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terça-feira, 29 de março de 2011

Sonhos, Contos e Príncipes Encantados

Para se dar o devido clima,recomendo ler escutando esse som.
Queria saber aonde você está.
Melhor: se você existe de verdade. É! De carne e osso, sabe?
Apesar de por um longo período abrigado nos meus planos pessoais e nas minhas metas eu penso em você, mesmo possuindo os outros eu penso em você como quem tem saudade de algo que já conhece mesmo sem conhecer.
Tenho saudade do meu coração batendo louco no peito, das mãos fervilhando, das gaguejadas, das coisas que senti com outros, mas, no fundo, porque achava que eram você.
Você existe? Eu gostaria de saber sabia?
Olho pra mim, 20 e poucos anos e penso nos meus sonhos, nas coisas que eu quero fazer, mas volta e meio eu penso em você, em fazermos compras juntos enquanto eu digo que levo a bolognesa mas você quer a margherita. Aproveita, esses pensamentos tem sido cada vez mais raros que manhãs tranquilas de domingo.
Sabe? É estranho.
Quando pensei ter te achado, era inocente, estava enganado, mas se for pra ser sincero a esperança de estar contigo - um dia - me motivava, hoje, sabendo que não posso sequer te colocar nos meus planos mais e tendo adquirido muita sabedoria nesses tempos, me pergunto as vezes sobre você, sobre como seria desejar você acima de qualquer coisa, sobre como seria sentir a voz embargar no telefone de saudade, sobre como seria te abraçar, sentir teus pelos roçando na minha pele... tanta coisa: tua voz, teu olhar... queria te ouvir, sentar contigo de vontade no sofá e conversarmos sobre tudo e no final olharmos um nos olhos do outro sabendo que aquela foi a melhor coisa que aconteceu em nossas vidas.
É, confesso, hoje fiquei carente de você, eu sei, mas isso tem acontecido tão pouco... me acostumei a isso, meu coração não sente, tem raciocinado mais e talvez esse seja meu lado menino, aquele que quando tinha seus 17 rezava pro papai do céu pra te encontrar. Não te peço mais pra Ele, afinal, ele tem muitas coisas mais importantes pra fazer.
Não é que você não seja importante, mas meu gurizinho, eu já te vi em outros, beijei outras bocas, abracei outros corpos, e acabei cansando, cansando de te esperar de esperar você aparecer, o suficiente pra não querer sequer te ouvir falar mais.
O problema de tudo isso é que as vezes meu coração ainda te pede e eu fico sem saber o que fazer. Coisa de adolescente que acha que tem que achar o amor da vida sabe? Ele - o coração - não manda mais como mandava antes e, seu eu fosse você aparecia logo, antes que ele também se canse de tudo isso.
Então, se você existe mesmo, vem logo: desliga esse computador, bota qualquer roupa, se vira pra chegar aqui, cancele compromissos, desmarque viagens: vem e me ama com vontade e do jeito que você deve saber fazer! Aproveita! Justo eu, que não acredito mais em príncipes: Vem sê-lo!

