terça-feira, 30 de março de 2010
Assumir: Ricky Martin
De fato, essa atitude cabe a cada um, no momento que se sentir mais confortável - ou certo - para isso.
Foi o que fez o cantor Ricky Martin, ontem ao revelar em seu site sobre ser gay, o que foi repercutido por toda a mídia internacional, como foi tratado aqui no Estadão.
Ele trata com muita serenidade o assunto - óbvio que isso se deveu as várias conversas que teve com amigos e familiares como ele mesmo relatou em todos esses anos - e frisando que se sente muito "abençoado por ser quem é".
Evidentemente que isso não pode ser espelho para a vida de todos nós na integra, mas é inegável que o papel que ele exerceu ao fazer isso de alguma maneira nos põe sempre a refletir no que somos e consequentemente no gay frente a sociedade de hoje.
Afirmo isso quando a afirmação pública vem de um homem que não tem um comportamento excêntrico, provocativo, chamativo ou mais próximo daquilo que nós intuitivamente - e a sociedade - decalaramos "ser costumeiramente gay". E acho que até por isso mesmo essa notícia me tornou mais próximo.
Martin, pode ter sido visto com um "affair" numa praia a dois anos atrás quando desencadearam a maioria dos rumores - com provas - sobre sua sexualidade, mas possui uma vida pacata até, inclusive possuindo dois filhos.
Acho interessante revelações públicas de pessoas com um papel significativo na sociedade, mesmo lamentar que parte dessas investidas só se deem com frequencia mais no setor artístico aqui no mundo latino. Lá na Europa já vemos ministros, diplomatas e políticos além de pessoas do mundo financeiro saindo do armário. O que fica distantes de pessoas como eu - e muitos outros - que não pertencem ao mundo artístico, mas estamos aqui nas profissões vistas como "de hétero" mas somos quem somos, desenvolvendo o trabalho de igual maneira ou melhor que eles.
Sobre qualquer coisa, acho interessante a declaração dele, por sua coragem, por nunca ter tentado enganar a imprensa com "falsas namoradas" e pela sua serenidade ainda esperando que aos poucos, a sociedade que tem uma "imagem construída dos gays" veja que nem todos eles são iguais.
E fica a frase que Ricky escreveu na carta em seu site de Martin L. King:
"Nossas vidas começam a acabar no dia em que nós silenciamos sobre as coisas que interessam".
quarta-feira, 24 de março de 2010
Dúvida: Sinceridade
Devemos sempre ser sinceros?
Mesmo quando dizer o que se pensa pode nos afastar alguém que amamos, mas que não entenderia a nossa crítica?
"Pouca sinceridade é uma coisa perigosa, e muita sinceridade é absolutamente fatal".
Oscar Wilde
terça-feira, 23 de março de 2010
Amor de Verdade
Muitas vezes tenho me perguntado sobre o amor e suas nunaces.
Por isso mesmo hoje - desde o término do último namoro há um mês e meio atrás - eu sou alguém oficialmente solteiro ( don't alone) por pura opção.
Conversando com alguns amigos - pasmem que a massa significativa (quase a totalidade) estão tambem low profile - vejo que não adianta insistirmos em querer moldar o futuro quando o assunto é o amor e li uma frase de Shakespeare ontem que sintetizou completamente a idéia:
Lutar pelo amor é bom, mas alcançá-lo sem luta é melhor.
Por isso, agora o foco é cambiare no momento as coisas importantes na vida e sem esquecer do que disse Quintana:
A amizade é um amor que nunca morre.
Feliz amizades para nós todos.
Por isso mesmo hoje - desde o término do último namoro há um mês e meio atrás - eu sou alguém oficialmente solteiro ( don't alone) por pura opção.
Conversando com alguns amigos - pasmem que a massa significativa (quase a totalidade) estão tambem low profile - vejo que não adianta insistirmos em querer moldar o futuro quando o assunto é o amor e li uma frase de Shakespeare ontem que sintetizou completamente a idéia:
Lutar pelo amor é bom, mas alcançá-lo sem luta é melhor.
Por isso, agora o foco é cambiare no momento as coisas importantes na vida e sem esquecer do que disse Quintana:
A amizade é um amor que nunca morre.
Feliz amizades para nós todos.
sexta-feira, 19 de março de 2010
Cristalizando o amor
Stendhal*, um escritor francês, dizia que não há paixão sem idealização.
