Me perdi, me encontrei nessas estradas do destino achei e perdi meu principe varias vezes meu coração saltou grande dentro do peito que mal nele cabia outras ele desaparecia, como se eu tivesse ficado oco. Meu sexo era algo transcendental, que extrapolava todos os limites eu penetrava dentro de mim mesmo e dentro de ti eramos um só em corpo e alma. Me empobreci e isso para mim se deteriorou, perdeu sua nobreza seu sabor. Perdi meus sentidos, perdi meus sonhos. Nas noites sem sono olhava para o céu, olhava atentamente as estrelas tentando recuperar dentro de mim quem eu sempre fui. Não existem mais os poemas, não existem mais os amores a minha vida desapareceu junto com as poesias escritas em bancos de ônibus ou nas noites iluminadas pelo computador sem sono. Esqueci todos, esqueci tudo não há ninguém nas minhas memórias não há ninguém nos meus bilhetes, nas minhas poesias uma alma selada. Sozinha. Perdeu se os dias em que eu tinha a certeza de que te encontraria e resolvi me perder na vida, nas futilidades e esquecer disso tudo... Por isso mesmo eu queria morrer morrer este de agora, desaparecer e ressurgir novo, com esperanças e com a minha luz aquela mesma luz que me fazia sorrir mesmo nos dias nublados quando eu era inocente e dançava na chuva aquele menino que nunca perdeu as esperanças. Nunca.
A noite é funda e a lua encoberta pelas nuvens, ali bem no meio da grande metrópole me sentei sobre uma guia numa movimentada rua e comecei a olhar para o céu.
Pessoas me observavam.
Comecei a admirá-lo a ali buscar respostas para minhas perguntas.
Parecia que ainda estava sob o efeito das palavras que me cortaram o coração - diga-se de passagem mais uma vez.
Estavamos indo bem, apenas não esperava que ele tivesse o mesmo desfexo do caso anterior.
Poucas palavras. Objeção. Surpresa.
Invece no, non c'e più tempo per spiegare
per chiedere, se, ci avrevo datto amore
io sono qui e avrei da dire....ancora
(Talvez não, há mais tempo para explicar
e perguntar se te dei amor suficiente
estou aqui e vou dizer... ainda)
Ali olhei bem fundo nos seus olhos e apesar da tristeza que sentia percebi. Não era você. Definitivamente.
Portanto continuamos a conversar, agora como dois amigos, disfarçando a tristeza e prometendo não sumir.
Escutei alguns conselhos. Alguns de um ouvido ao outro.
Despedimos e a distância foi encurtada ao inverso das vezes passadas que atravessávamos a Rebouças bem além só para estar mais tempo juntos.
Io non so ripeterle, io non riesco a dirmi più
Invece no, qui piove noi ricordi, anche vorrei di più
la smetere se tardi....
(Não posso repeti-las - as palavras - e não as direi mais
Talvez não, e chovem nossas recordações, ainda quero
mesmo sendo tarde...)
Mas quem disse que o amor é pra ser triste?
Não, eu não acredito no amor de sofrimento que as pessoas pregam por aí.
Ele também possui sofrimento mas ele é principalmente alegria, felicidade.
Isso não tinhamos e se era assim não era amor. Se não o era, então nada era...
Por isso apesar do andar desnorteado pelas ruas da parte ocidental da cidade grande, me alivio por ter no coração ainda aquilo que tanto tentaram me tirar. A esperança.
Meu coração descansa agora, porque já lutou de mais, mas não perdeu a guerra.
Precisa apenas de tempo e munição pois enfrentou muitas batalhas em vão nos últimos tempos.
Hoje eu vou externar aquilo que muitos de vocês também sentem frente a um comportamento corriqueiro, especialmente no mundo gay:
A temperalidade.
Vou exemplificar com um acontecimento que ocorreu comigo - que compartilhei em parte com vocês - e com um amigo meu. Conheci um cara há mais de um mês, amigo de um amigo meu. Estavamos saindo, nos conhecendo..rolavam mensagens apaixonadas... " Escutei Laura Pausini, lembrei de você..estou com saudades..." "Meu dia tava tão ruim, mas agora com sua ligação, tudo tem mais sentido agora...beijo!"
Ou seja, havia sentimento mutuo, e tudo estava indo "teoricamente" bem até o "dia da viagem" - um dia antes do encontro de blogayros - dali em diante as comunicações foram com mensagens e ligações a contra gosto.
Agora antes de qualquer reflexão, segue o exemplo do meu amigo:
Ele conheceu um certo rapaz há exatos 15 dias. Cabelos negros. Pele levemente bronzeada. Sarado. Enfim, aquele estereótipo que os gays adoram. Durante uma semana e meia rolaram encontros, saídas, teatro e nesse tempo ocorreram mensagens no celular, ligações em várias horas do dia e brincadeiras declaratórias - por parte dele. Numa feira: - Poxa, não vai dar desconto não? É presente do namorado ó!
Apresentando e comentando com amigos: - Então você acha, o ex ficar ligando no celular do meu namorado?
Uma amiga dele: - Fulando, ele me deu um presente de aniversário onde estava no bilhete: - "Com muito carinho de X e Y"
Agora, depois disso tudo o cara virou - sem que houvesse nenhum motivo aparente ou conjuntura que levasse a isso - e mandou uma mensagem a ele do nada dizendo: " Preciso conversar contigo depois, não quero mais ficar com ninguém...." Como assim minha gente?
Foi ele que adicionou o meu amigo no orkut, foi ele quem chamou pra sair, ele que iniciou tudo e faz isso...
Eu me preocupo tanto em não magoar as pessoas e elas simplesmente tratam o sentimento dos outros como lixo? Lógico que as pessoas tem o direito de não querer mais, mas elas estão cagando para o sentimento do outro.
Custava o meu ex ter enviado uma mensagem chamando pra conversar e dar o ponto final? Custava o cara que meu amigo conheceu explicar a situação e dizer o não definitivo? Sabe porque pergunto isso? Porque nos 2 casos nenhum dos caras disse com todas as letras:
- Não curto mais de você e não faz mais sentido estarmos juntos.
Ou seja, deixaram "no ar" uma certa aura de esperança, para num futuro próximo quem sabe voltar. Ambos não foram enfáticos em nada que disseram. É como se voce tirasse o marinado da geladeira e voltasse ao freezer, pra comer uma outra hora mais tarde. Por favor né gente?
Por isso que eu sou a favor do "não". Em muitas vezes ele é bem melhor que o "sim". Fica todo mundo ciente do que está passando e vai refazer seu caminho numa outra oportunidade.
Nem todas as histórias aqui relatadas podem ser reais e algumas delas inclusive não serem minhas, assim me cabendo deixar isso claro ou não. Logo dêem espaço ao pensar que é a principal razão de escrever neste blog. Abraços.