quinta-feira, 30 de dezembro de 2010
2011!
Não posso citar ninguém aqui, porque seria de uma imensa injustiça.
Mas, quero agradecer a cada um que passou aqui, que deixou um pouco de si e levou um pouco de mim consigo.
Eu, que me proponho a fazer uma escrita simples, descompromissada, direta e se possível que possa aqui trazer um pouco de luz aos nossos pensamentos e lá divertir um pouco nosso dificil dia-a-dia, quero deixar um grande beijo/abraço a quem perdeu algum tempo desse ano por essas bandas.
Aprendi muito com as pessoas que passam aqui e algumas ficaram pela minha vida.
Esse blog me trouxe muitas pessoas que adoro e isso é algo que devo a ele.
Por isso agradeço por em 2010 e em anos anteriores, tanta gente fabulosa ter passado e ficado por aqui.
Esqueci até de agradecer as mais de 100 mil visitas ai contadas pelo ano e pedir minhas desculpas a quem não pude dar a devida atenção.
Só posso desejar em 2011 a vocês: paz, saúde, felicidade e prosperidade!
Vamos olhar mais pra si mesmo e em volta de nós. Que sejamos melhores: o pouquinho que for, já fará uma diferença!
Que estejamos juntos mais tempo, se possível muito mais tempo!
Feliz 2011!
quarta-feira, 29 de dezembro de 2010
Stop
Amiga: Que foi?
Eu: Nada.
- Não acredita mais no amor?
- Não!
- Porque?
- Porque ele é mentiroso.
- Perdoe-o.
- Não, quando se desaponta, perde-se a confiança. Não posso confiar mais nele.
- Voce fala como se ele fosse alguém.
- É bem por ai.
- E se ele se mostrasse bondoso contigo?
- Não teria mais como acreditar, não confio nele.
- E se viesse carinho?
- Quando a esmola é grande, o santo desconfia.
- Credo.
- Ser realista nunca foi ser agradável. Acostume-se a isso.
- Todos não são iguais.
- Mas, sou como um delegado plantonista: ficho tragédias todos os dias, é normal que trate isso como padrão.
- Fazer isso sempre só te impede as oportunidades.
- Esse é o problema: dar chances cansa e entedia, quando as 285 que voce faz tem o mesmo resultado.
- E qual é a solução?
- Pra mim? Descansar minha cara, descansar!
Eu: Nada.
- Não acredita mais no amor?
- Não!
- Porque?
- Porque ele é mentiroso.
- Perdoe-o.
- Não, quando se desaponta, perde-se a confiança. Não posso confiar mais nele.
- Voce fala como se ele fosse alguém.
- É bem por ai.
- E se ele se mostrasse bondoso contigo?
- Não teria mais como acreditar, não confio nele.
- E se viesse carinho?
- Quando a esmola é grande, o santo desconfia.
- Credo.
- Ser realista nunca foi ser agradável. Acostume-se a isso.
- Todos não são iguais.
- Mas, sou como um delegado plantonista: ficho tragédias todos os dias, é normal que trate isso como padrão.
- Fazer isso sempre só te impede as oportunidades.
- Esse é o problema: dar chances cansa e entedia, quando as 285 que voce faz tem o mesmo resultado.
- E qual é a solução?
- Pra mim? Descansar minha cara, descansar!
segunda-feira, 27 de dezembro de 2010
O óbvio de fim de ano
Florianópolis. Camboriú. Aliás, Floripa né? Com a voz de 'colégammm na fila do Glória'.
São Vicente, Guarujá. Rio. Salvador.
Academias incessantes nas duas ultimas semanas e bronzeamento artificial.
Peeling.
Caras maquiados pra balada.
Bebida sem limites, musica que estourou meu tímpano. O esquerdo.
Conversas vazias, ascendência rápida de atendente a analista.
Avareza a lotes com 100 unidades.
D&G, Calvin Klein e um vômito.
Vários beijos.
Ativo de mercado rápido não fica parado. Não mesmo. Logo está em outros braços.
O mesmo tribal. O mesmo house.
As mesmas tatuagens. Respeitarei aqui, não comentar a geometria ou temática dos desenhos.
Tudo do mesmo e padronizado.
Todos padronizados. Homogeneizados.
Eles são o óbvio.
Mas até o que é óbvio, um dia volta ao normal.
Senhor, livrai-me do óbvio. Amém.
quarta-feira, 22 de dezembro de 2010
Horizontes, Derrotas e Desafios
Talvez um pouco mais de vodka ajudasse.
