A Parada Gay de São Paulo vem chegando e com toda ela me vem também uma série de questionamentos: Quem sou eu nessa hora?
Me recordo das boates cheias de corpos devidamente esculpidos, de baladas como a TW, a Blue, a Bubu ou a Flexx fervendo até o último com os "visitantes" invadindo a cena da cidade.
- Quem sabe não pego um gringo? disse um colega no telefone ontem.
Nessa, eu me recordo de um post do Leandro sobre a frivolidade do pessoal e a busca incessante pelo prazer, pelo "novo", uma manada de caras que passaram os ultimos meses dando tudo de si na academia pra se exibir agora na parada.
Seria de uma hipocrisia ímpar da minha parte dizer que não gosto de nada disso. Até porque de uma forma ou de outra eu faço parte e frequento - a volte - esses lugares. Inclusive nos anos anteriores, fiz e desfiz, beijei um número de caras que nem me recordo da quantidade em diversos lugares... mas... e aí?
Beleza, que é uma boa oportunidade para encontrar pessoas, mas me sinto um tanto quanto deslocado desta vez. Não estou dizendo que o lance é ser um santo, até porque além de não ser, eu não recomendo isto a ninguém. Talvez, o grande valor da vida, é saber aproveitar de tudo um pouco sem deixar de perder a essencia do que somos.
Vejo atualmente uma espécie de tendência dos gays urbanos a uma apegação às chamadas celebrevidades-sem-cérebro mas que causam e são levadas a sério pela mídia.
Voce conversa com uma das alcatras que desfilam na boate, fazendo carão e os caras não sabem uma unha de economia, detestam política (ah não me diga?), nunca ouviram falar de um livro que voce citou (alias leitura pra que não é?), diz que odeia teatro porque é "chato" e não "tem paciência" de apreciar, tudo de cultura musical que conhecem se resume a farmácia loira do pop: Madge/Xtina/Brit/Gaga e etc, fazem uma cara de repolho-sem-sal quando voce comenta de MPB e mesmo de D&G dos pés a cabeça, falam como o português de um estudante de ensino médio de escola pública que mal sabe arregimentar as idéias. Não é errado não levar de vez em quando as coisas a sério, o problema é quando somente se faz isso. Quando se caminha nesse sentido, chega-se no poço da arrogância e ignorância.
E nem me é cômodo apenas afirmar isso, o problema é quando você passa a perceber que nos lugares que frequenta, achar alguém com quem se possa perder 10 minutos de conversa é tão dificil quanto achar uma agulha num palheiro.
Por isso eu devo me dedicar mais a rever alguns amigos de longe que visitam a nossa Sampa - que é o grande legal disso tudo - do que se matar pra entrar nas festas hipe que estão rolando, - que inclusive a 15 dias já tem gente me pedindo pra ir - ou fazer o que muita gente faz de se jogar nas saunas que ficam insuportávelmente lotadas durante esta semana como banco em dia de pagamento.
Quem quiser só me clicar off no msn e a gente se tromba ai, dentro das possibilidades!
*Sim, este post tem muita coisa parecida com o do L. porque eu realmente adorei como ele resumiu tudo isso.
**Parabéns a tutti i oriundi, hoje é nosso dia!
Me recordo das boates cheias de corpos devidamente esculpidos, de baladas como a TW, a Blue, a Bubu ou a Flexx fervendo até o último com os "visitantes" invadindo a cena da cidade.
- Quem sabe não pego um gringo? disse um colega no telefone ontem.
Nessa, eu me recordo de um post do Leandro sobre a frivolidade do pessoal e a busca incessante pelo prazer, pelo "novo", uma manada de caras que passaram os ultimos meses dando tudo de si na academia pra se exibir agora na parada.
Seria de uma hipocrisia ímpar da minha parte dizer que não gosto de nada disso. Até porque de uma forma ou de outra eu faço parte e frequento - a volte - esses lugares. Inclusive nos anos anteriores, fiz e desfiz, beijei um número de caras que nem me recordo da quantidade em diversos lugares... mas... e aí?
Beleza, que é uma boa oportunidade para encontrar pessoas, mas me sinto um tanto quanto deslocado desta vez. Não estou dizendo que o lance é ser um santo, até porque além de não ser, eu não recomendo isto a ninguém. Talvez, o grande valor da vida, é saber aproveitar de tudo um pouco sem deixar de perder a essencia do que somos.
Vejo atualmente uma espécie de tendência dos gays urbanos a uma apegação às chamadas celebrevidades-sem-cérebro mas que causam e são levadas a sério pela mídia.
