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quarta-feira, 4 de agosto de 2010

Controle: A absolvição


Continuando o post anterior, lembro que em diversas fases da minha vida vi o desejo e seu proveito com uma posição distinta dependendo da conjuntura em que me encontrava.
E pra que a vida terminasse pra ser irônica comigo: eu, que sou uma pessoa sexualmente liberta, tive na pessoa que mais amei longos meses sem sexo, sem tantos contatos carnais, mas que foram meses de amor intenso, profundo, desmedido e mútuo. O que é mais gostoso.
Quando me recordo nas gavetas da memória dessa fase - afinal, ele era filho de japoneses e tinha ainda uma série de imbroglios pertinentes a sua aceitação - foi aquele que mais me marcou, que mais me tirou do eixo, que fez minhas mãos suarem no messenger conversando com ele, que me fazia tremer as mãos toda vez que nos víamos, que terminamos, tentamos voltar, cada vez por partida de um dos dois, aquele único do qual eu realmente chorei quando terminei e que me deixou meses em uma tristeza porque eu realmente sentira com ele aquilo que até então eu nunca vivera: o amava.
E dispondo desses dados - meu lado lógico falando - eu já vivi o amor sem que o sexo fosse fundamental o e também o sexo sem amor. Talvez, assim, por eu possuir essa experiência ambígua e antagônica - já que apesar de ter essa "liberdade sexual" tenho minhas convicções que por vezes entram em choque com ela - me absolvo quando passo do limite. Nessa hora eu sei que sim, eu já amei e ainda poderei amar - carnalmente falando - de novo.
De todo coração, de toda alma. Basta acontecer.
Quando? Não sei.
Nunca se sabe.


*Obrigado a todos pelos comentários do post passado!

11 comentários:

  1. sorte nossa poder ler tão lindas palavras.

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  2. parabéns Sam pela percepção inteligente e crítica ... sua abordagem foi excelente e objetiva ... é por aí mesmo ...

    bjux

    ;-)

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  3. Eu já namorei mais atraído pela química sexual e também pela inteligência e afeto onde faltava o desejo. Nenhum dos opostos deu certo. Tô buscando o sensato equilíbrio. Bj!

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  4. Consideramos justa toda forma de amor!

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  5. Eu tbem ja me envolvi sem sexo. ou quase sem sexo. E isso mudou meu modo de ver as coisas.

    Que bom que sempre mudamos não?

    bj

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  6. faço das palavras do Edu e do Lulu Santos as minhas palavras.

    Façamos, vamos amar!

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  7. Tenho inveja de quem já amou, tenho mesmo.

    Felicitações para tu, SAM. Deve ser muito bom isso. Ou não.

    Beijos!

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  8. Pode ser agora.
    Basta querer!
    Hugzzzzz!

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  9. ai, ai, ai... Eines Tages... Vai acontecer novamente!

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  10. mon dieu
    ele era japonês?
    estou achando que você é todo IN na colônia!!!

    faça o favor de ficar online! e não como hj - 5 minutos e status ocupado! rs

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  11. É sempre bom percebermos que não somos algo, e sim que estamos de determinada maneira, que somos mutáveis e que nossos desejos oscilam nessa incerteza que é viver

    Parabéns pelo texto =]

    bjs

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