Pra quem não sabe ela é minha única paixão alcoólica, mas como toda paixão exclusiva é duradoura.
Perder uma paixão é algo que nos desconstrói, é um terremoto que derruba um edifício inteiro, por melhor que seja sua sustentação.
Mesmo eu, acostumado a perder as paixões da vida, pelas quais não mais me apaixono, perder a paixão da alma me parece grave e ímpar.
As vezes nossas preces não são suficientes pra modificar o rumo da vida, mas existe um hiato entre qualificar isso como bom ou ruim.
O que importa? Observar com olhar crítico, cético e objetivo os erros e traçar um rumo e persegui-lo.
Como os terremotos que arrasam cidades inteiras, essas, por si só se reconstroem e tentam voltar a vida normal.
Fazendo um paralelo - novamente - com as cidades japonesas, dessa vez - quem sabe - poder reerguer um futuro num lugar onde ele não possa ser destruído jamais.
Rasgar idéias, derreter vícios, queimar erros e plantar o caminho novo a seguir.
Minha 'beast within' ganhou. Mais uma vez. Uma pena.
Pra quem não sabe ela é minha única paixão alcoólica, mas como toda paixão exclusiva é duradoura.
Perder uma paixão é algo que nos desconstrói, é um terremoto que derruba um edifício inteiro, por melhor que seja sua sustentação.
Mesmo eu, acostumado a perder as paixões da vida, pelas quais não mais me apaixono, perder a paixão da alma me parece grave e ímpar.
As vezes nossas preces não são suficientes pra modificar o rumo da vida, mas existe um hiato entre qualificar isso como bom ou ruim.
O que importa? Observar com olhar crítico, cético e objetivo os erros e traçar um rumo e persegui-lo.
Como os terremotos que arrasam cidades inteiras, essas, por si só se reconstroem e tentam voltar a vida normal.
Fazendo um paralelo - novamente - com as cidades japonesas, dessa vez - quem sabe - poder reerguer um futuro num lugar onde ele não possa ser destruído jamais.
Rasgar idéias, derreter vícios, queimar erros e plantar o caminho novo a seguir.
Minha 'beast within' ganhou. Mais uma vez. Uma pena.
sexta-feira, 17 de dezembro de 2010
Chama Acesa
Sempre haverá uma chama.
Chame-a do que quiser.
De esperança, de otimismo.
De fé.
Uma chama acesa que nunca se apagará.
Nem pelas dificuldades,
nem pelos muros que nos serão erguidos,
nem pelas estradas que nos serão obstruídas,
nem pelo medo,
nem pelo fim - ou não - que se aproxima.
A chama dos nossos sonhos,
dos nossos desejos.
Uma chama que definirá o que somos
e até onde poderemos alcançar.
Chame-a do que quiser.
De esperança, de otimismo.
De fé.
Uma chama acesa que nunca se apagará.
Nem pelas dificuldades,
nem pelos muros que nos serão erguidos,
nem pelas estradas que nos serão obstruídas,
nem pelo medo,
nem pelo fim - ou não - que se aproxima.
A chama dos nossos sonhos,
dos nossos desejos.
Uma chama que definirá o que somos
e até onde poderemos alcançar.
Orem - ou torçam - pra que a chama permaneça sempre acesa.
Se puderem fazer isso pela minha, os agradecerei.
sábado, 11 de dezembro de 2010
Adeus Temporário
Temporáriamente deixarei as atividades do blog.
Temporariamente.
Ocorreram alguns problemas que exigirão muito mais de mim do que imaginava para solucioná-los. É um momento complicado e me desvincular do blog, ajuda a colocar a cabeça em ordem.
Assim ocorrerá com o twitter, talvez msn e meu perfil pessoal.
Agradeço a todos os meus leitores, aqueles que esporádicamente leem tanto o Close quanto o Eterno Garoto, aos leitores que comento e sobretudo aos blogs amigos e leitores que ficaram amigos nessa caminhada. Agradeço ao carinho, aos emails, aos encontros e alguns a sua presença no dia a dia, mesmo que num telefonema ou msn.
Seria impossível nomear todas as pessoas, mas as que mais estiveram presentes recentemente, de tantas, desisti de fazê-las!
Resolvi assumir meus defeitos, vícios e outras questões, para que assim talvez possa corrigir o curso de algumas situações recentes.
Quero deixar um abraço e um beijo a cada um e a quem puder e quiser.. lembre-se de mim em suas preces nesta semana? Pode ser só um minutinho! e pra quem não acredita: uma força positiva!
