assumir
as.su.mir
(lat assumere) vtd 1 Avocar, chamar para si, tomar para si: Assumir a responsabilidade, o encargo. vtd 2 Encarregar-se de, tomar conta de: Assumir a pasta, o comando. vtd 3 Apresentar, manifestar: O reverendo assumira um ar de pura santidade. "O ferro assume-lhe nos versos uma individualidade animada e pensante" (Rui Barbosa). vtd 4 Chegar a ter; tomar: Os estragos assumiram proporções enormes.
Compreendo que o conceito de assumir-se vem mais próximo do que chamariamos de "manifestarmos determinada condição".
Discorro sobre isso após ontem ler esse post do inteligentíssimo Leandro, sobre um caso em que um rapaz abdica de "n" coisas pelo companheiro hiper-enrustido. Li alguns dos comentários que me fizeram pensar sobre o que é de fato assumir-se e a necessidade disso.
Moro com meu pai, "tecnicamente" liberal quanto as minhas saídas noturnas por exemplo, qual ajudo nas despesas da casa. "Liberdade" que comprei cedo, já que aos 14 anos já trabalhava e de lá fiquei até hoje aos recentes 24 completados apenas dois meses desempregado.
Sempre fui desinteressado em saídas com meus amigos na época pré-descobrimento da minha orientação. O que ocorreu aos 18 anos apenas. A partir daí, sim, eu passei mais a explorar a noite e usufruir mais das saídas.
Durante esse tempo evitava a exposição da minha vida pessoal aos colegas de ensino médio, coisa que não mudou na faculdade. Não cresci afeminado e como curtia muita coisa que hetero também gosta como um exemplo futebol, então eu interagia bem com os caras. Em trabalho eu contava, caso a amizade e necessidade cruzassem a curva da importância. Como isso nem sempre acontecia, em nenhum dos meus empregos precisei assumir isso frente as outras pessoas. Nunca se fez necessário e como dizia um colega, no trabalho sou "assexuado" porque quem é competente de verdade precisa sê-lo.
Não defendo a bandeira, assim como diz o Klero, porque existe uma série de coisas que não concordo quais não convém expor agora. Mas sempre fui sossegado, não raras vezes com namorados andavamos de mãos dadas na rua ou davamos selinhos em público. Se o momento pedia. Atendia ele no escritório, no celular, mas se fazia era longe das pessoas. Vergonha? Não. Sintocol mesmo. Ambiente de trabalho não deve ser poluído com assuntos pessoais. Ponto. Nessa definição sou enfático.
Mas se aqui alguém perguntar se sou gay, dependendo da pessoa será uma resposta. Não diria na normalidade se visse que era especulação de gente fofoqueira, exemplo. Ocasião que geralmente viria acompanhada de um "que importancia tem pro trabalho essa pergunta?" , "que diferença isso faz na sua vida" ou "se fosse haveria algum problema"?
Geralmente a necessidade da revelação - no caso de quem não se "desconfia" muito - vem acompanhada de alguém: namorado ou coisa do gênero, que aí em alguma situação vai te empurrar para a "hora da verdade" principalmente com familiares, onde "ele" deixa de ser o tal amigo.
Eu concordo, quando dizem que o fator financeiro pesa. Pesa mesmo. Meu pai não sabe "oficialmente", mas oficiosamente desconfia. Porém, já teve atitudes violentas em algumas ocasiões quando o assunto é tratado, logo, não há a mínima previsão do que poderia ocorrer, logo eu teria que ter o mínimo de recursos possíveis para numa ocasião de "explosão" eu sair de casa. Raciocínio simples, rápido e objetivo. Quem vive isso sabe. Por isso mesmo é da necessidade de cada um (e nem sempre da escolha) vivenciar cada situação.
No momento atual não negarei se perguntar, até porque se necessidade houver, saio no dia seguinte. Minha previsão pessoal atual. Ele (pai) mesmo nunca perguntou, porque já desconfia da resposta. Mas essa situação se arrasta a anos e se fosse de haver uma adaptação, já teria ocorrido.
Mas o mais importante hoje é que tenho minha religiosidade resolvida, meus conceitos resolvidos e minha questão com "assumir alguém" é também bem transparente, se precisar digo sim na faculdade ou no trabalho e não me preocupo em revelar o assunto numa situação necessária. Apenas não faço alarde pra não ficar aquele:
"Oi, prazer, sou Sam, economista gay."
Tem sentido colocar a sexualidade na frente das coisas? Em ocasiões assim, não.
assumir é uma coisa pessoal
ResponderExcluiré pra si mesmo
o resto vem depois
assumir...assumir para os outros pra quê?
ResponderExcluirse quando tudo pesa eles nunca estão pra ajudar...
Grande abraço!
eu acho que não é necessário... As pessoas, infelizmente, são loucas e perturbadas.
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