Em 1822, publicou "Sobre Amor" que é um livro baseado nas suas experiencias onde ele elabora a teoria da cristalização onde o individuo, tentando trazer a fantasia para a realidade, cobre de perfeições o objeto do desejo.
Vejamos:
Na Austria, lá pelos 1800 ao fazer um passeio em uma mina de sal, descobriu uma tecnica em que os mineiros guardavam galhos secos e sem folhas em locais de trabalho abandonados e depois de muito tempo, esse galhos, entrando em contato com as aguas saturadas de sal, iam se cobrindo de cristais salinos provocando uma aparência tão bela que de tão recobertos de sal, se assemelhavam a diamantes. Quase não se percebia que na realidade, eram galhos.
Com essa analogia, Stendhal comparou esse processo ao do amor-romantico, quando ao amarmos alguém, não enxergamos o que ela é, mas como nos agrada ve-la. Assim a percepção real é contaminada por idealizações onde consequentemente exageramos os pontos qualitativos da nossa paixão e subestimamos suas falhas.
Esse exagero vai se diluindo conforme o conhecemos melhor e exatamente por essa blindagem ideológica que criamos quando descobrimos - o real - nos decepcionamos. Caracteristicamente o amor é o campo da vida onde a idealização se faz mais presente e onde ela é mais profunda, justamente esse sentimento - o amor - é o mais triste quando se desfaz porque é tido como "perfeito demais" para se desmanchar. Mas quem não tem uma história de amor? Uma história de amor que já acabou?
A visão positiva se dá quando, superado esse processo da "cristalização", a satisfação romântica matura para uma união profunda.
Esse processo só pode ser concluído quando se gosta dos "galhos" por serem galhos, independentemente se recobertos ou não. Sucedido pela honestidade com o outro, as coisas podem finalmente andar, pondo-se as cartas na mesa deixando-se claro o que se espera e até onde pode ir para isso. Assim, com expectativas realistas sem "advinhar" o que o outro pensa ou desejar o inverso.
*Henri-Marie Beyle (1783 - 1842)
quarta-feira, 17 de março de 2010
Remember: Somos Importantes?
Ele é superior demais para questioná-lo...
Medo de colocar tudo as claras
Medo de exigir
Medo de avançar
Tudo pelo bendito medo que ele vá embora.
E se for? Até aonde você fez o que tinha de ser feito?
Nos colocamos as vezes numa posição inferior como se não tivéssemos direito a dizer nada e a pedir nada.
Para alguns, essa "superioridade" esboça um quê de fetiche, em alguns outros de realização pessoal no outro.
Nisso a coisa esfria e toma um rumo diferente do que deveria tomar, deixa de ser duas pessoas que se gostam para ser uma apenas que gosta.
Não existe amor de via única, pelo menos, não que seja saudável.
Em momentos assim, deve-se fazer um exame de consciência - sim, esse mesmo exame eu deixei de fazer uma série de vezes - do que se deseja realmente e a partir disso decidir o rumo a seguir.
temos medo...
Medo de colocar tudo as claras
Medo de exigir
Medo de avançar
Tudo pelo bendito medo que ele vá embora.
E se for? Até aonde você fez o que tinha de ser feito?
Nos colocamos as vezes numa posição inferior como se não tivéssemos direito a dizer nada e a pedir nada.
Para alguns, essa "superioridade" esboça um quê de fetiche, em alguns outros de realização pessoal no outro.
Nisso a coisa esfria e toma um rumo diferente do que deveria tomar, deixa de ser duas pessoas que se gostam para ser uma apenas que gosta.
Não existe amor de via única, pelo menos, não que seja saudável.
Em momentos assim, deve-se fazer um exame de consciência - sim, esse mesmo exame eu deixei de fazer uma série de vezes - do que se deseja realmente e a partir disso decidir o rumo a seguir.
sexta-feira, 12 de março de 2010
Tempo
Algumas histórias são clichês, mas servem de exemplo para não esquecermos aquilo que é mais importante....
Um dia, um advogado famoso foi entrevistado.
Entre tantas questões, lhe perguntaram o que de mais importante fizera em sua vida.
No momento, ele falou a respeito do seu trabalho com celebridades.
