Eu estava solitário, por minha própria decisão. Pelos dois ultimos meses.
Surge um ciclaninho que bate um papo, fala duas vezes no msn e some. Outro acolá que conversa, solta uma e vaza. Beleza.
Eu de boa também não ligava.
Daí, destino vai, balada vem, carona ali, papo vago cá, eis que surge *ele.
Mas daí surge o ciclano, o beltrano, o fulano e toda a sorte de contatos ex-quase-tentei-qualquer-coisa e outros tantos ex-ficante-bloqueado-outrora-no-msn juntos e ao mesmo tempo.
Inclusive os fulaninhos ali citados antes, saem do caixão que nem o clipe de Bad Romance com todos aqueles caixões brancos, só que nesse caso, com todos eles.
E eles não estão sós, tem um exército deles agora nas baladas, que puxam conversa em qualquer ocasião, oferecem qualquer coisa por um papo e estão sorrindo a toa, nos ônibus, sentando do seu lado e distribuindo sorrisos, eles brotam agora até na maldita fila do banco, da farmácia do na banca de jornal perguntando que horas são... risonhos, oferecendo aquilo que antes era negado.
Sim, amigos parece teste do destino acontecer essas coisas, toda essa avalanche de eles (assim separado mesmo) de uma forma que confunda até a sua cabeça.
O que fazer numa hora dessas?
No meu caso, deixar que toda essa oferta abundante do mercado fique por aí, afinal toda ela é a curto prazo e diferente da economia, existem recursos que não são substituíveis.
Ficaadica.
*Sim, hoje foi em linguagem figurada pero no mucho.
sexta-feira, 30 de abril de 2010
quarta-feira, 28 de abril de 2010
Casos da Cidade: Fasthunters
São Paulo é muito cosmopolita, logo para um gay nessa cidade algumas coisas são comuns como uns "fasthunters" por ai.
Eu explico:
São trocadas de olhares com desconhecidos por aí, em rotinas - ou não - simplesmente pelo prazer do flerte e nada mais (ou não).
Citarei alguns exemplos meus:
*O cobrador: Tem um cobrador de uma linha que atende lados ali da Rebouças/Paulista/Brigadeiro que eu cruzo volta e meia com ele e ele insiste em manter o olhar sobre a minha pessoa kk. Ele é super digno e ontem nos vimos de novo e ele foi mais ao ataque. Ao passar pela catraca dessa vez ele falou:
- Oi, tudo bem? (olhando firme pro meu olhar)
- Tudo. (um tanto desconsertado)
Na verdade, vi ele umas 5 vezes já, mas em todas ele só olha de lado, fica meio na dele. Dessa vez mesmo com o avanço ele estava acompanhado de um cara e conversando
* O garoto do ônibus: Este é algo que já foi além. Acontecia a um mes e meio, as vezes quando volto da faculdade ele pega o mesmo bus que eu, 18 anos, fofinho e quando descemos, dávamos um pega básico antes de cada um ir ao seu destino. Mas nos ultimos dias, a coisa calmou. Talvez seja porque não o vi mais. Nem sei como será quando eu o ver. Talvez eu corra.. haha
*O cara da biblioteca: Este já é um caso mais a parte. Ele é gay porque um amigo meu ja viu ele em baladas, trabalha na biblioteca da universidade, uma gracinha mas sei lá, sempre trocamos olhares. Mas sempre de longe, ontem fui renovar um livro, não tive como fugir, só tinha ele. Realizou todos os procedimentos olhando nos meus olhos. Fear.
*O vizinho: Cruzo com ele a anos, vive trocando uns olhares, mas nada. Um colega meu já deu uns pegas nele long time ago, mas como ele paga de hétero no bairro, evito a fadiga. Deixo ele ficar olhando a toa.. haha
E voces tem experiências como essas tambem?
*Os relatos acima não acontecem mais hoje porque estou mais sussa e estou evitando esse tipo de flerte por razões pessoais.
sexta-feira, 23 de abril de 2010
Desapegar-se?
Fiquei lembrando aqui de algo que um amigo me disse tempos atrás:
"Você desapega muito fácil das pessoas e isso é muito bom."
Opa, pera lá! Como assim "me desapego fácil"?
Fiquei pensando isso um bom tempo, fiquei até um pouco triste e vi que em partes ele tem razão.
Explico: Eu sou alguém que não tenho "fantasmas do passado". Nenhum mesmo. Para essa contabilidade vou exemplificar a coisa.
