feira, 30 de setembro de 2010
Segurança
Albert Einstein
Todos, praticamente sem exceção, buscam segurança.
Em si, no outro, através do outro. Como queiram classificar.
Essa "estabilidade", pode ser alcançada, desde financeiramente até amorosamente.
Existem muitos meios de se buscá-la, no nosso mundo: da exaustão do cartão de crédito a uma compania favorecedora, vê-se de tudo um pouco. Ainda mais no nosso mundo individual e consumista em que se alcança essa segurança, esquece-se do próximo, aproxima-se do vazio. Constantemente.
De fato, "segurança" é uma sustentação, um atrativo, um diferencial - sim, porque não é um "item de série"- que de fato nos valoriza.
Um cara que é confiante, de fato, torna-se atraente, por "n" razões, as vezes por representar o que desejamos, as vezes pra nos trasmitir esse sentimento, as vezes, simplesmente por ser compativel a nós - quando a temos.
Ela - a confiança - é o determinante pras respostas que você dá a problemas e eventualidades.
É possível, tê-la, mesmo em meio aos problemas? Sim.
Mas na vida, muito pode ser colocado a você, para que compreenda que nem tudo pode ser sempre seguro, como alguns tolamente tentam mostrar.
Obviamente que esse conceito é complexo, pra não dizer indefinível. Mas cada um entende por si, e a obtem por vezes a partir de alguma convicção.
De alguma forma a fé - pra quem a tem - exerce nela um determinado papel.
Afinal, quando se crê - afirmam estes - tudo se pode.
Or right?
sábado, 25 de setembro de 2010
O Post Esclarecedor
Quando escrevi este post, pensei: o que é que estou fazendo?
Mas após relutar um pouco concluí a postagem.
Infelizmente não dá pra manter uma posição apenas para agradar ou para não polemizar, mas minha atual perspectiva é realmente a de alguém que se sente incomodado por saber da 'necessidade natural do outro'.
O outro lado da questão que penso é não se vitimar nesse processo como já escrevi aqui.
Explico: durante uma conversa com um amigo meu, sobre carência; comentei da possibilidade de manifestarmos ela por 'n' motivos e que cheguei a conclusão que esse processo é natural, não há nada de errado nele, o que não pode acontecer é nesse momento de fragilidade emocional (não consigo encarar isso de outra forma que não essa), você sucumbir a um 'encanto' e tomar isso como sério, porque é algo que penso: está fadado ao erro.
Ciente dessa situação - eu tenho um costume de me auto-analisar, por isso a costumeira recorrência a alguns pensadores e suas obras - percebi que a solução é administrar o problema pois é uma situação temporal, que não nos permite fazer as melhores escolhas ou tomar as melhores decisões.
Confesso que todo esse processo, para mim em particular é um tanto mais fácil: eu só tive um 'carma' (que foi a única pessoa que disse 'te amo' de fato) - no sentido de ser alguém que era difícil de esquecer - do qual eu já me livrei e confesso que sou muito mais feliz hoje graças a isso, assim não possuo ninguém pra lamentar não ter.
Óbvio que isso foi um processo de mudança, o que não é fácil, basta vocês lembrarem das coisas que eu já escrevi aqui, quando me pego lendo e me pergunto: quem era esse aí? Mas hoje vejo que podemos amadurecer, aceitando a realidade e evitando ceder a carências temporárias.
É mais sadio, mais prático e imagino: mais acertativo nas escolhas da vida.
Meu caso em particular, acredito sofrer da influência do meu lado lógico, estatístico e matemático que quer sempre chegar a uma equação exata, num resultado correto. Mas há um outro lado, de menor influência, mais descompromissado, que contrapõe essa rigidez.
O problema dessa tendência matemática da solução de conflitos é justamente o seguinte raciocínio que não consigo me desfazer hoje: se não tenho condições para levar uma aspiração a relacionamento a frente, seja por tempo, fator psicológico ou qualquer outra conjuntura, de cara eu já sucumbo. Pessoas que me conhecem, dizem que isso é um reflexo das situações que já passei e que inconscientemente 'me priorizo' acima de qualquer coisa.
Freud já dizia que uma situação decepcionante fica 'gravada na memória' e passa a influenciar nossos atos, afim de evitar passar novamente por ela.