Mais tarde, penetrando as profundezas de suas recordações, relatou:
“O mais importante que já fiz em minha vida ocorreu no dia 8 de Outubro de 1990.
Estava jogando golfe com um ex-colega e amigo que há muito não via.
Conversávamos a respeito do que acontecia na vida de cada um.
Ele contou-me que sua esposa acabara de ter um bebê.
Estávamos ainda jogando, quando o pai do meu amigo chegou e lhe disse que o bebê tivera um problema respiratório e fora levado às pressas ao hospital.
Apressado, largando tudo, meu amigo entrou no carro de seu pai e se foi.
Fiquei ali, sem saber o que deveria fazer. Seguir meu amigo ao hospital?
Mas eu não poderia auxiliar em nada a criança, que estaria muito bem cuidada por médicos e enfermeiras.
Nada havia que eu pudesse fazer para mudar a situação.
Ir até o hospital e oferecer meu apoio moral? Talvez.
Contudo, tanto meu amigo como a sua esposa tinham famílias numerosas.
Sem dúvida, eles estariam rodeados de familiares e de muitos amigos a lhes oferecer apoio e conforto, acontecesse o que fosse.
A única coisa que eu iria fazer no hospital era atrapalhar.
Decidi que iria para minha casa.
Quando dei a partida no carro, percebi que o meu amigo havia deixado o seu veículo aberto.
E com as chaves na ignição, estacionado junto às quadras de tênis.
Decidi, então, fechar o seu carro e levar as chaves até o hospital.
Como imaginara, a sala de espera estava repleta de familiares.
Entrei sem fazer ruído e fiquei parado à porta.
Não sabia se deveria entregar as chaves, conversar com meu amigo...
Nisso, um médico chegou, se aproximou do casal e comunicou a morte do bebê.
Eles se abraçaram, chorando.
O médico lhes perguntou se desejariam ficar alguns instantes com a criança.
Eles ficaram de pé e se encaminharam para a porta.
Ao me ver, aquela mãe me abraçou e começou a chorar.
Meu amigo se refugiou em meus braços e me disse: 'muito obrigado por estar aqui!'
Durante o resto da manhã, fiquei sentado na sala de emergências do hospital, vendo meu amigo e sua esposa segurando
seu bebê, e se despedindo dele.
Isso foi o mais importante que já fiz na minha vida!"
A vida pode mudar em um instante.
Podemos fazer planos e imaginar nosso futuro.
Mas ao acordarmos de manhã, esquecemos que esse futuro pode se alterar em um piscar de olhos. Esquecemos que podemos perder o emprego, sofrer uma doença, cruzar com um motorista embriagado e outras mil coisas.
Por isso, entre as tantas coisas que nos tomam as horas todos os dias, não nos esqueçamos de eleger um tempo para umas férias, passar um dia festivo com a família.
Uma hora para estar com as crianças, ler para elas, participar de uma festa na escola.
E, naturalmente, guardar um tempo para cultivar amizades.
Que tal começarmos?
quinta-feira, 11 de março de 2010
Carência
R. 22 anos, recém-saído de um relacionamento de 1,5 anos, Supervisor de Call Center.
O conheci numa balada neste sábado na Lapa. Atencioso. Gentil, boa conversa e...
...bom beijo.
Ficamos das 4 até a hora da saída quando ele - que estava com duas amigas - me faz o convite: ir a sua casa.
Aceitei, sei lá porque diabos.
Chego lá, ele mora com a mãe, ela sabe e tal, resolvidissimo.
Dormimos juntos, nada mais que isso, não que o clima não tivesse esquentado e acordamos tarde. Teve pizza de noite e em seguida saí pra casa rasgando, entupido de compromissos.
Algumas de suas conversas já estavam carregadas de "nós". Ali na balada, mas nem liguei, achei que era xaveco.
Ledo engano.
O pronome se estendeu por emails durante a semana numa forma arrasadora que eu fiquei preocupado em como alguém que mal me conhece pode agir assim.
Hoje é quinta, acabei de dizer que não dá. Para a minha felicidade? Para a dele também!
É um caso de carência que, quem me dera dizer que teria passado por ela incólume!
Minha vida e este blog são uma prova disso.
Vendo a situação com os olhos de hoje - que aprenderam com o tempo - este tipo de comportamento nos empobrece e nos faz se submeter ou em condicionar nossas atitudes ao outro onde quase sempre anulamos a nós mesmos.