Para esse cálculo vai valer apenas quem a gente amou de verdade. Eu amei duas pessoas na vida e disse "eu te amo" apenas a elas. Sim, eu não digo eu te amo a qualquer um. Posso até por uns tempos ter tido uma "alta rotatividade" mas não confundi uma coisa com a outra.
Esclarecido isso vamos para cada um dos casos, o primeiro durou pouco mais que a metade de um ano e após o termino me gerou meses de depressão. Um ano e pouco depois de superado todos os estágios, resolvemos ser amigos, até que ele deu uma mega mancada comigo e se eu já havia superado, tudo acabara de ser sepultado vez por todas.
O segundo, mais recente, outros pares de meses, foi uma integração total com família e tudo. O ultimo mes foi o mais turbulento que o encerramento culminou com uma traição. Logo, ela foi o ponto-chave do término.
Talvez por causa disto, eu tenha conseguido uma semana depois estar totalmente clean de tudo e sossegadíssimo.
Eu hoje me tronei um tanto lógico, então eu penso assim: se alguma das partes não quer, não há como um amor ser saudável e hoje se eu não vejo possibilidade na coisa, já desencano e parto pra outra.
Eu por exemplo, nunca tive esses problemas de não poder ver a pessoa depois de quando termina e ficar abalado e tal, tive com o primeiro, mas após a quarta ou quinta vez que o vira depois do término já estava cagando-e-andando pra ele. Engaçado, mas as vezes sinto um vazio por isso...
É estranho esse desapego, eu sei, talvez esse pensamento seja oriundo de alguém que nunca viveu anos, por exemplo com alguém o suficiente para desenvolver um apego tão grande que faça uma marca tão intensa na minha vida, como eu escuto outras pessoas falarem. Se for isso, espero saber um dia, porque apesar de tudo na vida, sucesso, amigos, família... não há nada mais gostoso que um amor intenso - de via dupla - e verdadeiro.
"Você desapega muito fácil das pessoas e isso é muito bom."
Opa, pera lá! Como assim "me desapego fácil"?
Fiquei pensando isso um bom tempo, fiquei até um pouco triste e vi que em partes ele tem razão.
Explico: Eu sou alguém que não tenho "fantasmas do passado". Nenhum mesmo. Para essa contabilidade vou exemplificar a coisa.
Para esse cálculo vai valer apenas quem a gente amou de verdade. Eu amei duas pessoas na vida e disse "eu te amo" apenas a elas. Sim, eu não digo eu te amo a qualquer um. Posso até por uns tempos ter tido uma "alta rotatividade" mas não confundi uma coisa com a outra.
Esclarecido isso vamos para cada um dos casos, o primeiro durou pouco mais que a metade de um ano e após o termino me gerou meses de depressão. Um ano e pouco depois de superado todos os estágios, resolvemos ser amigos, até que ele deu uma mega mancada comigo e se eu já havia superado, tudo acabara de ser sepultado vez por todas.
O segundo, mais recente, outros pares de meses, foi uma integração total com família e tudo. O ultimo mes foi o mais turbulento que o encerramento culminou com uma traição. Logo, ela foi o ponto-chave do término.
Talvez por causa disto, eu tenha conseguido uma semana depois estar totalmente clean de tudo e sossegadíssimo.
Eu hoje me tronei um tanto lógico, então eu penso assim: se alguma das partes não quer, não há como um amor ser saudável e hoje se eu não vejo possibilidade na coisa, já desencano e parto pra outra.
Eu por exemplo, nunca tive esses problemas de não poder ver a pessoa depois de quando termina e ficar abalado e tal, tive com o primeiro, mas após a quarta ou quinta vez que o vira depois do término já estava cagando-e-andando pra ele. Engaçado, mas as vezes sinto um vazio por isso...
É estranho esse desapego, eu sei, talvez esse pensamento seja oriundo de alguém que nunca viveu anos, por exemplo com alguém o suficiente para desenvolver um apego tão grande que faça uma marca tão intensa na minha vida, como eu escuto outras pessoas falarem. Se for isso, espero saber um dia, porque apesar de tudo na vida, sucesso, amigos, família... não há nada mais gostoso que um amor intenso - de via dupla - e verdadeiro.
quinta-feira, 22 de abril de 2010
Próximo.