Aí chegamos ao cerne da questão: quem se prioriza acima de qualquer coisa consegue abrir mão de algo em detrimento de alguém quando acha que 'isso' não vale mais a pena?
Espero não ter dado um nó na cabeça de vocês.
Atenção: Quando afirmo sempre por exemplo após um grande questionamento como esse que estou feliz, não é um ato de tentar 'maquiar' a situação, mas apenas pra deixar claro que o mais importante pra qualquer um de nós não pode ser esse último questionamento, mas isso. "'Ter alguém' deve ser sempre um complemento a nossa felicidade e não a origem dela."
quinta-feira, 23 de setembro de 2010
Parcialidade ou Conveniência?
Por que?
Ontem em São Paulo, 'defensores da democracia' se reuniram no tradicional Largo São Francisco para manifestar contra as declarações de Lula que acusou a imprensa de agir como um partido político.
Hoje, a Folha de São Paulo, publicou a mais recente pesquisa eleitoral, onde - diferencialmente da mesma pesquisa feita pelo Vox Populi/Band onde o resultado se manteve - numa manchete que ressaltou quase que com alegria como publicaram algumas reportagens de outros sites e jornais sobre a tal cobertura.
Agora fica o questionamento: Há realmente parcialidade na imprensa brasileira para que ela se 'vitime' tanto quanto fez quanto as criticas que Lula disse?
A resposta é não.
Se você leitor discorda de mim, basta verificar um acontecimento recente cuja memória fresca pode ajudar a entender: a mega pane no Metrô de São Paulo, onde pessoas tiveram até que sair por cima de vagões, numa cena que se confunde facilmente com filmes de ficção.
Eu mesmo, que também sofri com esse problema, cujos danos poderiam ter incluido vidas, percebi que misteriosamente a Globo noticiou apenas no Jornal Nacional, uma paupérrima reportagem de 20 segundos, tratando o assunto. No mesmo dia não foi sequer citado em nenhum outro jornal da emissora. O dia de caos que quase parou a maior cidade do país, afetou 200 mil pessoas e deixou mais de 2 mil pessoas presas em vagões de transporte não mereceu destaque; Mas dedicou dois blocos inteiros no mesmo dia, a questão de 'Erenice Guerra' e derivados. Porque será? Não ouve tempo pra emissora?
Então meus caros, o que penso é que existem interesses em jogo na mídia e que essa movimentação exgaerada que incita a um Apocalipse no Brasil, não passa mesmo de gente que tenta de todas as formas apenas influenciar conforme seus interesses, o que comprovei ontem, ao acessar o site da Veja - eterna inimiga de Lula - onde no blog do Lauro Jardim, ele coloca parte das perguntas feitas pelo Datafolha no momento da abordagem. E me desculpe, o conceito de parcialidade jamais pode ser aplicado quando se trata de "pesquisa eleitoral" num questionário destes:
Atenção: Óbviamente que quando questiono a introdução das perguntas na pesquisa, não digo que o objeto do assunto não deve ser colocado em questão - o que envolve Erenice - mas penso que o correto seria a pesquisa ser imparcial, pois apesar de tudo, está mais que claro que este tipo de questionamento, força o eleitor a certa escolha.
O esclarecimento da postagem anterior fica pro próximo post.
terça-feira, 21 de setembro de 2010
O Post Questionador
Essa frase, óbvio, saiu de cabeça quente e após um momento de muita raiva após um incidente. Mas, se analizada de forma fria, apesar da influência sobre o acontecimento, ela simboliza uma fase posterior, concreta, contínua, mais madura, menos sonhadora, e ainda menos interessada em uma compania efetiva. Mas ainda 'inocente'.
Minto, talvez apenas sem paciência.
Talvez, as obrigações diárias, problemas recentes e a busca de objetivos abocanha tal parte da minha agenda que sucumbe qualquer idéia de ter um compromisso.
Ocorrem situações rotineiras - um domingo a noite, uma tarde nublada, uma canção de Carla Bruni - que de fato, transportam a gente para um dark side levando a carência.
Logo que descobri esse poder, troquei as melódicas canções para músicas vivas que me tragam alegria.
Quando isso - o dark side - passa - sempre e rapidamente, e cada vez mais rapidamente passa - vejo que hoje necessito muito menos de alguém que antes, mas isso ainda me incomoda. Porque?
