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quinta-feira, 19 de maio de 2011

Amor e Outras coisas que chamamos disso.

Quando era solteiro, lembro que costumava surgir casais por todos os lados. É bonito ver quando um pula o muro de casa pra dormir abraçadinho na casa do outro, quando via algum eles fazendo pequenas exigências ao outro, algo do tipo: "essa cueca você só pode usar na minha presença!" , ou quando se briga pelo filme que vão ver naquele final de semana no cinema.

Antes, achava que se namorava porque se gostava, porque se dividia sentimentos. Aprendi que se partilha histórias: Quem namora – de verdade, não quando esse termo é tratado como uma hipérbole - pretende dividir a vida, deixar na mão do outro aquilo que a gente chama de "convivência amorosa", que no fundo teimosamente chamamos de "felicidade" e eu chamo de ‘cumplicidade’. Quando alcançamos a cumplicidade com alguém, já o amamos. Nunca vi amor – de verdade – sem esse ingrediente.

A cumplicidade, segundo uma conhecida era definida assim: “(ela) é representada por aquele olhar, aquele gesto, aquele sorriso, que somente o casal sabe reconhecer e que mostra a confiança que existe entre ambos”.

Quando namoramos, a intenção é ‘ter aquela pessoa pra gente’, o que a sociedade chama de ‘casar’, então, conhecemos melhor a pessoa no namoro. Como quando a gente namora alguma coisa na vitrine, experimenta, namora na frente do espelho e decide se vai comprar ou não.

A parte boa é fácil, tiramos de letra. É muito bom amar e ser amado quando as coisas vão bem. Porém, sabemos que a vida é cheia de incertezas e não é perfeita pra sempre, que a gente erra e precisa se acertar e que, naturalmente, o outro erra e a gente tem que saber reagir.

Saber lidar com o amor, com compromisso, nunca foi fácil pra ninguém. Algumas vezes a gente cai, e é nesse ponto que devemos ter cuidado e observar: O que determina alguém não é o sucesso, ou a queda, mas com que maneira lidará com essas duas coisas. Principalmente na queda.

Aquela paixão – arrebatadora - um dia acaba, então só fica o amor, o compromisso e a convivência. O par perfeito, não se esconderá sob belos traços, menos ainda numa perfeição inatingível: você o encontrará na forma como ele lida quando erra, no valor que ele dá aos seus sentimentos.

Sua felicidade estará determinada na forma em que será tratado quando errar e qual será a reação dele quando você dizer que errou e pedir desculpas. Quando ele errar com você, se vai baixar e te ajudar juntar os pedaços, ou ficar de pé de braços cruzados, se vai te pegar no colo e enxugar suas lágrimas, chorando por ter te feito chorar, ou simplesmente observar de longe, se vai reconhecer o erro e pedir desculpas, ou simplesmente justificar e argumentar com qualquer premissa de qualquer assunto.

É bom observar estes detalhes, são coisas que vão te acompanhar e se repetir muitas vezes.

O verdadeiro amor se manifesta quando menos merecemos ser amados. E o melhor de tudo é que em situações como essas não somos agredidos e nem julgados. Afinal, quando amamos – de verdade - fazemos tudo querendo acertar.

Pergunte-se: qual importância você tem? Se ele fosse embora ou esfriasse, você o conquistaria? Será que se ele te perdesse, ele sentiria falta e tentaria te conquistar? Com o tempo você descobre até que ponto ele pode ir, então descubra, até que ponto ele vai até você 100, 50, 20% Nada? Mas antes, descubra até que ponto você iria por ele 20, 50 100%?

É na tempestade que você descobre se seu barco vai agüentar águas profundas de uma vida inteira, ou se vai afundar sem mal ter saído da margem...

Até que ponto você pode aceitar? Até que ponto ele te aceita?. Até onde você perdoa? Até que ponto ele te perdoa? Quantas chances você pode oferecer? Quantas chances ele te dá?.

Se para as perguntas a cima você disse "todas". Segure com as duas mãos e não solte mais.



***Adaptação livre de texto de um amigo. Clique aqui.

7 comentários:

  1. OLHA... Faz tempo que não me emociono assim.. e esse texto foi porrada! sem duvida um dos melhores por aqui, que tanto admiro e visito!

    fica na minha cabeça: "O par perfeito, não se esconderá sob belos traços, menos ainda numa perfeição inatingível: você o encontrará na forma como ele lida quando erra, no valor que ele dá aos seus sentimentos."

    bjo grande e otima sexta

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  2. Eu tenho um bloqueio para pensar essas coisas. Ao mesmo tempo que concordo que as pessoas só tem real noção de até onde vão quando acontece alguma desgraça. Por isso me limito a esperar acontecer um cataclisma para dar um parecer para a pessoa.

    Beijo Sam!

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  3. Bom, depois de alguns bons anos acho que já posso responder. Todas.

    Magníficos o texto e a reflexão!!!

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  4. No geral, as pessoas confundem muito amor com sexo com paixão - que são três coisas diferentes que podem ocupar o mesmo lugar. Todas as 3 são ótimas, mas a paixão e o sexo são mais fugazes.
    O gostoso é viver fazendo amor 24 horas por dia com a pessoa que a gente gosta - fazer amor nas mínimas coisas.
    Muque de Peão

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  5. Belo post...
    Nem sei mais o q é namorar, mes que vem fará 3 anos que estou solteiro...
    Apesar de que preferi me privar disso para não me prejudicar na faculdade.
    Quem muito escolhe fica só. Preciso rever meus conceitos, visto que nao ha ngm perfeito...
    Aproveite bem esse momento cara...
    Forte abraço!

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  6. Eis o post de um homem apaixonado!
    E eu entendo tão bem tudo aqui descrito.
    *suspiros*
    www.confissoesaesmo.com

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  7. Puxa!!! Tempinho que não vinha aqui. E me deparo com este texto...maravilhoso!
    Parabéns, moço!!!

    Infelizmente ainda não posso responder a nenhuma das perguntas! hehe
    Beijos

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