O importante é não deixar de lutar. Nunca.
Eu volto em breve, não se preocupem!
É a hora de enfrentar minha beast within.
I have to keep believing...
quarta-feira, 8 de dezembro de 2010
Traição, Fachadas e Trepador21cm
Lindo e gostoso.
Sim, porque lindo é uma coisa. Gostoso é outra. Reunir as duas coisas é coisa que poucos conseguem.
Sorte a dele.
Tem namorada.
Mas estava lá. Aliás, estavamos lá.
Conjugar os tempos verbais ocasionalmente é imprescindível quando se deseja passar algo.
Ele beijava loucamente, dono de um corpo escultural e tinha o membro rijo, tão escultural quanto seu corpo. Uma bunda que óbviamente não tinha como não despertar desejo.
Escultural por completo.
Me beijava e comprimia teu corpo contra o meu avalassadoramente, como se aquele momento fosse o último. Vencendo inclusive a mim, um compulsivo sexual nato.
Eu, apenas aproveitava e observava aquilo. Sim. Sei lá porque o observava. Não pela beleza, mas pela atitude.
Eu não sabia sobre sua namorada. Ainda bem? Talvez.
Após tudo, danamos a conversar e me contou sobre ela e a vida.
Agora eu já sabia.
Disse que costumava sair com amigos e pegava uns caras.
Na minha cabeça me passava o porquê...
Desisti de compreender.
Podem haver inúmeros motivos que levem a uma traição, uma série delas, mas tem questões da vida que são tão evidentes, que me sinto consternado a não pensar em quem age assim com dó. Talvez sua beleza evidenciou isso um pouco.
Mesmo sendo o trepador21cm.
Mesmo ele.
Ah, durante nosso encontro percebi que ele não é só trepador tambem.
Pensei nele depois, pensei nela.
E pensei que não importam os motivos e as razões: traição é traição de qualquer jeito. Ponto.
É como quem diz que acredita em reencarnação e ressureição. São distintos. Ponto.
Quantos trepadores21cm existem por ai? Muitos deles.
Muitos mesmo, o suficiente pra certa visita a local de referência longínqua ter encontrado uns 10 deles numa noite.
Alguns namorados, alguns casados. Com filhos, lindos, como contaram três deles.
Quantos trepadores21cm estão ai de fachada na sociedade?
O importante não é enumera-los ou justifica-los.
É náo se tornar um deles.
Sim, porque lindo é uma coisa. Gostoso é outra. Reunir as duas coisas é coisa que poucos conseguem.
Sorte a dele.
Tem namorada.
Mas estava lá. Aliás, estavamos lá.
Conjugar os tempos verbais ocasionalmente é imprescindível quando se deseja passar algo.
Ele beijava loucamente, dono de um corpo escultural e tinha o membro rijo, tão escultural quanto seu corpo. Uma bunda que óbviamente não tinha como não despertar desejo.
Escultural por completo.
Me beijava e comprimia teu corpo contra o meu avalassadoramente, como se aquele momento fosse o último. Vencendo inclusive a mim, um compulsivo sexual nato.
Eu, apenas aproveitava e observava aquilo. Sim. Sei lá porque o observava. Não pela beleza, mas pela atitude.
Eu não sabia sobre sua namorada. Ainda bem? Talvez.
Após tudo, danamos a conversar e me contou sobre ela e a vida.
Agora eu já sabia.
Disse que costumava sair com amigos e pegava uns caras.
Na minha cabeça me passava o porquê...
Desisti de compreender.
Podem haver inúmeros motivos que levem a uma traição, uma série delas, mas tem questões da vida que são tão evidentes, que me sinto consternado a não pensar em quem age assim com dó. Talvez sua beleza evidenciou isso um pouco.
Mesmo sendo o trepador21cm.
Mesmo ele.
Ah, durante nosso encontro percebi que ele não é só trepador tambem.
Pensei nele depois, pensei nela.
E pensei que não importam os motivos e as razões: traição é traição de qualquer jeito. Ponto.
É como quem diz que acredita em reencarnação e ressureição. São distintos. Ponto.
Quantos trepadores21cm existem por ai? Muitos deles.
Muitos mesmo, o suficiente pra certa visita a local de referência longínqua ter encontrado uns 10 deles numa noite.
Alguns namorados, alguns casados. Com filhos, lindos, como contaram três deles.
Quantos trepadores21cm estão ai de fachada na sociedade?
O importante não é enumera-los ou justifica-los.