Vejo, que quando se 'quer' alguém, existe uma espécie de seleção que compoe um processo qual não possuo mais um pingo de paciência sequer. E não é por aquela 'ansiedade' e 'imediatismo' (que tratarei aqui posteriormente) que hoje se vê as toneladas. E o que mais me incomoda é saber que apesar de todo o auto-controle e trabalho auto-psicológico que possuo, eu avalio que sim, tenho que dar o braço a torcer: a gente volta e meia 'precisa' de alguém.
Sinceramente eu não sei explicar como se dá esse processo, mas lamento por ele existir.
Uso o termo 'lamento' porque eu sinceramente preferia que não houvesse essa necessidade, e que SE isso acontecesse fosse pura e simplesmente naturalmente.
Mas é um assunto tão falado e nem mesmo os grandes pensadores conseguiram chegar a conclusões palpáveis. Quem dera eu, apenas um garoto, tentar descobrir.
O que me traz saudade, são memoráveis tempos de quando era guri, e ficava deitado no jardim de casa, olhando as árvores, sonhando com algo que depois que se cresce descobre que papai-noel, coelho da páscoa e derivados, são puramente coisas de nossa tête.
Obviamente que isso não seja um retrato triste, muito pelo contrário, apenas um pequeno desabafo, de conclusões lógicas, afinal se houvesse uma escala de alegria eu certamente estaria nas suas maiores marcações hoje.
Tous ces "toujours",
C'est pas net, ça joue des tours,
Ca s'approche sans se montrer,
Comme un traître de velours,
Ca me blesse, ou me lasse, selon les jours. (...)
Este é um post questionador e em sua seguida, haverá o post esclarecedor.
Espero que consigam captar a idéia no próximo post.
Obs.: Peço minhas desculpas pela ausência nos comentários, prometo que assim que o possível, passarei em cada um para retribuir.
segunda-feira, 20 de setembro de 2010
Don't Call My Name...
Sábado a noite, voltando de uma aula.
Podre de cansaço, mas com estudos em vista.
Comprado um litro de vodka, e duas H2O, já que jamais seria permitido entrar em casa com as bebidas.
As duas garrafas do 'inocente suco' precisamente cheias com o 'precioso líquido'.
Lá pelas 3 da manhã, após algumas horas de estudo a fio, aberta uma groselha, qual foi adicionada misturando e ingerindo até que lá pelas 5h30 já suficientemente alto pela bebida, não conseguia mais estudar: entregue ao sono. Profundamente.
Pra quem não sabe raramente fica-se depressivo, algo raríssimo, mas naquela noite necessitava-se.
Acordando bem, feito um telefonema e após estudar durante a tarde, resolvido ir ao encontro do 'pretendente'.
Após uma espera de uma hora por alguém que não vinha. Talvez, a bebida do dia anterior fosse o presságio...
Após duas chamadas não atendidas, enquanto ele não vinha, apagadas suas duas mensagens do celular e naquela atitude ligado o rádio em 'Alejandro' (Don't call my name/Don't call my name/Alejandro/I'm not your babe/I'm not your babe/Fernando) cantarolando seu refrão, foi nessa hora que se vê que - as vezes, e apenas, ás vezes - uma pequena atitude poderia prejudicar alguém, menos quando esse alguém, é alguém - que já calejado da vida - quase sempre está preparado a qualquer intempérie.
E assim repetindo exaustivamente o refrão, criou-se um desejo muito profundo de alguém sem paciência - e ciente disso - mas ainda sim, satisfeito consigo (porque não?):
quarta-feira, 15 de setembro de 2010
150 Vezes
Obrigado por tornarem esse espaço sempre mais rico com as suas idéias e por lançarem sempre luz as minhas dúvidas e aos meus devaneios.
Por isso escolhi para a imagem uma vela, o símbolo da Luz.
Que nossas chamas permaneçam sempre acesas e que sejamos sempre iluminados!
Abraços a todos!
Aproveito rapidinho pra deixar um poema de Fernando Pessoa, chamado 'Tempo de travessia' que foi muito falado recentemente e, que é incrivelmente marcante:
que já tem a forma do nosso corpo,
e esquecer os nossos caminhos,
que nos levam sempre aos mesmos lugares.
É o tempo da travessia: e, se não ousarmos fazê-la,
teremos ficado, para sempre, à margem de nós mesmos."