sexta-feira, 27 de agosto de 2010
Pular?
Sempre nos perguntamos diante de uma situação - leia-se: relacionamento com todas essas letras - se devemos pular.
E mesmo que essa resposta seja positiva, vem a segunda pergunta: quando?
Quando contemos dentro de si algo e temos medo de se expor, medo de pular de cabeça, realmente é difícil.
Aí, quando não dá certo, já não sabemos se foi melhor ter deixado tudo "aos poucos" e se preservar - o problema é que hoje as pessoas são muito '8' ou '80' - ou se deveríamos ter feito mais, muito mais, para de repente ter virado o jogo.
As vezes, são perguntas que nos questionam tanto, que muitos de nós, simplesmente não pulamos mais e as vezes nos perguntamos se isso é certo ou não.
De fato é uma escolha esse ato.
Mas a única coisa que é certa mesmo é seguir o coração.
Porém, as vezes, diante de tantos exemplos contrários, não temos coragem de pular. Mais uma vez.
terça-feira, 24 de agosto de 2010
Morte
Cada cultura tem seu conceito de morte onde acredita-se que deve-se ter (ou não) um destino subsquente a ela.
É a última fase do ciclo de vida onde o encerra e é necessária para manter o equilíbrio do ecossistema conforme pilares da biologia. Ela que é a nossa única certeza - afinal inquestionável - mas um tabu já que ninguém - em sã consciência - a deseja.
Particularmente nunca me preocupei com esse fato, mesmo nas ocasiões em que estive muito próximo a ela, e talvez nem pela questão da contemporaneidade - ou seja, da morte estar próxima ou não - mas porque sob minha crença, algumas coisas, como ela, estão fora da nossa esfera e por mais que possamos agir, não conseguimos mudá-la. O que não requer que nos entregue-mos, muito pelo contrário.
Óbviamente, quem me conhece, sabe que Deus está incluso no meu conceito.
Logo, com essa premissa, vivo cada dia na sua totalidade, sem nóias quanto a morte, mas sem rezas desesperadas dos maníacos fanáticos que tentam convencer a todos com discursos hipócritas, práticas e interesses duvidosos.
Afinal, penso eu, Deus é muito mais simples que isso.
E eu sei que quando realmente preciso falar com ele, fecho meus olhos e estará ali. Do meu lado.
sexta-feira, 13 de agosto de 2010
Dívida
Possuir uma dívida - usemos aqui a palavra dívida, no seu sentido mais amplo e abrangente possível - é uma das piores situações que uma pessoa pode sustentar. Ela, se assemelha como uma navalha de uma guilhotina onde seu pescoço está ali, sempre exposto e que pode ser solta a qualquer momento decepando sua cabeça.
Ela, a guilhotina, pode te surprender em qualquer momento construindo um eterno clima de apreensão sobre o nosso espéctro.
Deve ser por isso, não a toa, que o conceito de dívida é citado na Bíblia várias vezes, havendo até mártires, como Santa Edwiges, que alcançaram tal condição graças as ajudas que ofereceram a vida inteira para que outros, se livrassem dela.
Não ainda, que no dicionário, o conceito de dívida é muito mais amplo, mas não deixa de ter seu sentido negativo, pesado e oneroso.
Que todos possamos nos libertar de todo tipo de dívida.
quarta-feira, 11 de agosto de 2010
O Fator 'John Mayer'.
Adoro o último cd de John Mayer, foi um dos que indico aí na minha seção de 'sons do momento' e isso não foi a toa: ele tem uma voz bacana, gosto de suas letras, arranjos de som legais e que foram muito apreciados. Só pra acrescentar sem tornar isso relevante: ele é lindo, ao meu gosto. Fato.
Battle Studies, seu cd mais recente, tem uma sacada bacana, clips bem bolados e não a toa, ganhou vários prêmios.