É náo se tornar um deles.
segunda-feira, 6 de dezembro de 2010
Acostumar. Se.
"Eu sei que a gente se acostuma.
Mas não devia.
A gente se acostuma a morar em apartamentos de fundos e a não ter outra vista que não as janelas ao redor.
e porque não tem vista, logo se acostuma a não olhar para fora.
E porque não olha para fora, logo se acostuma a não abrir de todo as cortinas.
E porque não abre as cortinas, logo se acostuma a acender cedo a luz.
E à medida que se acostuma, esquece o sol, esquece o ar, esquece a amplidão.
A gente se acostuma a acordar de manhã sobressaltado porque está na hora.
A tomar o café correndo porque está atrasado.
A ler o jornal no ônibus porque não pode perder o tempo da viagem.
A comer sanduíche porque não dá para almoçar.
A sair do trabalho porque já é noite.
A cochilar no ônibus porque está cansado.
A deitar cedo, e dormir pesado sem ter vivido o dia.
A gente se acostuma a esperar o dia inteiro e ouvir no telefone: hoje não posso ir.
A sorrir para as pessoas sem receber um sorriso de volta.
A ser ignorado quando precisava tanto ser visto.
A gente se acostuma a pagar por tudo o que deseja e o de que necessita.
E a lutar para ganhar o dinheiro com que pagar.
E a pagar mais do que as coisas valem.
E, a saber, que cada vez pagará mais.
E a procurar mais trabalho, para ganhar mais dinheiro, para ter com que pagar nas filas em que se cobra.
A gente se acostuma à poluição.
Às salas fechadas de ar condicionado e cheiro de cigarro.
À luz artificial de ligeiro tremor.
Ao choque que os olhos levam na luz natural.
Às bactérias de água potável.
A gente se acostuma a coisas demais, para não sofrer.
Em doses pequenas, tentando não perceber, vai afastando uma dor aqui, um ressentimento ali, uma revolta acolá.
Se a praia está contaminada, a gente molha só os pés e sua no resto do corpo.
Se o cinema está cheio, a gente se senta na primeira fila e torce um pouco o pescoço.
Se o trabalho está duro a gente se consola pensando no fim de semana.
E se com a pessoa que a gente ama, à noite ou no fim de semana não há muito o que fazer, a gente vai dormir cedo e ainda fica satisfeito porque tem sempre sono atrasado.
A gente se acostuma para não ralar na aspereza, para preservar a pele.
Se acostuma para evitar feridas, sangramentos, para poupar o peito.
A gente se acostuma para poupar a vida.
Que aos poucos se gasta e se gasta de tanto se acostumar, e se perde em si mesma."
Clarice Lispector
Mas não devia.
A gente se acostuma a morar em apartamentos de fundos e a não ter outra vista que não as janelas ao redor.
e porque não tem vista, logo se acostuma a não olhar para fora.
E porque não olha para fora, logo se acostuma a não abrir de todo as cortinas.
E porque não abre as cortinas, logo se acostuma a acender cedo a luz.
E à medida que se acostuma, esquece o sol, esquece o ar, esquece a amplidão.
A gente se acostuma a acordar de manhã sobressaltado porque está na hora.
A tomar o café correndo porque está atrasado.
A ler o jornal no ônibus porque não pode perder o tempo da viagem.
A comer sanduíche porque não dá para almoçar.
A sair do trabalho porque já é noite.
A cochilar no ônibus porque está cansado.
A deitar cedo, e dormir pesado sem ter vivido o dia.
A gente se acostuma a esperar o dia inteiro e ouvir no telefone: hoje não posso ir.
A sorrir para as pessoas sem receber um sorriso de volta.
A ser ignorado quando precisava tanto ser visto.
A gente se acostuma a pagar por tudo o que deseja e o de que necessita.
E a lutar para ganhar o dinheiro com que pagar.
E a pagar mais do que as coisas valem.
E, a saber, que cada vez pagará mais.
E a procurar mais trabalho, para ganhar mais dinheiro, para ter com que pagar nas filas em que se cobra.
A gente se acostuma à poluição.
Às salas fechadas de ar condicionado e cheiro de cigarro.
À luz artificial de ligeiro tremor.
Ao choque que os olhos levam na luz natural.
Às bactérias de água potável.
A gente se acostuma a coisas demais, para não sofrer.
Em doses pequenas, tentando não perceber, vai afastando uma dor aqui, um ressentimento ali, uma revolta acolá.
Se a praia está contaminada, a gente molha só os pés e sua no resto do corpo.
