quinta-feira, 11 de março de 2010
Carência
R. 22 anos, recém-saído de um relacionamento de 1,5 anos, Supervisor de Call Center.
O conheci numa balada neste sábado na Lapa. Atencioso. Gentil, boa conversa e...
...bom beijo.
Ficamos das 4 até a hora da saída quando ele - que estava com duas amigas - me faz o convite: ir a sua casa.
Aceitei, sei lá porque diabos.
Chego lá, ele mora com a mãe, ela sabe e tal, resolvidissimo.
Dormimos juntos, nada mais que isso, não que o clima não tivesse esquentado e acordamos tarde. Teve pizza de noite e em seguida saí pra casa rasgando, entupido de compromissos.
Algumas de suas conversas já estavam carregadas de "nós". Ali na balada, mas nem liguei, achei que era xaveco.
Ledo engano.
O pronome se estendeu por emails durante a semana numa forma arrasadora que eu fiquei preocupado em como alguém que mal me conhece pode agir assim.
Hoje é quinta, acabei de dizer que não dá. Para a minha felicidade? Para a dele também!
É um caso de carência que, quem me dera dizer que teria passado por ela incólume!
Minha vida e este blog são uma prova disso.
Vendo a situação com os olhos de hoje - que aprenderam com o tempo - este tipo de comportamento nos empobrece e nos faz se submeter ou em condicionar nossas atitudes ao outro onde quase sempre anulamos a nós mesmos.
Li algo hoje que me fez entender esse comportamento:
" que muitas pessoas entram num relacionamento, investindo tudo acreditando piamente que o que sentem é amor de fato, contudo suas atitudes e cobranças são ligadas muito mais a carência do que qualquer outro sentimento.
Se as pessoas fizessem um real questionamento sobre seus verdadeiros sentimentos, desejos e que querem de fato para suas vidas, descobririam muitas surpresas.
Para saber se o que vivemos é de fato uma promessa de amor precisamos observar se nossos encontros são criativos, produtivos, leves, se temos espaço para colocarmos e que comportem planos para o futuro ou se a cada encontro saímos pesados, tensos e inseguros ao invés de acolhidos, achando que pode acabar a qualquer momento."
Dizem por aí que se conselho fosse bom não se dava, se vendia, mas eu vejo - por experiencia própria - que se essas coisas não faziam efeito comigo até algum tempo atrás. Acima de qualquer coisa, o tempo tem uma capacidade imensamente superior de nos ensinar.
Artigo valioso sobre o assunto aqui no MSN.
*Posso estar sendo um pouco duro na minha forma de pensar. Estou pensando também sobre isso.
Assinar:
Postar comentários (Atom)
lembrei agora de um conhecido que sofria deste mal
ResponderExcluiralém de sofrer ele fazia sofrer os outros
beijos moço
Entendi o seu ponto, mas já que estamos falando em ouvir a voz da propria experiencia... algo que aprendi é não rotular o comportamento das pessoas e agir de acordo com o meu pensamento, a minha visão sobre as coisas. Talves o rapaz estivesse mesmo carente, mas talves não, talves fosse o jeito de ele levar as coisas. Vou pela idéia de que, nós nunca sabemos o suficiente pra saber realmente o que se passa na cabeça do outro.
ResponderExcluirEntão, eu não terminaria com ele pensando que ele é alguém muito carente pra mim. Terminaria, pensando que eu não estou afim de andar na velocidade dele.
:D