Li algo hoje que me fez entender esse comportamento:
" que muitas pessoas entram num relacionamento, investindo tudo acreditando piamente que o que sentem é amor de fato, contudo suas atitudes e cobranças são ligadas muito mais a carência do que qualquer outro sentimento.
Se as pessoas fizessem um real questionamento sobre seus verdadeiros sentimentos, desejos e que querem de fato para suas vidas, descobririam muitas surpresas.
Para saber se o que vivemos é de fato uma promessa de amor precisamos observar se nossos encontros são criativos, produtivos, leves, se temos espaço para colocarmos e que comportem planos para o futuro ou se a cada encontro saímos pesados, tensos e inseguros ao invés de acolhidos, achando que pode acabar a qualquer momento."
Dizem por aí que se conselho fosse bom não se dava, se vendia, mas eu vejo - por experiencia própria - que se essas coisas não faziam efeito comigo até algum tempo atrás. Acima de qualquer coisa, o tempo tem uma capacidade imensamente superior de nos ensinar.
Artigo valioso sobre o assunto aqui no MSN.
*Posso estar sendo um pouco duro na minha forma de pensar. Estou pensando também sobre isso.
sexta-feira, 5 de março de 2010
Assumir
assumir
as.su.mir
(lat assumere) vtd 1 Avocar, chamar para si, tomar para si: Assumir a responsabilidade, o encargo. vtd 2 Encarregar-se de, tomar conta de: Assumir a pasta, o comando. vtd 3 Apresentar, manifestar: O reverendo assumira um ar de pura santidade. "O ferro assume-lhe nos versos uma individualidade animada e pensante" (Rui Barbosa). vtd 4 Chegar a ter; tomar: Os estragos assumiram proporções enormes.
Compreendo que o conceito de assumir-se vem mais próximo do que chamariamos de "manifestarmos determinada condição".
Discorro sobre isso após ontem ler esse post do inteligentíssimo Leandro, sobre um caso em que um rapaz abdica de "n" coisas pelo companheiro hiper-enrustido. Li alguns dos comentários que me fizeram pensar sobre o que é de fato assumir-se e a necessidade disso.
Moro com meu pai, "tecnicamente" liberal quanto as minhas saídas noturnas por exemplo, qual ajudo nas despesas da casa. "Liberdade" que comprei cedo, já que aos 14 anos já trabalhava e de lá fiquei até hoje aos recentes 24 completados apenas dois meses desempregado.
Sempre fui desinteressado em saídas com meus amigos na época pré-descobrimento da minha orientação. O que ocorreu aos 18 anos apenas. A partir daí, sim, eu passei mais a explorar a noite e usufruir mais das saídas.
Durante esse tempo evitava a exposição da minha vida pessoal aos colegas de ensino médio, coisa que não mudou na faculdade. Não cresci afeminado e como curtia muita coisa que hetero também gosta como um exemplo futebol, então eu interagia bem com os caras. Em trabalho eu contava, caso a amizade e necessidade cruzassem a curva da importância. Como isso nem sempre acontecia, em nenhum dos meus empregos precisei assumir isso frente as outras pessoas. Nunca se fez necessário e como dizia um colega, no trabalho sou "assexuado" porque quem é competente de verdade precisa sê-lo.
Não defendo a bandeira, assim como diz o Klero, porque existe uma série de coisas que não concordo quais não convém expor agora. Mas sempre fui sossegado, não raras vezes com namorados andavamos de mãos dadas na rua ou davamos selinhos em público. Se o momento pedia. Atendia ele no escritório, no celular, mas se fazia era longe das pessoas. Vergonha? Não. Sintocol mesmo. Ambiente de trabalho não deve ser poluído com assuntos pessoais. Ponto. Nessa definição sou enfático.
Mas se aqui alguém perguntar se sou gay, dependendo da pessoa será uma resposta. Não diria na normalidade se visse que era especulação de gente fofoqueira, exemplo. Ocasião que geralmente viria acompanhada de um "que importancia tem pro trabalho essa pergunta?" , "que diferença isso faz na sua vida" ou "se fosse haveria algum problema"?
Geralmente a necessidade da revelação - no caso de quem não se "desconfia" muito - vem acompanhada de alguém: namorado ou coisa do gênero, que aí em alguma situação vai te empurrar para a "hora da verdade" principalmente com familiares, onde "ele" deixa de ser o tal amigo.