Se o cinema está cheio, a gente se senta na primeira fila e torce um pouco o pescoço.
Se o trabalho está duro a gente se consola pensando no fim de semana.
E se com a pessoa que a gente ama, à noite ou no fim de semana não há muito o que fazer, a gente vai dormir cedo e ainda fica satisfeito porque tem sempre sono atrasado.
A gente se acostuma para não ralar na aspereza, para preservar a pele.
Se acostuma para evitar feridas, sangramentos, para poupar o peito.
A gente se acostuma para poupar a vida.
Que aos poucos se gasta e se gasta de tanto se acostumar, e se perde em si mesma."
Clarice Lispector
quinta-feira, 2 de dezembro de 2010
Acostumar: Fechar ou Permitir?
Acostumar-se com a solidão é tão difícil quanto o contrário.
Explico: Você dividiu a vida com alguém, 2, 5, 10, 15 anos... jantares, almoços, finais de semana, planos. Uma série de coisas, e aí vamos supor que você tenha de se acostumar a não ter mais tudo isso. É dificil.
Não ter mais as ligações, as satisfações dadas, o compartilhamento dos planos, dos projetos, as reclamações - nessa hora dá uma saudade delas - as implicâncias, que agora sob o olhar da solidão, não dão mais irritação, dão uma saudade, uma imensa saudade no peito.
O lugar vago no carro, aquele sanduíche de picanha sem a compania.
A cama vazia - certamente o golpe certeiro e inquestionável de todos - sem o calor do seu abraço numa noite fria.
Toda a faxina feita no quarto ainda não é suficiente pra apagar. Pode se apagar?
Não pode.
Pode.
Pode?
Bem, alguns conseguem. São tidos como ímpar aos demais.
Bem assim, o contrário: os amigos insistindo pra sair na agenda, que o namorado quer ocupar; as prestações de contas, os desentendimentos, a balada sem avisar, a discussão, o telefone mexido. As reclamações, mesmo após as suas conversas.
A viagem convidada que agora precisa ser vista com ele.
Recados a toda hora, o desejo do outro, a liberdade (perdida?), as obrigações, a cama compartilhada no dia de calor em que ele insiste em querer te abraçar, mesmo você suando loucamente.
Tudo acaba num mesmo ciclo, que tem um elo. Uma roda infindável, onde cada um tem medo de entrar. Já se estando nela.
O medo é justificável? Não podemos ter medos?
Pra quem se acostumou a trancar o grande quarto, justamente pra afastar o sofrimento da vida, às vezes, mesmo quando se quer abrir, nem se lembra mais onde ficou a chave.
E não dá pra se arrombar a porta.
Explico: Você dividiu a vida com alguém, 2, 5, 10, 15 anos... jantares, almoços, finais de semana, planos. Uma série de coisas, e aí vamos supor que você tenha de se acostumar a não ter mais tudo isso. É dificil.
Não ter mais as ligações, as satisfações dadas, o compartilhamento dos planos, dos projetos, as reclamações - nessa hora dá uma saudade delas - as implicâncias, que agora sob o olhar da solidão, não dão mais irritação, dão uma saudade, uma imensa saudade no peito.
O lugar vago no carro, aquele sanduíche de picanha sem a compania.
A cama vazia - certamente o golpe certeiro e inquestionável de todos - sem o calor do seu abraço numa noite fria.
Toda a faxina feita no quarto ainda não é suficiente pra apagar. Pode se apagar?
Não pode.
Pode.
Pode?
Bem, alguns conseguem. São tidos como ímpar aos demais.
Bem assim, o contrário: os amigos insistindo pra sair na agenda, que o namorado quer ocupar; as prestações de contas, os desentendimentos, a balada sem avisar, a discussão, o telefone mexido. As reclamações, mesmo após as suas conversas.
A viagem convidada que agora precisa ser vista com ele.
Recados a toda hora, o desejo do outro, a liberdade (perdida?), as obrigações, a cama compartilhada no dia de calor em que ele insiste em querer te abraçar, mesmo você suando loucamente.
Tudo acaba num mesmo ciclo, que tem um elo. Uma roda infindável, onde cada um tem medo de entrar. Já se estando nela.
O medo é justificável? Não podemos ter medos?
Pra quem se acostumou a trancar o grande quarto, justamente pra afastar o sofrimento da vida, às vezes, mesmo quando se quer abrir, nem se lembra mais onde ficou a chave.
E não dá pra se arrombar a porta.
No final, o nosso medo é o mesmo: Acostumar.
Continua...
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