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sexta-feira, 27 de maio de 2011

Britney Spears, Fanatismo e a Nova Intolerância


Um fenômeno recente que a sociedade vive, é o de descrença nas instituições públicas, sejam elas a Igreja, o Estado, a Justiça. Nossos jovens de hoje, não são como os jovens dos anos 80 que lotavam praças em busca de direitos que a ditadura vigente cerceava. Hoje, uma sociedade conectada através da globalização, de alguma forma ou de outra ocuparam nossa vida com as inventabilidades tecnológicas e o mundo pop acompanhou muito bem essa tandência.
As grandes estrelas do pop souberam fazer o uso do show business a seu favor e Madonna, não conseguiu o status de rainha do pop a toa: o uso da imagem, dos clipes e das superproduções povoam nossas mentes e os gays se tornaram os grandes apreciadores dessa nova cultura de consumo, como de outras muitas culturas de consumo, imagem e status que seduzem os gays de uma maneira avassaladora.
Esse mundo carente de ídolos faz com que essa necessidade de crença que o ser humano possui seja canalizada para algum lugar e muitos de nós, a fizeram da maneira mais supérflua possível: o mundo pop.
Na esteira de Madonna, Britney Spears surgiu como a nova promessa do pop na década passada com sons rebolativos, sem a mesma politização que a 'rainha' possuia, já que o contexto era de um mundo mais democrático e a necessidade de vendas de discos passava por cima do talento.
Os anos passaram e mesmo a fórmula pronta de Spears, foi ficando de lado com o surgimento de estrelas como Beyoncé, Amy Winehouse, Shakira... que volta e meia bebiam da mescla criada por Madonna nos anos 80/90 mas com outros ritmos (R&B, latin, soul) ou roupagens, viraram ícones e se tornaram mais populares.
O final dos anos 00 vivia um marasmo de criações, e nessa brecha a evidência foi o surgimento de uma cantora que misturava fashionismo, letras incandescentes, certa politização em torno dos gays e uma mistura requentada de Madonna com alguns outros ingredientes, tava aí a Lady Gaga.
Desde quando Gaga tomou o cenário internacional do pop a seu favor, a especulação do seu estrelato é grande e Britney, saída de anos de polêmicas, problemas na vida particular, performaces alimentadas por play-back pela voz que deixou de ter e aparente cansaço, tentou dar a volta por cima, mas encontrou um cenário diferente da sua saída: concorrência extrema.
Por isso, hoje há uma certa briga Gaga x Britney que alimentada pelos fãs das duas cantoras, dão um show de ignorância e intolerância para quem ouse falar mal de uma das duas, principalmente nas redes sociais.
Os vexames passados por Whinehouse anos atrás, não possuíam essa característica por ser uma estrela soul e por que muitos de seus fãs já eram adultos. Já as duas, tem um forte público adolescente que, emergido do final dos anos 2000, cercado pela tecnologia e por uma sociedade que exige absorção de conteúdo sem questionamento e reflexão, se vê idolatrando cantoras com conteúdo musical duvidoso e nutrindo uma intolerância com suas opniões que são apenas um dos reflexos dessa nova geração.
Os acalorados discursos entre as duas cantoras já gerou brigas transmitidas pela internet e em certos blogs gays virou um radicalismo exacerbado.
Jovens, oriundos de uma épóca em que se debate mais sobre a nova música de fulana de tal e se sabe pouco ou quase nada sobre seus próprios direitos.

12 comentários:

  1. e ele demora...demora.. mas qdo escreve dá um banho de inteligência e objetividade! é perfeito, não há oq contestar... seria tão salutar que esses jovens se unissem por seus direitos que vão passando sem aprovação pelo tempo de suas discussões bobas...

    Sou do tempo da Tia Velha Madonna, das brigas com Cindy, com a admiração por Kylie Minogue... mas sei que Gaga conseguiu a proeza de trazer de volta o exótico em meio a tanta pasteurização... falta a Britney um rumo daquilo que lhe seja importante e convicente enquanto carreira. Talvez Gaga tenha isso melhor resolvido....

    Bjo SAM! obrigado pelo carinho do CLOSE!!

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  2. E enquanto os fãs se digladiam, elas enriquecem. Tolinhos, tolinhos!

    Querido, agradeço aqui a homenagem no niver do blog. Achei lindo e de uma sensibilidade imensa!
    E venha pro Rio logo pra gente se conhecer pessoalmente :-P

    Bjos

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  3. Não gosto de mulher nem por trás de um microfone, prefiro vocal masculino... vou lá brigar por causa de racha??????

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  4. a descrença vem com o estigma da impunidade

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  5. Eu sou fã da GaGa mas também gosto muito da Britney e fico p*** da vida quando vejo "fãs" se degladiando. Pra mim, é bichinha pão com ovo querendo aparecer. To nem aí se Britney canta playback ou a GaGa é uma attention-whore, cada um vive com aquilo que pode (ponto) e toda boa intenção é válida. E convenhamos, na hora do batchy-cabelow, tanto faz GaGa, Britney, Madonna, etc. "Little-monsters" e "Brit-fãs" dançam unidos ao som de Judas e Till the World Ends.

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  6. fãs são sempre fanáticos! caso contrário não seriam fãs!

    rindo muito com o comentário do DPNN

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  7. Eu fico impressionado como as pessoas conseguem perder tempo com isso...

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  8. *Serginho, mas será esse fanatismo tem que ser levado a essas consequencias?

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  9. só da pra aplaudir mesmo este texto, boa análise, amigo.

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  10. britney, gaga e outras pseudo divas?
    afinal, o que é um diva?

    eu fico com o guy franco... todas deviam servir batatas fritas, como a madonna.

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  11. Moço, eu amo seu blog. Não preciso dizer mais nada.

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