Eu concordo, quando dizem que o fator financeiro pesa. Pesa mesmo. Meu pai não sabe "oficialmente", mas oficiosamente desconfia. Porém, já teve atitudes violentas em algumas ocasiões quando o assunto é tratado, logo, não há a mínima previsão do que poderia ocorrer, logo eu teria que ter o mínimo de recursos possíveis para numa ocasião de "explosão" eu sair de casa. Raciocínio simples, rápido e objetivo. Quem vive isso sabe. Por isso mesmo é da necessidade de cada um (e nem sempre da escolha) vivenciar cada situação.
No momento atual não negarei se perguntar, até porque se necessidade houver, saio no dia seguinte. Minha previsão pessoal atual. Ele (pai) mesmo nunca perguntou, porque já desconfia da resposta. Mas essa situação se arrasta a anos e se fosse de haver uma adaptação, já teria ocorrido.
Mas o mais importante hoje é que tenho minha religiosidade resolvida, meus conceitos resolvidos e minha questão com "assumir alguém" é também bem transparente, se precisar digo sim na faculdade ou no trabalho e não me preocupo em revelar o assunto numa situação necessária. Apenas não faço alarde pra não ficar aquele:
"Oi, prazer, sou Sam, economista gay."
Tem sentido colocar a sexualidade na frente das coisas? Em ocasiões assim, não.
quinta-feira, 4 de março de 2010
Paciência
Certas coisas aqui no blog eu me abro com vocês pra que possam entender como me sinto.
Dia desses, estava aqui numa Lojas Americanas, tinham lindos bichinhos de pelúcia próximo do balcão do caixa, coisas que eu não gostava e aprendi a gostar depois de grande. Aí fiquei lembrando de quando namorava e tinha escolhido um dos mais lindos da loja pra dar pra ele, sendo que eu, mesmo, não tenho um em casa.
Tava ali observando algumas das fofuras e fiquei com vontade de levar um, mas não deu. Vou voltar semana que vem e levar um, pra mim, modesto, já que ainda estou na casa do meu pai. Nessa história toda estava pensando: Estou sem paciência.
Porque? Perto dos bichinhos, tinha também chocolates e tal, aí (dificil de advinhar né? rs) lembrei dos chocolates que eu levava e tal... e lembrei das vezes que saía correndo pra comprar um presentinho por alguma data ou momento especial que tinha esquecido....
Bem, pelo menos neste momento, eu estou sem paciência, mas acho que se deveu mais ao fato de que a grande contrapartida era minha.
Estou dando um descanso para as minhas procupações, namorar é bom, mas também é se preocupar com o outro, se dedicar e para isso precisamos estar bem. Na fase que estou seria um inferno se estivesse namorando: stress, estudos, metas, roubo (coisas que conto depois pra vocês) e pra variar emagreci 9 kg em menos de um ano. :(
Chegou aquela hora de cuidar de mim, até porque se eu não fizer isso por mim mesmo ninguém vai fazer. Bem, ninguém vírgula, porque quem tem amigos de verdade, nunca está sozinho e disso eu não posso reclamar. Afinal, essa transição foi muito mais tranquila porque eu tive total apoio deles.
*post bem particular não é?
Dia desses, estava aqui numa Lojas Americanas, tinham lindos bichinhos de pelúcia próximo do balcão do caixa, coisas que eu não gostava e aprendi a gostar depois de grande. Aí fiquei lembrando de quando namorava e tinha escolhido um dos mais lindos da loja pra dar pra ele, sendo que eu, mesmo, não tenho um em casa.
Tava ali observando algumas das fofuras e fiquei com vontade de levar um, mas não deu. Vou voltar semana que vem e levar um, pra mim, modesto, já que ainda estou na casa do meu pai. Nessa história toda estava pensando: Estou sem paciência.
Porque? Perto dos bichinhos, tinha também chocolates e tal, aí (dificil de advinhar né? rs) lembrei dos chocolates que eu levava e tal... e lembrei das vezes que saía correndo pra comprar um presentinho por alguma data ou momento especial que tinha esquecido....
Bem, pelo menos neste momento, eu estou sem paciência, mas acho que se deveu mais ao fato de que a grande contrapartida era minha.
