Ele conheceu um certo rapaz.
Foi adicionado por ele no orkut, com quem começou a conversar e culminou em se encontrarem.
Cabelos negros. Pele levemente bronzeada. Sarado. Enfim, aquele estereótipo que o pessoal adora.
Durante uma semana e meia rolaram encontros, saídas, teatro e nesse tempo ocorreram mensagens no celular, ligações em várias horas do dia e brincadeiras declaratórias - por parte dele.
Numa feira ele se voltou ao meu amigo e disse:
- Poxa, não vai dar desconto não? É presente do namorado ó!
Apresentando-o e comentando com amigos:
- Então você acha, o ex ficar ligando no celular do meu namorado?
Uma amiga dele:
- Fulano, ele me deu um presente de aniversário onde estava no bilhete: - "Com muito carinho de X e Y"
Só pra refrescar a memória dos meu leitores, toda a descrição se passa em uma semana e meia.
- Fulano, ele me deu um presente de aniversário onde estava no bilhete: - "Com muito carinho de X e Y"
Só pra refrescar a memória dos meu leitores, toda a descrição se passa em uma semana e meia.
Agora, depois disso tudo, passada a terceira semana o cara virou - sem que houvesse nenhum motivo aparente, mudança de humor ou conjuntura que levasse a isso - e mandou uma mensagem pra ele do nada dizendo:
" Preciso conversar contigo depois, não quero mais ficar com ninguém...."
Foi ele que adicionou o meu amigo no orkut, foi ele quem chamou pra sair, ele que iniciou tudo e faz isso...
Meu amigo disse:
- Eu me preocupo tanto em não magoar as pessoas e elas simplesmente tratam o sentimento dos outros como lixo? Lógico que as pessoas tem o direito de não querer mais, mas elas estão cagando para o sentimento do outro.
Ok, mas óbvio que inconscientemente o meu amigo teria uma parcela de culpa no caso pois: considerando que uma pessoa que te conhece a uma semana dizendo que 'te namora' é no mínimo digna de uma atenção redobrada, pois ela de cara já se demonstrou excessivamente carente e é mais que propensa a fazer uma bela de uma cagada.
No caso dele, posso considerar que realmente estava rolando um lance bacana e mútuo, mas entra ai em questionamento justamente a 'entrega' e isso é uma questão particular de cada um. Eu não me entrego, uns se entregam demais e por aí segue a vida.
Óbvio, que, pra quem já viveu um pouquinho mais - e como eu -, sabe-se que não se deve confiar na atitude do outro (perceberam que nem me passa pela cabeça isso né?), deve-se sobretudo em situações explícitas como essa em se prever as sandices que possam ocorrer.
No caso do meu amigo, quando apareceram esses sinais, ele simplesmente continuou como estava e prosseguiu até ver onde ia. Provavelmente se fosse a mim, no primeiro 'namorado' a menos de uma semana, já teria lhe dito coisas que ou me odiaria - porque ansiosos, são como bêbados, não assumem - ou compreenderia o que estava fazendo.
Mas confesso que reler a minha conclusão, fez me sentir duro.
Seria eu alguém duro, alguém fechado ou apenas alguém coeso?
" Preciso conversar contigo depois, não quero mais ficar com ninguém...."
Foi ele que adicionou o meu amigo no orkut, foi ele quem chamou pra sair, ele que iniciou tudo e faz isso...
Meu amigo disse:
- Eu me preocupo tanto em não magoar as pessoas e elas simplesmente tratam o sentimento dos outros como lixo? Lógico que as pessoas tem o direito de não querer mais, mas elas estão cagando para o sentimento do outro.
Ok, mas óbvio que inconscientemente o meu amigo teria uma parcela de culpa no caso pois: considerando que uma pessoa que te conhece a uma semana dizendo que 'te namora' é no mínimo digna de uma atenção redobrada, pois ela de cara já se demonstrou excessivamente carente e é mais que propensa a fazer uma bela de uma cagada.
No caso dele, posso considerar que realmente estava rolando um lance bacana e mútuo, mas entra ai em questionamento justamente a 'entrega' e isso é uma questão particular de cada um. Eu não me entrego, uns se entregam demais e por aí segue a vida.
Óbvio, que, pra quem já viveu um pouquinho mais - e como eu -, sabe-se que não se deve confiar na atitude do outro (perceberam que nem me passa pela cabeça isso né?), deve-se sobretudo em situações explícitas como essa em se prever as sandices que possam ocorrer.
No caso do meu amigo, quando apareceram esses sinais, ele simplesmente continuou como estava e prosseguiu até ver onde ia. Provavelmente se fosse a mim, no primeiro 'namorado' a menos de uma semana, já teria lhe dito coisas que ou me odiaria - porque ansiosos, são como bêbados, não assumem - ou compreenderia o que estava fazendo.
Mas confesso que reler a minha conclusão, fez me sentir duro.
Seria eu alguém duro, alguém fechado ou apenas alguém coeso?
Um gato escaldado, talvez.
ResponderExcluirBeijo! Que tem pra comer aí hoje?
Vou ver no restaurante! rs
ResponderExcluirSó quero dizer que vc está em débito comigo.
ResponderExcluirEu acho coeso. Faz todo o sentido desconfiar. Quem anda rápido demais sempre falha em ver as pedras na calçada.
ResponderExcluirBeijos Sam!
Acho que o medo absurdo de sofrer nos torne mais duros e frios, mas não acho que seja o seu caso. O que percebo é que você é um cara superpénochão e não vive de ilusões. O que talvez reforce este sentimento de descartabilidade da sociedade seja o fato de você morar em uma cidade gigante que muitas vezes engole as pessoas e seus sentimentos, isto está bem evidenciado quando vemos situações como a narrada acima, uma mistura de carência com desequilíbrio emocional. Linda semana. Abraços.
ResponderExcluirSam, chamo você de alguém coeso. Realmente, em menos de 15, a pessoa levar um "conhecimento" a nível de namoro sério de anos a fio é um pouco complicado. Enviar presente para alguém, assinando o cartão com o nome dos dois? Isso é coisa para quem tem no mínimo 01 ano de namoro. Não uma semana em meia. Confesso: sou carente, e ás vezes tenho arroubos de carencia que me consomem depois, quando analisados friamente. Mas querer assumir um namoro, sair espalhando isso aos 4 ventos é um pouco demais. Portanto, considero você um coeso e quero chegar a tal coesão um dia. Abraço.
ResponderExcluirNa maioria das vezes gays e heteros têm as mesmas queixas quando se deitam nos divas dos terapeutas, quando o assunto é relacionamento. O que difere é a invisibilidade desse amor.Ainda não dá para namorar na porta de casa e melhor que encontros em moteis é ir morar junto logo de cara e aí morar o perigo, invertemos a ordem, atropelamos o tempo. Tudo é acelerado demais, intenso demais. E toda estrela que arde mais, apaga mais cedo. Conselho aos jovens, dêem tempo ao tempo.
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