Se dar um tapa na própria cara

Quando a gente pára pra repensar a vida é um árduo desafio.
Recentemente o final do namoro me empurrou a desengavetar projetos, fazer auto-críticas e repensar o sentido das coisas. Planos antigos como pegar firme na academia e por o inglês em dia saíram do papel, tive mais afinco na faculdade mas eu vejo que andei levando muito as coisas no laissez-faire, laissez-passer: estacionei minha vida profissional nesse ano e fui percebendo que deixo várias coisas serem empurradas com a barriga, tenho me sentido com isso desanimado para outras muitas coisas, por isso nessa minha sumida do blog, tenho tentado colocar mais coisas em prática do que escrevê-las. Se debruçar sobre as idéias é bom, mas perigoso quando a gente se acomoda a registrá-las e não executá-las.
Nesse período fui premiado com desencanto de algumas amizades, pessoas que eu percebi que se não há uma contra-partida minha, a amizade não prossegue, e decidi que se for para caminhar com menos pessoas, mas com mais certezas eu vou fazê-lo.
Tenho me sentido fraco, apegado a coisas que não vão me levar a frente, tenho recentemente tomado alguns porres como que numa tentativa fracassada de esquecer as coisas, mas, a bebadeira cura e quando você volta a vida real, seus problemas estão ali, não desapareceram com a cura da ressaca.
Talvez eu me ache, ou talvez não, apenas me sinto hoje solitário, como há muito tempo não me sentia, mas eu sei que isso passa, afinal dizem por aí que tudo na vida passa. O problema é que cada vez me sinto como em uma estrada onde a placa de 'ultima saída' se encontra mais próxima.