Estou dando um descanso para as minhas procupações, namorar é bom, mas também é se preocupar com o outro, se dedicar e para isso precisamos estar bem. Na fase que estou seria um inferno se estivesse namorando: stress, estudos, metas, roubo (coisas que conto depois pra vocês) e pra variar emagreci 9 kg em menos de um ano. :(
Chegou aquela hora de cuidar de mim, até porque se eu não fizer isso por mim mesmo ninguém vai fazer. Bem, ninguém vírgula, porque quem tem amigos de verdade, nunca está sozinho e disso eu não posso reclamar. Afinal, essa transição foi muito mais tranquila porque eu tive total apoio deles.
*post bem particular não é?
terça-feira, 2 de março de 2010
Importante
As vezes tornamos as coisas mais relevantes na vida do que elas são ou vice versa.
Certo dia, um amigo meu resolveu ir nadar antes de uma prova, que ele ficara dias estudando pela sua importância. Para relaxar.
Se jogou na água e, empolgado foi nadando. Para longe. Ele foi se distanciando da praia progressivamente até que num momento ele não conseguia mais voltar. E a praia estava vazia.
Varias braçadas, mas a maré subia e dificultava cada vez mais o regresso.
Certo momento ele foi tomado por pânico.
A partir daquele momento a prioridade dele não era mais a prova, não era mais nada.
Era voltar a praia e salvar sua vida.
Braçadas em vão e não via a distância diminuir, até que tirou absolutamente toda a força que podia para nadar de volta para a praia enquanto a maré subia.
Após muitos minutos de pânico ele consguiu chegar na praia. Ficou ali deitado na areia, descansando, recuperando-se e por muitos minutos pensando em tudo o que aconteceu.
Tem horas na vida, que só a gente levando um grande susto, pra poder compreender que não precisamos ser tão rígidos consigo mesmos e que por vezes determinamos coisas tão mirabulosas para nossa vida, sendo que o mais importânte mesmo e mais necessário, nos esquecemos.
segunda-feira, 1 de março de 2010
Mudança de Caminho
*Este "episódio" faz um mês hoje.
Alguém completo.
Um cara, que com o tempo virou "o" cara.
Almoços rotineiros aos domingos na casa da "sogra". Presentes. Momentos. Ocasiões.
Natal em casa cheia, ceia farta, honras da casa pra mim, o "de fora", mais cheia do que qualquer uma que já tive na minha família de duas pessoas. Carinho super dispensado dos pais dele comigo. Já era um da casa em pouco tempo.
Ano novo juntos na casa de dois amigos aqui em Sampa, afinal ele era do interior e queria estar aqui, na grande cidade.
A integração foi logo de cara grande o suficiente pra que juntássemos as nossas idéias, ele já morava sozinho, eu queria partir de casa. Batata! Morar juntos!
Planos, móveis, visitas em lojas para ver valores.
- Nós dividimos viu?
- Quantas parcelas?
- Seis.
- Legal.
- Que voce acha?
- Acho bom.
- É para sua esposa?
- É pra nós mesmo!
Assim, na lata.
Confiança grande que me fizera perder muitos medos, fez com que acreditasse mais em mim em algumas coisas e que reavivou a minha fé.
Infindáveis conversas por telefone, de orelhão mesmo, todos os dias.
Com o tempo, um plano conjunto de uma operadora de celular facilitou as coisas, tudo ficou mais cômodo.
Mas, com o tempo eu fui percebendo que o carinho era maior lá no interior que aqui na capital. Nos gestos, nas atitudes e em mudanças "estranhas" no seu comportamento.
Lá eu era único pra ele. Aqui não. Nisso, algumas discussões começaram e nesse último mês eu notara certo distanciamento e certa "perda repentina de paciência" da parte dele, de repente só eu contribuia pro peso da balança. Com o tempo, só eu ligava, propunha coisas ou dispensava carinho. Assim, do nada.
Nesses tempos, olhava para ele quando falava alguma coisa e sentia aquela desconfiança no peito.
Dia x, fomos a uma balada, nós e meu irmão*, lá ele se comportava estranho e várias vezes sumia. Como que do nada.
Avistei em algum momento ele interagindo com um cara, acompanhado de duas amigas - coisa que ele tem facilidade, interagir com todo mundo - e dados momentos ele - o cara -me encarava, como dois falcões quando estão na caça.
