O número incrível de informações que somos expostos hoje gera in e voluntariamente respostas em nosso comportamento.
Imaginamos que devemos usufruir de tudo que aí está, o que é praticamente impossível.
Assim, somos carregados ao imediatismo como o da internet: que dá um foco exagerado em certo tema nesse momento e amanhã o assunto simplesmente 'morre'.
Quantas pessoas não agem exatamente assim? Imediatistas?
Hoje morrem e matam por algo, chega amanhã: simplesmente esquecem.
Esse comportamento que é levado pela pressão da mídia e sociedade modernas, que criam o novo, o recriam a cada segundo, nos faz perder o valor do tempo e nos tornam impacientes, ansiosos, quando queremos tudo pra ontem e ao mesmo tempo.
O resultado: excessivas frustrações, onde muitos, mal experimentam algo e rapidamente já se cansam.
Cansa-se da inundação de noticias, programas, pessoas, tudo aos montes, sem critérios: é a quantidade em detrimento da qualidade.
É o tal do mundo moderno.
Essa pressão é estendida sobretudo ao jovem: necessidade de ascenção rápida de carreira, estudo ao mesmo tempo tem que ser belo, malhado e-todo-aquele-estereótipo-que-nos-é-vendido e bem sucedido também no amor. Possivel?
Da mesma forma como um recém-formado hoje, possui uma gana muito maior de crescimento dentro de uma empresa e numa velocidade muito maior do que anos atrás, quando se conhece alguém, fala-se muito em coisas que não são tangíveis quando se está apenas conhecendo. Viaja-se como diria um conhecido.
Da mesma forma como estuda-se desenfreadamente para alcançar certo sucesso profissional, assedia-se muito rapidamente acerca de arrancar de quem se está palavras relevantes e compromissos impossíveis a tal gradiente de tempo.
É a ansiedade.
A ansiedade moderna, talvez mais perigosa que a tal superbactéria (alias, alguém ainda ouve falar da Influenza A?, logo a KPC será engolida pela mídia moderna também) pelo menos essa última, sobre ela pode-se ter controle.
Se no mercado de trabalho são duvidosos certos métodos 'rápidos' de graduação, que cortam cursos pela metade para formar profissionais mais rapidamente sem garantia de qualidade de estudo, no amor cria-se vínculos relâmpago aliados a famosa pressão social e sustentados numa carência coletiva - reconhecida também coletivamente - que são fadados ao término, porque não fazem o uso de um ativo cada vez mais valioso e indispensável no nosso dia-a-dia: O tempo.
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o famoso tecnólogo.
ResponderExcluirmas eu entendo, não vejo a hora de me formar, arranjar um emprego, enriquecer, casar, comprar uma casa na Lagoa e aí sim descansar.
Lembrar de como foi louca a minha vida pra conseguir tudo isso pros outros usarem
Eu posso me gabar de estar com o Mauricio há quase 10 anos. Mas acho que boa parte desse sucesso é por termos começado antes de internets e afins. Antes do imediatismo. Antes a gente já ia conhecer alguém pensando em casar mesmo, rsrs, pra sempre!
ResponderExcluir"...ascenção rápida de carreira, estudo ao mesmo tempo tem que ser belo, malhado e-todo-aquele-estereótipo-que-nos-é-vendido e bem sucedido também no amor. Possivel?"
ResponderExcluirFaltou a papalvra "modesto" na descrição, mas eu diria que sou eu...kkk Brincadeiras à parte, toda geração tem esse tipo de percepção, de que as coisas estão rápidas demais, mas acho que no fundo as mudanças não são tão intensas quanto a gente sente.
ansiedade é o meu nome.
ResponderExcluire as excessivas frustrações se acumulam.
Eu sou ansioso pacas.. mas percebi isto e tô trabalhando para achar um outro ritmo... ótimo post. Bj
ResponderExcluirÉ oq eu sempre digo: virou um grande oba-oba. Um mundo de grandes egoístas vivendo um eterno Nissin Miojo rs
ResponderExcluirPessoas instantâneas, amores instantâneos, vidas instantâneas.