Mas o foco aqui é o seguinte, no ano passado ele fez uma declaração racista numa entrevista na Playboy Americana e deu o que falar com Oprah, amiga de sua ex-mulher, dizendo que no programa dela estaria proibido de estar.
Confesso que por conta dessa polêmica, eu tive dificuldades para apreciar esse trabalho dele, pois por vezes, enquanto o ouvia, me vem a imagem do que ele disse e meio que 'cortava o barato' de ouvi-lo.
Aí me pergunto: Em cartas ocasiões, temos que separar o profissional do pessoal? Sempre? Boicotar alguém por não fazer parte das nossas idéias que dividimos seria válido? Em todas as ocasiões?
Questiono isso porque é claro que eu não consigo apreciar esse cantor graças ao fato dele aparentar ou ser preconceituoso. Mas, será que isso é realmente um empecilho ao seu trabalho?
E na vida real, quantos John Mayers existem por aí, que viramos as costas por conta de motivos semelhantes?
Até onde essa posição que assumimos é justificável?
segunda-feira, 9 de agosto de 2010
Pai e pai.
Por uma razão particular não postei nada sobre o Dia dos pais.
Incrivelmente ontem, me senti próximo, não do pai, com quem já divido um abismo a muito tempo, mas do Pai, que independente de qualquer coisa está sempre ali, no mesmo lugar, do meu lado.
Certa vez, comentei sobre o fato de não ter mãe e da minha fé. Explicando o quanto Deus me substitui estas duas figuras.
E nos braços dele, sempre me acho quando meus olhos enchem de lágrimas, quando meu coração aperta, quando a vida me machuca, mas também para agradecer quando ele coloca pessoas maravilhosas na minha vida e quando ele me abençoa por perceber que apesar de tudo, tanta coisa vai bem mas a gente não vê.
Para alguns, falar de Deus é last season, hipocrisia, clichê. Pra mim é uma porção do meu ser.
Para alguns é dispensável, pois não acreditam.E lembrem-se: eu os compreendo, pois, uma das pessoas que mais amo, simplesmente descrê totalmente em Deus e alguns colegas aqui também.
Mas para mim, falar Dele é simplesmente reencontrar a minha essência e homenageá-lo nessa data, porque Ele pode ser Soberano, mas pra mim é somente o meu Pai. Hoje é a única coisa que me importa.
sexta-feira, 6 de agosto de 2010
Meus Cabelos, Teus Cabelos.
Sempre quando vou a aula na faculdade, acabo reparando nas pessoas.
Percebo que, quanto mais semestres avançam, os 'caras' da sala tem a tendência de perda dos cabelos.
Não falo de uma natural perda dos cabelos, mas uma perda acelerada, pela sobrecarga de stress, trabalho e pressões. Sejam estas últimas pessoais ou de agentes externos.
Situação comum a quem estuda - e trabalha - na área financeira. Uma área em ascensão continua, mas extremamente exigente.
Quando observo isso, penso no tempo que perdi em que poderia já ter me formado, mas também reflito sobre o quanto realmente isso pesa e é importante na vida.
Lembro do que perdi, mas do que ganhei como ser humano e das pessoas que entraram na minha vida nesse período, onde certamente se eu estivesse cegado pelo trabalho e obsessão profissional, certamente elas teriam se perdido na estrada da vida.
E as minhas madeixas - sim, sou reconhecido pelo cabelo volumoso - estão intactas, eu, mais velho que alguns, sou de longe mais cabeludo que eles, com suas entradas maiores que as do estádio do Pacaembu. Alguns deles, acabaram de entrar na segunda década, mas já parecem ter vivido três, ou quatro, devido ao cansaço do rosto.
Longas entradas, longas olheiras, oriundas de dias longos, longos trajetos e pesados fardos pessoais e sociais.
Ainda desfruto de por vezes ser confundido pela idade visual - para baixo - e raramente acontecer o inverso, necessariamente quando conversam comigo. Fato que não se deve a não possuir preocupações, muito pelo contrário, mas porque geralmente me dano (substitua pelo palavrão mais libertador e gostoso que você conhecer) para o que os outros pensam. O que não me impede de ser muito sério quando se precisa, as vezes até demais.