Comecei a refletir e percebi que as vezes quando a gente fica sozinho por muito tempo, é porque na verdade ninguém tem nos feito interesse - visto que as vezes a "rotatividade" nesse intervalo é grande - mas essa ausência de paixão as vezes incomoda.
A apatia com essa situação geralmente nos conduz ao período de "hibernação" pois as vezes nosso coração precisará de um descanso de tanto tentar.
Em alguns casos o que necessitamos mesmo é de um amor arrebatador, caso contrário ficamos apenas aumentando a lista de contatos no celular e fica na mente sempre aquele "próximo" como se fossemos uma biruta de aeroporto que vive mudando de posição de acordo com o vento.
Eu confesso que nesses "períodos de captação" - nomearei assim - os contatos vão subindo e as vezes na verdade parece que ao invés de estarmos mais próximos de achar alguém, na verdade o sentimento que nos toma é de que a expectativa é justamente a inversa.
Eu confesso que nesses "períodos de captação" - nomearei assim - os contatos vão subindo e as vezes na verdade parece que ao invés de estarmos mais próximos de achar alguém, na verdade o sentimento que nos toma é de que a expectativa é justamente a inversa.
Isso me fez lembrar a história de um amigo que tinha tudo para conseguir um bom companheiro: bonito, inteligente, educado, um cara de uma fé imensa e uma indole maravilhosa, mas que está sozinho - sem namorar - ha mais de um ano e meio.
As vezes o vimos com alguém, mas é raro, ele não faz estardalhaço e geralmente não dura muitas semanas.
As vezes o vimos com alguém, mas é raro, ele não faz estardalhaço e geralmente não dura muitas semanas.
Ele na verdade está sozinho porque caras aparecem, mas apenas sem querer nada a mais e por fim não tem rolado mesmo.
Conversei com ele tempos atrás e ele me disse que estava com uma menina. Fiquei atônito na mesma hora e perguntei: Como assim?
Ele disse: Eu na verdade queria carinho e isso ela me dá. É fogo, porque você sabe o que eu curto não é? Deve ser algo passageiro, ao menos espero.
Já havia pensado comigo nessa possibilidade em tempos remotos... A long time ago. Mas concluí que quando se é gay, como no meu caso, considerar por exemplo ficar com uma menina, para saciar o lado sentimental, seria uma espécie de remenda que acaba por desfiar o tecido inteiro.
Logo se não é pra sê por inteiro - pelo menos pra mim - é melhor que não seja.
Logo se não é pra sê por inteiro - pelo menos pra mim - é melhor que não seja.
terça-feira, 20 de abril de 2010
Meu Caderninho Preto
Ok, não é um caderninho preto. Mas para mim pode-se chamar assim.
Saido a dois meses e pouco de um namoro, passei um bom tempo na retaguarda, mas chega aquela hora que do nada as pessoas simplesmente brotam.
O problema não é isso acontecer mas acontecer tudo de uma vez.
Eu explico:
Duas semanas atrás surgiu o moço A.: boa pinta, 19 anos b.o , universitário, estuda perto de mim e tal... Ok, daí que após uma semana conversando loucamente a pessoa simplesmente me esquece na quinta e some.
Ressurgiu parcialmente na segunda mas aconteceu o mesmo na sexta subsquente.
Logo pensei: "Ok, me usa na semana e pro final de semana pra ferver me esquece".
Obviamente que o destino é sabio e eu fiquei na minha.
Durante o final de semana acontece o impossível: Um ex-quase-começo-a-conhecer absolutamente "do nada" me chama no msn e começa a conversar de novo e logo depois em ex-tentei-algo-tempos-atrás apareceu com mensagens no orkut.
Se isso tudo não bastasse, na balada do sábado surge um alguém.
Quando chegou no domingo a noite eu já estava mais torto que sei lá o que, quando eu recebo uma mensagem do inicial-ser-humano:
"Olá, boa noite, tudo bem? Desculpe não ter dado notícias, mas espero que vc esteja bem bjus
Fulano"
Essa mensagem foi numa noite de domingo. Preciso explicar algo mais?
Bem, geralmente quando alguém some por algum motivo, liga, conversa e tal, mas sempre sumir nos finais de semana é no mínimo estranho. Confesso que esse é um típico caso que ficará apenas para os marcadores.
Pois eu lancei mão de meu caderninho preto.
