Seguidores

sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

Fé, Vitórias e Finalmentes

Para quem não possui fé, parece uma idiotice creditar algo a um outro plano.
Como a maioria de vocês sabem, eu sou uma pessoa que crê em Deus. E grande parte de minha história está ligada a minha fé, não consigo me ver, sem essa parte.
Me deparei hoje com essa foto abaixo, era de um abajur de borracha que eu tinha quando tinha meus 2, 3 anos, e que usava como uma espécie de pelúcia, dormindo com ele.
Seu desenho é de um menino que está ajoelhado e rezando. Ele me faz recordar da infância difícil que tive e dos momentos que apesar de tudo se tornaram inesquecíveis e muitos que não voltarão mais. E de certa forma, toda vez que eu olho pra essa foto eu vejo um 'eu' que apesar de achar que perdi - pelas inúmeras razões que as coisas que fazemos parecem dizer - ainda tenho a certeza de que ele mora dentro de mim.
Talvez, seja esse eu que mantém acesa em mim a chama da esperança, dos sonhos, que a vida cotidiana insiste diariamente em tentar apagar.
Recentemente atravesso um período dificil, com sérias preocupações e problemas, que em muitas vezes tiraram meu sono.
Tive algumas vitórias, mas nos últimos meses, algumas áreas da minha vida desandaram e eu que apesar da fé, sou muito pragmático, tenho naufragado em ansiedade pela resolução dessas questões.
Durante certo tempo, até deste espaço saí, porque não tinha cabeça para nada.
Após muita dor-de-cabeça e apreensão, entreguei a Deus muita coisa que eu não tinha mais como agir. Percebi que há horas que não importa mais seu arrependimento ou o quanto você tente voltar atrás e refazer seu caminho: simplesmente não há mais saída.
Depois do ano novo, fui jogado de volta aos planos de vida e me vi novamente de frente a minha realidade e ainda sob a expectativa de que as coisas acontecessem.
Me crucifiquei muito, me julgando não merecedor de um olhar Divino, ou simplesmente achando que tudo estava perdido.
Hoje recebi uma boa notícia e que provavelmente trará a solução definitiva.
Estou bastante feliz e digamos que com a conclusão disso terei uma nova perspectiva.
Não serei hipócrita e não fazer algo que muito desejo: agradecer a Deus.
Se hoje chorei, foi de felicidade, foi porque dentre todos, foi o único que nunca me abandonou e que apesar de todos os erros e de todas as vezes que o esqueci, Ele nunca me esqueceu.


'We love, because he first loved us.'
John 1, 4

quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

Telefonemas, Vôos e Vozes


Quando faltavam algumas horas pro seu embarque definitivo a uma terra tão distante, finalmente a minha ficha caiu.
Ao ouvir a sua voz agora, ela não me parecia como as diversas vezes que conversávamos ao telefone, descompromissadamente, sem hora pra terminar, sem assunto pra se pautar.
Agora, ela despertou em mim algo semelhante aos primeiros dias que nos conversamos quando nos conhecemos, mas com uma saudade antecipada que me embargava, que me molhava o olhar e me fechava a garganta de uma emoção que inesperadamente me veio.
Provavelmente, porque serão menos frequentes nossas conversas-sem-motivo, nossas risadas, nossas reflexões mútuas e alguns luxos que nos dávamos enquanto estavas no Brasil, mesmo em regiões diferentes e distantes.
Ao te falar, tive de conversar sobre qualquer coisa pra que o olhar não molhasse, o que não pôde ser evitado nas horas subsequentes onde eu simplesmente me entreguei aquela carga de saudade antecipada.
Talvez, cousa do destino, que te colocou tão inesperadamente na minha vida e que te fez tão importante em tão pouco tempo, onde com semelhante velocidade agora te afasta - mas não te leva - porque isso não poderá fazer.
Me fica a saudade da tua voz, que meu ouvido se acostumou, das noites dormidas com ligação a fio, devidamente xingadas e cobradas no dia seguinte.
E não fica mais, porque sem querer, acho que um pouco de mim foi também aí contigo.
Sem vazio, porque você sabe que te amo, independente de onde estiver.
Coisa que é pra sempre sabe?
Xêro! Como você dizia.

quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

Bolsa de Estatísticas Amorosas

Dizem que a ocasião faz o ladrão.
Isso pode não ser verdade, mas muito do que você vive é absorvido pelo inconsciente e influencia na sua personalidade. É assim que ocorre no processo de amadurecimento, mas esse processo não é inteiramente benéfico.
Explico. Meu histórico de relacionamentos é relativamente tranquilo: nunca tive nenhum namorado psicopata que tentasse me bater, me matar. Nunca tive nenhuma traição que se estendesse por muito tempo, nem outro grande imbróglio duradouro ou marcante.
Recentemente, ajo como se fosse um psicólogo próprio, estudando cada reação minha: de um nervosismo repentino a um eventual acesso de carência momentânea, afim de compreender o porquê de certa emoção.
E minha despreocupação quanto ao futuro amoroso, tem sido algo que cada vez mais se consolida como uma característica minha e está ligado justamente a essa personalidade pragmática, que, sendo eu alguém que acredita muito em Deus, chega a ser uma ambiguidade curiosa.
Dia desses, num papo com amigos, comentei que acredito na felicidade sem que tenhamos de depender de alguém pra tê-la. Minha afirmação gerou muitas opniões, que diziam que o ser humano, depende do outro - essencialmente - para ser feliz.
Essas pessoas confundem a minha posição com a de alguém que não acredita no relacionamento entre duas pessoas. Apenas digo que existe uma possibilidade fora essa.
Esquecem que esse outro é tecnicamente 'aquele com quem nos relacionamos': um amigo, um familiar, por exemplo.
Vemos várias pessoas - como já comentei aqui - que suas decisões são movidas pela carência, excluem critérios, passam por cima de valores próprios: tudo em nome de uma compania afetiva.
Minhas vivências, hoje, ocupam um papel estatístico que querendo ou não, me servem de referência para identificar uma possível 'enfiada de pé-na-jaca' com um cara que seja um B.O nato, ou um 'bom partido' com qualidades.
Isso, através dessa experiência, me agregou uma objetividade - que não é 'sangue-frio' é apenas uma dose maior de realidade - suficiente para num vento forte decidir soltar o balão ou segurá-lo bem firme.

terça-feira, 18 de janeiro de 2011

Meu Dia, A Travessia e Outras Preces e Mudanças


Hoje poderia não significar nada.
Pra mim, além de uma idade nova, significa deixar pra trás o menino.
Dos sonhos que não tem levado a lugar algum e construir um futuro, de realizações.
Desejo apenas as minhas preces atendidas. Porque Você - chama-se por você alguém que se é muito próximo, então tirarei só por hoje a formalidade - sabe que só Contigo eu consigo.
E desejo Paz. E apenas isso.


...Há um tempo em que é preciso
abandonar as roupas usadas,
que já tem a forma do nosso corpo,
e esquecer os nossos caminhos,
que nos levam sempre aos mesmos lugares.
É o tempo da travessia:
e, se não ousarmos fazê-la, teremos ficado,
para sempre, à margem de nós mesmos.

Fernando Pessoa

quinta-feira, 13 de janeiro de 2011

Alface, Abobrinhas e o todo o Horti-Fruti.

Ela é a alface.
Ele é o alface.
Alface - trate de ele ou ela como quiser, não vai fazer diferença mesmo - é ignorante.
Não é um alface qualquer, é americana. Que se dane!
Torna-la superior não a fará nada mais do que ela é: Alface!
Alfaces, unicamente intolerantes, que não aceitam qualquer idéia contrária e se classificam: Americana, por favor! Me poupe: são todos alfaces! Alfaces intolerantes. Ironia!
Mas o mundo coroa os idiotas e todo alface tem seus seguidores: são os 'seguidores do alface', que por falta de tempo, simplificação barata ou por simples quêssefodismo, endossam através de comentários e recados cada abobrinha que o alface diz.
O problema é que se você endossa qualquer abobrinha, um pouco dela você se torna. Bem, nesse caso, um pouco do alface.
Abobrinhas para justificar a si mesmo: frustraçoes, manias, coitadices em suas folhas vazias compostas basicamente por água e com fundamento próprio e único: ser a folha da salada.
Suas divagações sobre sua a pobreza nutricional são apenas para obter a atenção do horti-fruti, do rabanete, da cebola - comovidos - num único intuito: a 'fama' da verdura faz com que ninguém diga na sua folha: você é um alface.
Diz que é couve. Afinal este possui uma tabela nutricional rica e balanceada: é atraente ser couve. Mas isso não se sustenta: é uma alface.
Verduras que seguem achando que todas as hortaliças são suas amigas numa ilusão vegetativa.
E ninguém gosta de lactuca - e não é um preconceito, é um fato - sem gosto, uma verdura chata, pobre, com uma tabela nutricional tão vagabunda não faria falta a família das plantae. Sua fama advém apenas da sua folha? Do que diz de suas folhas! Não se enganem.
Qual o problema de ser uma alface? Nenhum, desde que se assuma a sua vegetalidade original: Lactuca.

"Serás responsável pelas abobrinhas que disseres".