Voce conversa com uma das alcatras que desfilam na boate, fazendo carão e os caras não sabem uma unha de economia, detestam política (ah não me diga?), nunca ouviram falar de um livro que voce citou (alias leitura pra que não é?), diz que odeia teatro porque é "chato" e não "tem paciência" de apreciar, tudo de cultura musical que conhecem se resume a farmácia loira do pop: Madge/Xtina/Brit/Gaga e etc, fazem uma cara de repolho-sem-sal quando voce comenta de MPB e mesmo de D&G dos pés a cabeça, falam como o português de um estudante de ensino médio de escola pública que mal sabe arregimentar as idéias. Não é errado não levar de vez em quando as coisas a sério, o problema é quando somente se faz isso. Quando se caminha nesse sentido, chega-se no poço da arrogância e ignorância.
E nem me é cômodo apenas afirmar isso, o problema é quando você passa a perceber que nos lugares que frequenta, achar alguém com quem se possa perder 10 minutos de conversa é tão dificil quanto achar uma agulha num palheiro.
Por isso eu devo me dedicar mais a rever alguns amigos de longe que visitam a nossa Sampa - que é o grande legal disso tudo - do que se matar pra entrar nas festas hipe que estão rolando, - que inclusive a 15 dias já tem gente me pedindo pra ir - ou fazer o que muita gente faz de se jogar nas saunas que ficam insuportávelmente lotadas durante esta semana como banco em dia de pagamento.
Quem quiser só me clicar off no msn e a gente se tromba ai, dentro das possibilidades!
*Sim, este post tem muita coisa parecida com o do L. porque eu realmente adorei como ele resumiu tudo isso.
**Parabéns a tutti i oriundi, hoje é nosso dia!
Fisofolando, né?
ResponderExcluirPegar, ficar, amar... VAmos viver!
Acho que tudo é uma questão do momento de cada um mesmo. No fundo o que todos nós queremos é ser felizes e cada um busca sua felicidade onde acredita que ela esteja... Num outro momento vc achou q estava lá, agora acredita estar em outro lugar... E assim segue a humanidade!!!
ResponderExcluiro que é parada mesmo?
ResponderExcluirbem querido, parada gay virou isso né? fazer o que? nem falo mais nada a respeito...
ResponderExcluirbeijoooooos
hum... nunca fui numa parada gay pq tenho medo de sair na tv e minha familia inteira saber. ok,ok mtos hts vão,mas aí até explicar... rs
ResponderExcluirrealmente hj em dia tb estou achando mta gente mto futil q anda me irritando... dá até desanimo de sair... mentira! mas d conhecer mais gente sim... rs
abraço!
Eu não sei uma unha de economia, Detesto política, não conheço nada de livros, nem de teatro, e nem sou uma alcatra. Isso é mal? =o
ResponderExcluirMas o estranho é que tem tanta gente legal perdida por ai, com que poderíamos ter minutos agradáveis de conversa... mas cadê, que a gente nunca acha?
Beijos SAM!
Eu fui em apenas uma parada, a do ano passado, e não pretendo voltar a participar de alguma.
ResponderExcluirTudo o que voce resumiu no seu post passa pela minha cabeça atualmente. Alguns me chamam de velho por nem sair mais, nao ir em baladas.
Gostaria também de encontrar amigos que nao vejo faz um tempo.
Fala garoto rsrsrs...
ResponderExcluirBom ter recebido sua visita em nosso blog.
Adorei seu post. O importante é viver, amar, mas se reconhecer e conceituar não só nesse tempo de paradas gays mundo afora, é sem dúvida o nosso desafio.
Bju e apareça sempre.
Jay
SAM, concordo plenamente com vc. As pessoas encaram mtas vezes a parada como uma grande micareta gay a céu aberto. Um movimento importante que funciona para reivindicar os direitos esvazia-se no conteúdo pela conduta dos participantes. Enfim, é oq acontece. É válida como manifestação, apesar de mtas vezes a imprensa supervalorizar apenas o lado bizarro da coisa. Abraço grande
ResponderExcluircriticar costumes da sociedade contemporanea com estilo e inteligencia me conquistam como leitor na hora.
ResponderExcluirNossa, não conhecia esse seu blog. Adorei o lado sério do SAM!
ResponderExcluirQuanto a parada, nunca fui e esse ano não foi diferente. Não quero participar disso, não tem o menor cunho social mais. Virou um dark room aberto, acho muito triste.
Claaaaaaro, que falo isso porque namoro e tal. Mas se fosse solteiro, faria como vc. Não é ser santo, é ser um cadim mais exigente...