Tô começando a lembrar desse post dias atrás lembram?
segunda-feira, 19 de abril de 2010
Relacionamentos Abertos
Aproveitei uma brecha nesse post do queridíssimo Jarbas pra tratar esse assunto aqui que pra mim é tão próximo neste momento.
Tenho um amigo que é um gay digamos "tradicionalista". De poucos namorados, poucos casos, tranquilo e não fervia. Ok.
Ele havia namorado um cara ha dois anos, com o qual viveu um ano e terminaram. Um término que deixou grandes marcas e afetou sua vida por no mínimo os seis meses subsequentes.
Passado o "período de reclusão" ele sentiu interesses por um cara que acabou indo pra Europa e digamos que levou a sua expectativa de finalmente se interessar por alguém. Após isso, vieram outros, que não tiveram a capacidade de motivá-lo para algo. Após tantas tentativas ele mesmo decidiu que não engataria nenhum namoro - pelo menos por enquanto - até que apareça alguém que o "mova" como dizem os ingleses.
Surgiu um fulano, em sua vida, que foi ficando, ficando e está a mais de 4 meses já. Após vários encontros, mensagens, programas, vocês sabem que mesmo que algo seja "cômodo" chega uma hora que alguém precisa se definir, onde eles tiveram uma conversa e nela foi definido que eles - pelas partes não terem tempo e disposição para se dedicar a algo mais profundo - desenvolveriam um "relacionamento aberto" onde teriam exclusividade no sexo, mas em outros aspectos poderiam ficar com quantas pessoas quisessem. Ele mesmo deixou claro ao fulano que ele poderia ir conhecendo pessoas e se por acaso virasse um dia e dissesse: "Olha, eu conheci um ciclano assim e assado, me interessei e quero tentar algo com ele", ele afirmou que não haveria problema.
Acho que em aspectos gerais é aí que mora a questão: o relacionamento aberto pode ser útil em situações provisórias, no que chamaria de "ajustes afetivos", mas com vislumbre de algo a longo prazo ele não possui o que eu chamo de "confiança" e logo o impede de fazer planos com a outra pessoa.
Evidentemente que cada caso é por si único e cada casal pode moldar a coisa de acordo com suas necessidades além de cada pessoa ter o direito de fazer o que quer com sua vida, mas acredito que cada situação tem um modelo que se encaixe melhor e fazer planos de vida num relacionamento aberto, mesmo que seja duradouro, é como construir um sobrado num terreno arenoso, que volta e meia cede, provocando rachaduras e fissuras que podem tornar a moradia ali um inferno ou simplesmente fazendo com que a casa toda ceda.
*A proósito no post retrasado fiz neste blog 100 postagens, obrigado a galera que sempra passa aqui e deixa sua opnião!
sexta-feira, 16 de abril de 2010
Ativo, Passivo ou Versátil?
Essa a razão desse post da enquete ao lado.
O gay é uma coisa maluca.
Comentei com meu amigo que a escolha de um gay é certamente a mais restrita que há.
E ele me perguntou o porquê.
Disse:
O gay por natureza é exigente: exige corpo, cabeça e em alguns casos, se exige todo um check list de obrigações antes que voce o dispense ou vice versa. As vezes sem haver o interesse mínimo de conhecer o outro.
Mas além desses fatores existe o "fator natural da coisa".
Todo mundo sabe que o gay é bastante ligado a sexualidade, logo, o fator "atv", "pas" e "vers" como a gente vê no início das conversas de chats da vida, na verdade é uma questão muito mais profunda.
Indica que mesmo com todos os requisitos anteriores citados - uma boa conversa, papo, pele, enfim.. - a coisa pode parar nessa seleção ainda.
Quem aqui que não tem um caso de alguém que conheceu, adorou e tal, mas...
...na hora a coisa não fluía...?
No caso de quem é ativo ou passivo e que sob nenhuma hipótese abre mão para estar do outro lado com certeza o buraco da questão é mais embaixo.
Houvi falar que a tendência de hoje é a versatilidade, mas desde quando se existe tendência para isso? E de fato para quem é versátil tudo é um pouco mais relativo na hora da abordagem e por tantas vezes eu não entendia quando o cara chegava, sabendo apenas meu nome e idade e já me tascava: "ativo ou passivo?"
Incrivelmente, hoje eu passei a entender isso.
Digamos que eu simplesmente agradeço por não estar nos extremos. Entenderam o subliminar não é?
E voces, acham que isso é de fato um fator decisivo no final das contas?
