Atirar-se ou Guardar-se?

Na mesma rapidez que você surgiu, eu, acostumado a seguir a cartilha do cumprimento de etapas, me vi obrigado a jogá-la fora. Por uma rara vez ela não fazia nenhum sentido.
Meu desejo contigo sempre foi de queimá-las, afinal você me desloca de uma maneira diferente, mas eu ainda sou muito racional. Muito.
É como se de repente todas as borboletas dos meus sonhos voassem e eu simplesmente não aprendesse a acostumar com isso. Afinal quando a esmola é grande o santo desconfia, já diziam os sábios populares.
Escutei elogios sob resguardo, palavras sob um olhar desconfiado. Mas aos poucos, ouvir tua voz se fazia mais e mais essencial e sei lá como: fiquei rendido.
Justo eu? Rendido?
Não totalmente, porque afinal, sou alguém com os pés ainda muito fincados na terra, mas algo dentro de mim quer voar, voar pra longe...
Eu sinto coisas boas, eu te penso, te desejo. O medo e a presunção da análise-antecipada-das-situações sempre me fizeram ser objetivo. Claro. Suscinto e sem rodeios.
Você não me permitiu isso, porque você mexeu com meu interior e isso me assusta, mas dessa vez eu cansei de lutar contra meus sentimentos.
Pegarei em sua mão e iremos até onde o destino quiser que andamos.

Juntos.

Afinal o bacana da vida é tentar ser feliz não é?