Adormeci, certo momento na balada. Cansaço.
Dia seguinte, meu irmão* resolve então revelar que viu lá aquilo que eu já sabia.
Foi por telefone mesmo. Dessa vez eu não ia gastar do meu tempo, e do meu dinheiro pra isso.
Foi muita coisa dispensada pra gastar horas de viagem pra nada.
Foram 5 meses apenas.
Me sinti ingênuo, mas acho que desta vez aprendi... o tempo dirá.
Um mês com muitas decepções.
Preciso de cuidados, mas estou conseguindo canalizar isso para outras áreas além de que desta vez quero ficar sozinho e pelo tempo que eu precisar. Afinal, como dizia um amigo "temos que continuar a seguir sempre porque o mundo não parará para que curemos nossas feridas".
P.S.: Fui hiper superficial na descrição dos fatos, necessário para que fosse breve e suscinto, mas não quero adentrar dados, mas acho que precisava apenas falar. Mais nada.
P.S.: Vocês me verão falando mais de mim estes dias.
Alguém completo.
Um cara, que com o tempo virou "o" cara.
Almoços rotineiros aos domingos na casa da "sogra". Presentes. Momentos. Ocasiões.
Natal em casa cheia, ceia farta, honras da casa pra mim, o "de fora", mais cheia do que qualquer uma que já tive na minha família de duas pessoas. Carinho super dispensado dos pais dele comigo. Já era um da casa em pouco tempo.
Ano novo juntos na casa de dois amigos aqui em Sampa, afinal ele era do interior e queria estar aqui, na grande cidade.
A integração foi logo de cara grande o suficiente pra que juntássemos as nossas idéias, ele já morava sozinho, eu queria partir de casa. Batata! Morar juntos!
Planos, móveis, visitas em lojas para ver valores.
- Nós dividimos viu?
- Quantas parcelas?
- Seis.
- Legal.
- Que voce acha?
- Acho bom.
- É para sua esposa?
- É pra nós mesmo!
Assim, na lata.
Confiança grande que me fizera perder muitos medos, fez com que acreditasse mais em mim em algumas coisas e que reavivou a minha fé.
Infindáveis conversas por telefone, de orelhão mesmo, todos os dias.
Com o tempo, um plano conjunto de uma operadora de celular facilitou as coisas, tudo ficou mais cômodo.
Mas, com o tempo eu fui percebendo que o carinho era maior lá no interior que aqui na capital. Nos gestos, nas atitudes e em mudanças "estranhas" no seu comportamento.
Lá eu era único pra ele. Aqui não. Nisso, algumas discussões começaram e nesse último mês eu notara certo distanciamento e certa "perda repentina de paciência" da parte dele, de repente só eu contribuia pro peso da balança. Com o tempo, só eu ligava, propunha coisas ou dispensava carinho. Assim, do nada.
Nesses tempos, olhava para ele quando falava alguma coisa e sentia aquela desconfiança no peito.
Dia x, fomos a uma balada, nós e meu irmão*, lá ele se comportava estranho e várias vezes sumia. Como que do nada.
Avistei em algum momento ele interagindo com um cara, acompanhado de duas amigas - coisa que ele tem facilidade, interagir com todo mundo - e dados momentos ele - o cara -me encarava, como dois falcões quando estão na caça.
Adormeci, certo momento na balada. Cansaço.
Dia seguinte, meu irmão* resolve então revelar que viu lá aquilo que eu já sabia.
Foi por telefone mesmo. Dessa vez eu não ia gastar do meu tempo, e do meu dinheiro pra isso.
Foi muita coisa dispensada pra gastar horas de viagem pra nada.
Foram 5 meses apenas.
Me sinti ingênuo, mas acho que desta vez aprendi... o tempo dirá.
Um mês com muitas decepções.
Preciso de cuidados, mas estou conseguindo canalizar isso para outras áreas além de que desta vez quero ficar sozinho e pelo tempo que eu precisar. Afinal, como dizia um amigo "temos que continuar a seguir sempre porque o mundo não parará para que curemos nossas feridas".
P.S.: Fui hiper superficial na descrição dos fatos, necessário para que fosse breve e suscinto, mas não quero adentrar dados, mas acho que precisava apenas falar. Mais nada.
P.S.: Vocês me verão falando mais de mim estes dias.
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