Conto com a opnião de vocês!
quinta-feira, 15 de abril de 2010
Ironia
Cada vez que eu entro nesse tipo de "sorte" pra ver algo, penso que cada vez mais ou eu desacredito das coisas, ou o destino é simplesmente sarcástico e irônico comigo.
Li esse post hoje desse blogueiro amigo e lembrei dessa frase:
"Há duas tragédias na vida: uma a de não satisfazermos os nossos desejos, a outra a de os satisfazermos."
Oscar Wilde
Sinceramente? Não sei mais o que quero, quero apenas ser feliz, mesmo que isso seja sozinho.
A propósito, quem tem amigos, nunca está sozinho.
sexta-feira, 9 de abril de 2010
Retorno ao Ponto Zero (O que tiver de ser será..)
Melhor ao som de: Season of Love - Shiny Toy Guys
Eu costumo dizer quenão há nada na vida que te surpreenda. Ou ao menos que você espere que te surpreenda.
Eu como vocês sabem, estou tirando esses tempos para mim. Afinal como eu contei já vinha engatado desde o meio do ano passado em dois namoros que foram matematicamente encaixados um após o outro. Logo resolvi parar para curtir um pouco, aí foram inúmeras as baladas e nesses dois ultimos meses, eu literalmente visitei todas as baladas e festas da cidade, acho que só ficou faltando a Spirit Of London e Skol Sensation, a primeira por tempo, a segunda por grana mesmo.
Passei a ser low profile, e saío nas baladas suuuuper de boa, fico com um, com dois, enfim, com quem aparecer - já que eu só vou atrás quando tenho muito interesse - e volto pra casa feliz e contente comigo mesmo.
Estou numa certa correria, faculdade a mil, teatro, uma série de coisas que me fazem de alguém sem tempo pra mim e logo pra outro alguém.
Mas como o destino ever prega uma peça em você, esses tempos que eu to na fase self-service, de pegar, beijar e sair fora, advinha o que acontece? Aparece casos como esse.
Bem, eu fui lidando sinceramente como cada um desses casos, conversando na boa e seguindo meu caminho, até que finalmente apareceu um que eu gostei:
Estávamos na boate, numa parte externa, eu lá dançando e olhando pro céu, uma noite linda. Ai eis que veio um e me beijou, veio outro, aí depois de um tempo fiquei de boa, até que ele parou dançando na minha frente. Deu aquele sorrisinho que a gente sabe bem do que se trata e ficamos ali flertando no olhar.
Nisso, atravessa bem na minha frente uma menina que começa a falar comigo:
- Oi tudo bem?
- Tudo!
- Você está sozinho?
(pronto, pensei... mais uma menina querendo ficar comigo! - sim, foram consideráveis nesses dois meses...)
- Estou.
- Voce é gay?
- Sou.
- É que meu amigo ficou afim de você e queria te conhecer...
- Então é que eu estou de boa.
- Mas é só pra conversar e tal, conhecer..
- Sério, não estou afim não, me desculpe.
Ela se foi meio inconformada e quando olhei o menino estava rindo com aquela cena toda que ele tinha acabado de presenciar, óbvio que eu fiz isso por causa dele. Depois disso ele chegou junto, nos beijamos e soube que a menina cruzou nesse meio tempo, viu a cena e saiu ainda mais inconformada.
Pois bem, trocamos telefones, soube que tinhamos coisas em comum, teatro, e até a faculdade dele é do lado da minha, obvio que isso gerou encontros depois durante os nossos intervalos.
E nesses encontros conversas gostosas, olhares provocativos junto aos amigos dele, e mensagem legais que estavam fazendo eu virar os planos...
Mas, o destino é implacável e a dois dias recebi uma mensagem:
"Estou triste, com problemas..." coisas que o motivaram a fica só. Quando liguei oferecendo ajuda, vi que ele não queria falar muito sobre o assunto e meu sexto sentido me cutucou pra que eu perguntasse algo:
- Tem a ver com o passado?
( após uma longa pausa...)
- Sim. Tem a ver.
Logo eu concluí que tinha ex no meio, e digamos voltei ao zero. Encaminhei uma mensagem dizendo que qualquer coisa estou aqui mas nada mais além disso.
Tive já mais paciência, mas hoje me sinto as vezes até um pouco intolerante. Não tenho paciência por exemplo pra entrar num chat e conversar com pessoas... entrei em um esses dias e durei lá exatamente 10 minutos, aquelas conversas me remetem a muito tempo atrás e me sinto como alguém que não acredita mais em nada...