sexta-feira, 25 de março de 2011

Suores, Calores e Amassos


Morda-me, aperte-me como um homem pode fazer.
Assim, te mordo enquanto observo as marcas vermelhas que fiz em tua pele. Te vejo com os lábios corados, de sorriso faceiro e desconfiado, ao mesmo tempo chamativo, quando me desejo te possuir. Me despes no teu olhar onde entrego cada peça minha, revelando pouco a pouco cada parte, cada pedaço...
Tua barba me arranha da mesma forma que te aperto e te mordo e te lambuzo com minha língua corpo abaixo, secando lhe a nuca e descendo no meio das costas sem pudor e com vontade, babando de desejo, de vontade, de fome de te ter agora.
Fico apreciando tua boca, passeando pelo meu pescoço e tua mão, a pegar em meu peito e você a me sussurrar doces baixarias no ouvido. Sussure como sendo meu, pra que eu possa escutar tua voz cheia de prazer, no timbre de quem queima de vontade, de desejo louco, que me deixa rijo e doido... e tonto e bobo.. e seu.
Tua corrente no meu pescoço e te viro e te deito e te saboreio com minha lingua, com minha boca úmida sobre cada pedaço teu, cada parte, orelhas, barriga, coxas, pernas, loucos e te observo, vermelhecendo a face, os lábios, os braços... mordo teu peito e escuto seu clamor e o quanto me apertas mais me sufocando em ti mesmo.
Chama-me, por animais, por adjetivos, por nomes baixos, chama-me! Chama-me mais! ...chama-me com seu lábio cor de sangue do que quiser, do que te vier a cabeça... teu corpo quente e tremulo junto do meu, e numa sincronia única, vamos numa dança louca, de calor, de suor, de amor, de desejo nos teus olhos revirantes tuas caras e bocas e mãos e braços e pernas, muitas elas, juntas, enlaçadas, entrelaçadas.
Engula-me com um desejo surreal fazendo me levar toda minha vontade, sacia-se de mim, lambendo-me loucamente num desejo desesperado, intenso, quente.. minhas mãos te passeiam sentindo lhe me pedir, em tuas entradas em que se mexem, quando ali chego, desejando mais, desejando eu inteiro e rijo.. te sugo, te devoro inteiro de desejo e fecho os olhos e tenho cada sensação acompanhada do calor do teu corpo sem que nada mais me importe que você ali, comigo.
Te forço, e já exausto de resistir você me recebe devagar numa entrada quente e te seguro, te mordo desesperadamente e te abraço enquanto admiro tua noca, tua entrega ali, sob gemidos intensos de prazer.
Segurar teus cabelos enquanto dizes ser minha propriedade e me chama por equino que atendendo prontamente ao seu dono, cavalga me entregue ao desejo e as vontades, dois corpos entregues como duas chamas que se arrasam, se rasgam, se batem sem se importar com nada, fundidas, dois calores únicos, duas peles ardentes numa fusão intensa até terminar juntas num gozo só.



*Novas experiências aqui no blog.
O final de semana calha bem a fazer esse tipo de leitura.

quarta-feira, 23 de março de 2011

Verdades, Amizades e Traições


Trocar de faculdade foi para mim uma ótima escolha, me proporcionou ganhos, renome e mais amigos. Na outra instituição, era cada um por si, portanto nunca houve nenhuma preocupação com a questão de em algum momento precisar afirmar que sou gay pra ninguém ali. Porque não havia nenhuma espécie de amizade, logo jamais haveria qualquer conjuntura que levasse a essa necessidade.
Nessa nova universidade as coisas mudaram, todo mundo é bastante receptivo e um cara já se tornou meu amigo logo de cara, com este já vi que tudo será tranquilo pois afirmou várias vezes sobre apoiar a causa e tal. Quanto aos demais ocorreu algo bastante inusitado: fui convidado para o time de futebol da sala, tamanho o entrosamento e estou seriamente pensando em entrar, afinal o pessoal está sendo super bacana comigo. Essa situação certamente me produzirá algumas amizades provavelmente está muito mais propenso em alguma circunstância de percurso alguém que venha a tornar-se amigo saber.
Lembro de uma reflexão que certa vez levantaram aqui pelos blogs sobre a necessidade de se anunciar a um eventual amigo (de verdade) hétero conforme a amizade avança: que existe uma perspectiva onde se você deixa a coisa maturar demais pra poder falar, ele pode sentir-se traído.
Talvez seja algo verdadeiro, basta transplantarmos a situação para um relacionamento afetivo: como você reagiria se depois de meses juntos com seu namorado, descobrisse uma omissão de algo relevante? Apenas para sintetizar uma situação hipotética: Você deu confiança a ele, portanto ele teria a obrigação em não lhe faltar com a verdade. Basta, nos colocarmos na situação pra compreender que de fato, se configura como uma omissão. Até porque hoje, uma aceitação é muito mais facilitada do que certos tempos atrás.
São arriscadas manobras desse tipo quando, não se tem uma imagem feita, pelos motivos que sabemos de cór... Por enquanto é levar naturalmente como tenho levado, se em alguma situação ocorrer uma necessidade dessa afirmação o momento dirá se é viável ou não.



