Pessoas me observavam.
Comecei a admirá-lo a ali buscar respostas para minhas perguntas.
Parecia que ainda estava sob o efeito das palavras que me cortaram o coração - diga-se de passagem mais uma vez.
Estavamos indo bem, apenas não esperava que ele tivesse o mesmo desfexo do caso anterior.
Poucas palavras. Objeção. Surpresa.
Invece no, non c'e più tempo per spiegare
per chiedere, se, ci avrevo datto amore
io sono qui e avrei da dire....ancora
(Talvez não, há mais tempo para explicar
e perguntar se te dei amor suficiente
estou aqui e vou dizer... ainda)
Ali olhei bem fundo nos seus olhos e apesar da tristeza que sentia percebi. Não era você. Definitivamente.
Portanto continuamos a conversar, agora como dois amigos, disfarçando a tristeza e prometendo não sumir.
Escutei alguns conselhos. Alguns de um ouvido ao outro.
Despedimos e a distância foi encurtada ao inverso das vezes passadas que atravessávamos a Rebouças bem além só para estar mais tempo juntos.
Io non so ripeterle, io non riesco a dirmi più
Invece no, qui piove noi ricordi, anche vorrei di più
la smetere se tardi....
(Não posso repeti-las - as palavras - e não as direi mais
Talvez não, e chovem nossas recordações, ainda quero
mesmo sendo tarde...)
Mas quem disse que o amor é pra ser triste?
Não, eu não acredito no amor de sofrimento que as pessoas pregam por aí.
Ele também possui sofrimento mas ele é principalmente alegria, felicidade.
Mãos suadas. Coração acelerado. Sorrisos abertos. Olhar brilhante.
Isso não tinhamos e se era assim não era amor. Se não o era, então nada era...
Por isso apesar do andar desnorteado pelas ruas da parte ocidental da cidade grande, me alivio por ter no coração ainda aquilo que tanto tentaram me tirar. A esperança.
Meu coração descansa agora, porque já lutou de mais, mas não perdeu a guerra.
Precisa apenas de tempo e munição pois enfrentou muitas batalhas em vão nos últimos tempos.
Oggi è tardi. Oggi invece no.
(Hoje é tarde. Mas talvez não)
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