Quando me pego nesses pensamentos hoje, lembro com esse vídeo do caso da Blair e do Chuck de Gossip Girl, eles que viveram tentando se afastar um do outro, desistem de lutar contra o que sentem e ficam finalmente juntos no final do último capítulo da segunda temporada. Acho que realmente quando uma coisa tem de ser, não importa o que aconteça, o destino provoca esse encontro.
quinta-feira, 8 de abril de 2010
Ultrapassar-se
Hoje não poderei postar nada muito elaborado, mas separei uma frase de Oscar Wilde que é simples mas muito significativa:
"Amar é ultrapassarmo-nos."
E você onde está? Eu no momento estou dentro dos meus limites. Mas por vontade própria e porque não há ninguém pelo qual eu queira me ultrapassar. Sair dos meus limites.
segunda-feira, 5 de abril de 2010
Escolas Trogloditas
Sem querer desdobrar muito, até porque eu sei que tenho sido um pouco chato com relação a seriedade dos últimos posts, tenho que comentar a notícia que li hoje na Folha, sobre o fracasso das escolas públicas brasileiras com relação aos alunos homossexuais.
Na reportagem, é relatado por exemplo um caso de um aluno que desenvolveu um trauma com relação ao assédio que sofria na escola. É nessas horas que faz sentido o que um amigo dizia: que "na vida do gay, nada mais sofrido que a infância".
Logicamente que não vamos generalizar, mas sobretudo quando se tem atitudes mais sensíveis, é quase que por tabela que se sofre discriminação na escola. Como se o fardo da casa não bastasse. O caminho é tão longo e tão árduo pra mudar este quadro, que as vezes dói até de pensar.
*Sei que tenho estado um tanto sério esses dias, mas vou publicar textos mais light pela semana. A propósito vou deixar uma enquete pra saber o que voces querem ver aqui. Votem!
Beijos e boa semana a todos!
Na reportagem, é relatado por exemplo um caso de um aluno que desenvolveu um trauma com relação ao assédio que sofria na escola. É nessas horas que faz sentido o que um amigo dizia: que "na vida do gay, nada mais sofrido que a infância".
Logicamente que não vamos generalizar, mas sobretudo quando se tem atitudes mais sensíveis, é quase que por tabela que se sofre discriminação na escola. Como se o fardo da casa não bastasse. O caminho é tão longo e tão árduo pra mudar este quadro, que as vezes dói até de pensar.
*Sei que tenho estado um tanto sério esses dias, mas vou publicar textos mais light pela semana. A propósito vou deixar uma enquete pra saber o que voces querem ver aqui. Votem!
Beijos e boa semana a todos!
quinta-feira, 1 de abril de 2010
O Reino Troglodita
Hoje li esta pensata da Folha, que eu recomendo, do Clovis Rossi, onde ele entitulou "A Era dos Trogloditas", ele lista uma declaração do governo brasileiro sobre a ausência de "trogloditas" nesta eleição e remete aos movimentos políticos na Europa, em especial: Itália e França, onde nas ultimas eleições a direita (xenófoba) teve um expoente crescimento e nos EUA onde grupo de republicanos extremistas foi preso em uma situação pitoresca que seria cômica se não fosse trágica.
Ele liga isto ao ultimo BBB, vencido por um homofóbico praticamente declarado que fez declarações lamentáveis sobre a AIDS, culpando os gays por isto.
Seguidamente, entrei no GCliche, do Leandro, onde ele liga a vitória do Dourado no BBB a nossa própria inércia com relação a assuntos sérios e a errônea visibilidade que demos a esse dispensável ser humano.
Como disse o próprio Leandro, quando houve as assinaturas para a PL 122, e o manifesto contra a homofobia, as assinaturas - mesmo no período da parada - foram pífias e já no BBB houve uma mobilização com precedentes infinitamente superiores que acabaram focando exatamente a figura do "tal lutador" e alçando ele a "cara do Brasil": ignorante, preconceituoso, fechado. E que infelizmente não é a minoria do país.