*Agradeço a todos pelos comentários, emails e mensagens referentes ao post passado, que inclusive acabou sendo citado num site que ajuda a combater suicídios. Achei interesante levantarmos a questão do diálogo e orientação nesse tipo de situação, lembrando que em nenhum momento o texto foi apologético ao tema.

segunda-feira, 21 de março de 2011

Preocupações, Desesperos: Suicídio



"É sempre melhor ser otimista do que ser pessimista. Até que tudo dê errado, o otimista sofreu menos."
(Armando Nogueira)

Essa busca pela felicidade, geralmente é também procurada através do esquivamento do sofrimento. Alguns, conseguem ter a compreensão que por vezes o sofrimento pode possui um papel visionário no caminho da felicidade, seja nos ensinando através de erros ou nos moldando através de decepções.
Drummond, dizia que muitos possuem uma 'prudência egoísta' onde, esquivando-se do sofrimento, perdem também a felicidade. Ele, fazia uma distinção bastante simples do que é dor e do que é sofrimento. Conforme nosso pensador, a dor é uma variável definitiva, porém seu sofrimento, opcional:

".Nossa dor não advém das coisas vividas, mas das coisas que foram sonhadas e não se cumpriram. .."

Acumular este conhecimento é algo cronológico, recordo-me que a tempo não muito atrás, eu ainda possuía um sentimento de culpar-me de inumeráveis coisas muito constante. Durante um período conturbado, em que colecionava dívidas, desentendimentos pessoais, falta de perspectiva profissional e um quê de carência sentimental, me recordo de ter pensado na idéia de suicídio.
Observar o suicídio assim, distante e após uma superação - afinal todos nós sempre nos sentimos melhor para contar sobre uma situação constrangedora apenas na sua superação - recorrentemente leva a opnião de que quem o nutre é um idiota, por que é uma idéia que não leva a nada, bla bla blá... Porém a pressão que certas preocupações e uma infinidade de idéias e aflições psicológicas podem exercer numa mente insegura é algo avassalador e por muitas vezes subjulgamos isso.
Naquele momento, eu conseguia raciocinar pouco sobre a questão, de fato, as perspectivas eram poucas e foram várias e recorrentes as vezes que, na frente do caixa eletrônico via o saldo da conta num valor alguns reais maior do que a conta que segurava na mão pra pagar, somadas as incontáveis vezes que ouvia reclamações paternas sobre balbúrdias tão estapafúrdias que eu simplesmente me calava pra não disperdiçar energia com algo que eu sabia que não mudaria. Havia desistido.
Toneladas de cobranças, pouco a pouco, como uma faca apontada para sua cabeça, minavam mais a esperança de que as coisas melhorariam e eu perdia aquilo que é mais precioso na vida: o gosto de viver.
Apesar de manter os compromissos normalmente, inclusive com amigos, era um sofrimento silencioso e solitário, por vezes minimizados por um ou outro amigo que conhecia a situação.
Lembro-me de uma das vezes que muitas coisas deram errado num dia, ter conversado com um amigo e após isso ter andado sem destino, como um bêbado, através de grandes avenidas da cidade, Paulista, 23 de Maio, Tiradentes... durante o trajeto eu olhava pelas luzes dos carros - alheios ao que eu vivia naquele momento - e olhava pro céu e iniciava uma conversa louca com Deus na qual o acusava de omissão por aquela minha situação e me questionava desesperadamente o porquê de n coisas na minha vida terem dado errado, os porquês de meus planos não se concretizarem e inúmeros questionamentos como uma ultima e desesperada prece por socorro.
Ao chegar - já a noite, após horas de uma caminhada quase zumbi - nas margens de um rio ali na zona Norte numa grande avenida em que apenas carros habitavam a paisagem. Ali, me vi só.
Solitário, na noite escura, no frio, molhado pela garoa, comecei a pensar no que realmente valeria a pena nessa vida, nas coisas que escutara, nos sonhos que não aconteceram, na solidão, nas perspectivas e uma série de auto-cobranças que me jogavam o olhar pro fundo daquele rio que corria sozinho pra algum lugar, onde eu achava que talvez selasse ali os meus sofrimentos. Pra sempre.
Ali, debruçado naquela grade, fiquei por uma hora, ou mais, não me recordo, a bolsa colocada de lado, objetos, ainda pensando no que poderia valer a pena suficientemente pra que ainda continuasse a viver.
Mexi os bolsos, encontrei alguns reais, o celular e a carteira da faculdade. Olhei pro céu, na esperança de uma luz iluminar meu desespero, de encontrar um caminho.
Lembro de observar o cartão da faculdade, com uma foto minha e o curso escrito logo abaixo.
Em meio a choro, desespero e exigências divinas, naquela hora, alguma coisa me fez observar que... sim, ainda havia uma luz.. que talvez eu precisasse me empenhar mais, me dedicar mais, talvez estivesse entregando os pontos muito cedo. Olhava para aquele cartão, um desejo tão sofrido, uma luta tão dificil que foi chegar ali, lembrei dos dias que economizava dinheiro de condução para pagar o cursinho pré-vestibular e andava horas para chegar ao trabalho ali pelos meus 17 anos, das economias, das noites mal dormidas. O sonho da melhor universidade, da carreira, da vida.
E ali, no meio das lágrimas, eu percebi que havia chegado no meu limite, mas que assim como muitas coisas na vida, talvez a gente também canse de sofrer.
Drumond, dizia que 'a dor é inevitável, mas o sofrimento é opcional'.
Esse dia, tão marcante, de fato sepultou o fim de um tempo: algumas coisas começaram a engrenar aos poucos e eu, adquiri uma paciência religiosa e silenciosamente fui traçando minhas metas e objetivos, e com o passar do tempo fui obtendo pequenas vitórias, mas que foram se somando uma a uma.
Contudo, aquele momento foi um marco e me serviu de base pra muitos dos pensamentos que tenho hoje sobre a vida.
Poderia ter um fim trágico, assumo que poderia. É ousado, mas perigoso chegar ao limite.
Hoje, tento sempre quando alguém vem conversar comigo, desanimado da vida, oferecer uma perspectiva bacana. Evito neglicenciar aos outros, como muitos fazem, assim como eu já o fui e que talvez com menos discernimento em um momento crucial, eu teria sentido aquela agua gelada pela última vez na vida.