Linda semana e abraço.
Vi um comment dizendo: ansiedade é meu segundo nome ... Risos. Acho que é o do todo mundo. Nos casos amorosos para reduzir a ansiedade eu sempre sugiro focar em outras coisas e tb dar tempo para que o outro aja. Se no fim, não der certo, não era para dar.
ResponderExcluiransiedade é a peste negra do nosso século... mas cada um lida como quer. sempre tenho a sensação de que as pessoas da geração Y e depois dela não têm tanta pressa - quem tem pressa são os que vieram depois e acham que estão sendo ultrapassados.
ResponderExcluirBelo post, SAM! Belo e tristemente verdadeiro... na verdade, não sei onde isso tudo e essa correria e luta pela aparência levará vocês, mais jovens, a médio prazo. Eu, felizmente, não estarei mais vivo para ver. Tenho, sinceramente, extremas dificuldades com o mundo moderno, extremas, às vezes eu quase piro...risos... mas volto a mim e me distancio.
ResponderExcluirdói-me muito não ter emails respondidos: dói-me muito ver agora celulares com 4 chips, 4 números de telefone, mas pra que tanto? Se você nem liga pra aquele amigo que precisa de você... dói-me ver as pessoas trabalhando tanto, alegando que precisam sobreviver, mas em nome de qual projeto? Quando descansarão para curtir a vida, em si já tão curta? Nas ruas e nos ônibus vejo pessoas constantemente olhando desesperadas para seus celulares, que não tocam, como se dentro deles existissem alguma salvação mágica. Eu tenho três telefones... vivem mudos, nunca me ligam...no entanto, essas mesmas pessoas que alegam falta de tempo mantêm seus orkuts; facebooks; msns; blogs sempre atualizados, mas alegam "correria", "muito trabalho", "falta de tempo"... combinam aquele almoço que nunca acontece, ninguém passa mais uma tarde calma de domingo com um amigo... esse é o mundo que realmente queremos pra gente?
Tenho amigos que falam sempre: "precisamos nos encontrar, tomar uma café ou uma cerveja", mas faz dois anos que não os vejo... o que ocorre? um dia a gente acorda, se percebe velho e vê que perdeu a vida....ruim, né? Acho estranho também como nas redes sociais e na net chamam o outro de "amigo", sem nunca terem visto o cara na vida, banalizando a palavra e o sentimento, como já fizeram também com o "amor"...todo mundo ama, já notou? Ou clama por esse sentimento, sem perceber que para amar e ter amizades a gente precisa se entregar, e ninguém se entreva via net, sem o olho no olho, o tom de voz e a expressão facial...
Beijos tristes,
Ricardo
aguieiras2002@yahoo.com.br
http://dividindoatubaina.wordpress.com/
Ansiedade sempre existiu e existirá ... não é uma questão ligada ao tempo ou a gerações ... a questão é humana mesmo ... o segredo é aprender a administrar e a lidar com ela ... mais ou menos por aí ...
ResponderExcluirbjux
;-)
Isso porque a internet está praticamente engatinhando... imagine quando todas as TV's forem digitais e interativas... onde as pessoas não precisem nem sair de casa pra comprar uma cueca... nos fecharemos ainda mais nesse mundo onde tudo deve ser prático e se não for não será aceitável! Temo pelo fim dos relacionamentos... até mesmo familiares... quem hoje em dia tem TEMPO pra sentar pelo menos alguns minutos e conversar? Olho no olho?
ResponderExcluirAcho que eu deveria ter nascido pelo menos um século atrás... a vida parecia ser tão mais bela... tão mais vivida!
***
;-D
Por isso que tanta gente fica doida por ai: não é todo mundo que tem filtro para absorver tanta informação tão rápido e não ficar maluco. Perdem o foco.
ResponderExcluirQuero muito meu foco de volta! hahaha
Beijos SAM!