E assim, os cabelos viraram um certo ponto de referência, onde eu quero crescer na carreira mas quero que os cabelos continuem a crescer e não a minguar, como se racionam as alegrias e os doces momentos da vida.
*Feliz dia dos pais a todos. Não posso deixar de felicitar aqueles que merecem - e podem - desfruta desse dia.
** Estou lançando aí na lateral o cd do John Mayer, mas a próxima postagem tratará dele e o porque de informar antes esse lançamento.
*** Evidentemente que não são todos que perdem cabelos apenas por este motivo.
quarta-feira, 4 de agosto de 2010
Controle: A absolvição
Continuando o post anterior, lembro que em diversas fases da minha vida vi o desejo e seu proveito com uma posição distinta dependendo da conjuntura em que me encontrava.
E pra que a vida terminasse pra ser irônica comigo: eu, que sou uma pessoa sexualmente liberta, tive na pessoa que mais amei longos meses sem sexo, sem tantos contatos carnais, mas que foram meses de amor intenso, profundo, desmedido e mútuo. O que é mais gostoso.
Quando me recordo nas gavetas da memória dessa fase - afinal, ele era filho de japoneses e tinha ainda uma série de imbroglios pertinentes a sua aceitação - foi aquele que mais me marcou, que mais me tirou do eixo, que fez minhas mãos suarem no messenger conversando com ele, que me fazia tremer as mãos toda vez que nos víamos, que terminamos, tentamos voltar, cada vez por partida de um dos dois, aquele único do qual eu realmente chorei quando terminei e que me deixou meses em uma tristeza porque eu realmente sentira com ele aquilo que até então eu nunca vivera: o amava.
E dispondo desses dados - meu lado lógico falando - eu já vivi o amor sem que o sexo fosse fundamental o e também o sexo sem amor. Talvez, assim, por eu possuir essa experiência ambígua e antagônica - já que apesar de ter essa "liberdade sexual" tenho minhas convicções que por vezes entram em choque com ela - me absolvo quando passo do limite. Nessa hora eu sei que sim, eu já amei e ainda poderei amar - carnalmente falando - de novo.
De todo coração, de toda alma. Basta acontecer.
Quando? Não sei.
Nunca se sabe.
*Obrigado a todos pelos comentários do post passado!
segunda-feira, 2 de agosto de 2010
Controle?
Busquei aqui pesquisar sobre os limites da sexualidade, cansado de não encontrar definições plausíveis, raciocinei que o impulso sexual é dado através do instinto, ainda sem definições cabíveis, recorri ao bom e velho dicionário:
instinto
ins.tin.to
sm (lat instinctu) 1 Estímulo ou impulso natural, involuntário, pelo qual homens e animais executam certos atos sem conhecer o fim ou o porquê desses atos. 2 Inspiração. 3 Tendência ingênita dos animais. 4 Aptidão inata. 5 Psicol Resposta adaptativa complexa, não aprendida. 6 Psicol Impulso congênito acompanhado de excitação emocional. sm pl Formas de comportamento dos organismos não adquiridas durante a vida do indivíduo, mas herdadas (hábitos raciais). I. gregário, Zool: tendência inerente de congregar-se ou reagir em uníssono.
Quando me deparei com essa afirmação, lembrei de certa vez que um colega me perguntou como se daria o desejo sexual frente ao sentimento.
Por minha vez, disse que sexo e sentimento andam como um carro que precisa de dois motoristas em sincronia, mas que costumeiramente se estapeiam onde, geralmente o sexo tenta obter o controle - ele é muito tirano - e onde: ou o carro precisa do sentimento no volante pra não sair da linha, ou o sexo toma o controle total e aí, qualquer infração é mera coinscidência.
Será mesmo? Tal qual para razão e emoção?