E você, também endossa muita abobrinha por ai?

segunda-feira, 10 de janeiro de 2011

O Eu Bêbado


- Você o conhece!
- Não, eu conheço o seu 'eu bêbado'. Logo, não o conheço.
- Eu o quê?
- 'Eu bêbado'.
- Como assim?
- Os poetas expressavam sentimentos que realmente não sentiam, tratando-os assim por escrevê-los pelo seu 'eu lírico'.
- E dai?
- Hoje, existem pessoas que você só a conhece 'calibrada', louca na balada, 'no doce', e que provavelmente você raramente a verá sóbria. Alguém com encosto de Amy Winehouse.
Ou seja, você não sabe de fato como ela é. Você conhece o 'eu bêbado' dela.
- E quem está bêbado não é si mesmo?
- Não, o 'eu bêbado' tem uma personalidade própria e diferente do seu eu real.
- Então o 'eu bêbado' é um fake?
- 99% dos casos.
- Simples assim?
- Sim, não se admite isso porque se tomou como convenção estar-se bêbado pra ser feliz, mas a partir do momento que sua felicidade depende de algo sintético, é uma felicidade falsa ok?
- Interessante, mas ainda estranho.
- Sim, e seu 'eu real' geralmente tem alguma 'perda de personalidade' pra que o 'eu bêbado' aflore.
- Tão Freudiano isso...
- Seria Smirnoffiano talvez...

quinta-feira, 6 de janeiro de 2011

Expectativas

"Tudo na vida depende de você mesmo"

Quando descobri que essa frase era a mais pura mentira, descobri que nem sempre somos incapazes de realizar feitos a nosso futuro, mas que nossas ações são impossíveis de determinar todo o rumo da história. Mas apenas parte dele.
Mudanças que precisavam ser feitas, já ocorreram.
Se isso resolveu a situação? Só o tempo poderá dizer.
Mas, enquanto o tempo não diz, eu não vivo: não consigo viver sem perspectivas, sem rumos e como um carro numa estrada dentro de um nevoeiro eu não posso enxergar um palmo a minha frente, prefiro parar o carro no acostamento e ver se a neblina baixa.
Portas fechadas a tudo e a todos.
Quem sabe o futuro não traz sol e baixa a neblina?
Quando o que queremos não está mais em nossas mãos, a palavra de ordem é esperança. Ou , como queiram...

....vivemos esperando, dias melhores. (...)
Vivemos esperando, o dia em que seremos melhores...

terça-feira, 4 de janeiro de 2011

Ciclos-Covardes, Falta de Personalidade e Desculpas-Esfarrapadas



'Não confio em ninguém, hoje nenhum homem presta.'
'Não quero relacionamento porque ninguém hoje quer nada'

É comum, em rodas de amigos, escutarmos uma série de ditados-prontos sobre que 'hoje ninguém quer mais nada' e logo não devemos confiar e todo-mundo-sabe-o-resto.
O discurso prático e simplista, tenta nos expiar de qualquer culpa com nossas ações justificando elas a partir do outro, que, como dizem: Homens hoje não valem nada.
Se você condiz sua conduta a partir do outro apenas e ele é um canalha, obviamente que 'por tabela' você virará outro canalha.
Simples assim.
Infelizmente isso, não é percebido por muita gente.
Quando escuto alguém, parafraseando idéias como as frases selecionadas e que viram pra mim e dizem:
' - Eu sei que é dificil né? Hoje em dia..'
Eu gentil-equinamente respondo:
' - A propósito, a minha situação não tem nenhuma conexão com o que você diz'.
Minha situação é a de alguém que não quer mais e ponto.
Situação semelhante foi quando decidi terminar uma relação pré-namoro onde ele gostava, mas eu não e ouvi seguinte pseudo-conselho quando informei que ele era bacana, se dedicava a mim e coisas mais...
' - Mas ele gosta de você, porque não volta?"
' - Qual a parte do 'eu não quero' você não entendeu?'
Numa idéia de que se 'eu não aproveitar a oportunidade agora' ela pode passar.
Quando se fica com alguém, sem que haja um real interesse, é uma situação fadada a traições e toda sorte de adjetivos ruins que conhecemos de cór.
Essa dualidade de comportamento cria o que chamamos de '8 e 80': Aqueles que se utilizam do comportamento dos outros para justificar sua falta de interesse por manter um relacionamento sem que precisem assumir isso e aqueles que acham que tem de achar seu amor até que o ultimo metrô saia da estação Tucuruvi com destino ao Jabaquara.
Existe uma 'data limite' pra encontrar o grande amor? Por favor, não me avisem, pouco me importa.
Voltando ao tema inicial, vivemos a confiança de nossa atitude 'a partir do próximo' num misto de falta de personalidade e de coragem. E assim, todos vão andando em circulos porque ninguém toma a atitude de fechar esse ciclo de covardia e muitos vão conduzindo relações 'nas coxas' apenas para não ficar sozinhos e assim seguem tranquilos já que não possuem culpa nenhuma não é mesmo?
Agora pude compreender porque Jesus dizia que devemos 'oferecer a outra face': interrompemos o ciclo de violência. E se raciocinarmos um pouco mais, fazendo como o outro, nos tornamos - por menos que seja - ele mesmo.