Fico assim por dizer, triste. Porque como conversei recentemente com um amigo que está tentando ganhar a vida na Itália e outro que já reside na Suíça ha alguns anos: o quadro lá é basicamente o mesmo, a sociedade entrando em um processo de "trogloditamento" através de uma mídia combalida, programas de tv medíocres como o BBB - que já veio de fora - e que a população em massa dá audiencia e um movimento que ganha força até mesmo em meios como o universitário que deveriam se utilizar do conhecimento para desenvolver a sociedade e apenas ampliam o seu retrocesso. Querem exemplos: Geisy e os trotes violentos da UMC.
Enquanto ficarmos no sofá dizendo que não temos tempo para fazer nada mas agirmos como mais de 150 milhões de pessoas que dispendiaram do seu tempo para votar no zoológico televisivo dispensável BBB realmente não contribuiremos em nada para a mudança de uma sociedade falida como a nossa.
Relembro o ulimo post que dediquei ao assunto, onde eu disse que não adianta blindarmos nossos carros, subir o muro dos condomínios e nos cubrir de idéias falsas achando que o que está fora dos portões de nossas casas não vai nos atingir. Ou começamos a mudar com pequenos gestos ou nunca saimos do zero.
Só para quem teve tempo de votar naquela patifaria que chamam de programa, dispensem um minuto da sua vida e entrem aqui e assinem a favor deste projeto de lei, que não só ajudará você mas também toda a sociedade a tomar uma consciencia ao respeito com o próximo.
Aproveito que amanhã é sexta feira santa, dia que Jesus entregou sua própria vida pela humanidade que ele tanto amava - daí o nome deste gesto ser "Paixão" - pedir que assim como Ele disse, mesmo para quem não acredita, mas acredita no bem, colocar isto em prática: "Que amemos o próximo como a nós mesmos".
*Infelizmente a situação é tão grave que não dá nem pra fazer como a Leona, assassina vingativa e "chamar o taxi pra Paris" por que lá está quase a mesma coisa.
Ele liga isto ao ultimo BBB, vencido por um homofóbico praticamente declarado que fez declarações lamentáveis sobre a AIDS, culpando os gays por isto.
Seguidamente, entrei no GCliche, do Leandro, onde ele liga a vitória do Dourado no BBB a nossa própria inércia com relação a assuntos sérios e a errônea visibilidade que demos a esse dispensável ser humano.
Como disse o próprio Leandro, quando houve as assinaturas para a PL 122, e o manifesto contra a homofobia, as assinaturas - mesmo no período da parada - foram pífias e já no BBB houve uma mobilização com precedentes infinitamente superiores que acabaram focando exatamente a figura do "tal lutador" e alçando ele a "cara do Brasil": ignorante, preconceituoso, fechado. E que infelizmente não é a minoria do país.
Fico assim por dizer, triste. Porque como conversei recentemente com um amigo que está tentando ganhar a vida na Itália e outro que já reside na Suíça ha alguns anos: o quadro lá é basicamente o mesmo, a sociedade entrando em um processo de "trogloditamento" através de uma mídia combalida, programas de tv medíocres como o BBB - que já veio de fora - e que a população em massa dá audiencia e um movimento que ganha força até mesmo em meios como o universitário que deveriam se utilizar do conhecimento para desenvolver a sociedade e apenas ampliam o seu retrocesso. Querem exemplos: Geisy e os trotes violentos da UMC.
Enquanto ficarmos no sofá dizendo que não temos tempo para fazer nada mas agirmos como mais de 150 milhões de pessoas que dispendiaram do seu tempo para votar no
Relembro o ulimo post que dediquei ao assunto, onde eu disse que não adianta blindarmos nossos carros, subir o muro dos condomínios e nos cubrir de idéias falsas achando que o que está fora dos portões de nossas casas não vai nos atingir. Ou começamos a mudar com pequenos gestos ou nunca saimos do zero.
Só para quem teve tempo de votar naquela patifaria que chamam de programa, dispensem um minuto da sua vida e entrem aqui e assinem a favor deste projeto de lei, que não só ajudará você mas também toda a sociedade a tomar uma consciencia ao respeito com o próximo.
Aproveito que amanhã é sexta feira santa, dia que Jesus entregou sua própria vida pela humanidade que ele tanto amava - daí o nome deste gesto ser "Paixão" - pedir que assim como Ele disse, mesmo para quem não acredita, mas acredita no bem, colocar isto em prática: "Que amemos o próximo como a nós mesmos".
*Infelizmente a situação é tão grave que não dá nem pra fazer como a Leona, assassina vingativa e "chamar o taxi pra Paris" por que lá está quase a mesma coisa.
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