sexta-feira, 18 de março de 2011

Histórias de Cidade Grande


Vinha para a faculdade, quando resolvi parar na capela ao lado do hospital Beneficiência Portuguesa. Ao entrar, ela estava sendo fechada. Uma moça que estava adentrando tambem foi abordada pela freira dizendo que a capela estava sendo fechada naquela hora...

- É que eu vim agradecer uma graça.
- Que bom. - respondeu a freira - do que se trata?
- Minha mãe estava em coma a vários dias e não mexia nada. Hoje ela simplesmente acordou bem, nos reconheceu e conversou conosco!

Nisso eu as observava: a moça, sua amiga a freira e duas mulheres que estavam saindo todas felizes com a graça contada pela tal moça.

Parei, observei e saí passando por elas e me pondo a pensar. Não demoro, escuto a tal moça já na calçada falando com alguém no celular muito feliz:

- Olha, você não viu o recado que te deixei? Mamãe acordou, nos reconheceu, conversou conosco, foi uma benção...

E dali eu me afastava, lembrando que estava neste mesmo dia reclamando de algumas outras coisas que talvez não tivesse a mesma relevância qual eu dava. É impressionante como a vida nos ensina a todo momento.



*Essa história ocorreu em novembro de 2009, e, é interessante como certas ocasiões nos servem para refletir sobre a vida e sobre o que exigimos dela.

quarta-feira, 16 de março de 2011

A Fé, o Gay e Deus.

Religião já foi um dogma nas sociedades, apesar de não desempenhar mais um papel controlador, tem uma relevância ímpar em muitas questões, existenciais ou não.
Tradicionalmente o gay é rejeitado - ou é publicado assim - nas três religiões monoteístas principais: o cristianismo (catolicos, ortodoxos e protestantes), islamismo e judaísmo, onde temos o exemplo clássico das igrejas cristãs onde a Bíblia que não possui uma linha de fato tratando do gay, mas que o condenam e que congregam em si grande parcela da população mundial.
Por enésimas razões, a cultivação de fé é por vezes classificada como um retrocesso, uma ignorância, uma prisão dos pensamentos. Muito provavelmente a maior parte dos que classificam desta maneira não compreendem que existe um abismo entre fé e religião.
Me recordo de certos clichés, um que citarei, o farei por ser mais conhecido: a intercessão através de santos. Questionamento recentemente esquecido pelos evangélicos mas que é um objeto de fé que distingue a fé protestante da fé católica. São cristãs, mas distintas.
Assim como essa é uma distinção básica, um agnóstico por exemplo não necessariamente crê ou descrê em Deus e são particularidades como essas que acrescentam muitos preconceitos quando tratamos de fé. Ainda mais quando tratamos o gay dentro da fé.
Muitas questões foram relativizadas atualmente, porém, alguns ainda possuem rejeição a qualquer manifestação de fé - principalmente uma boa parte dos gays - por terem sido 'rejeitados' por igrejas como a Católica e as protestantes que tem em seu discurso ao menos vez ou outra algo de 'homofóbico', ou simplesmente por terem assumido uma certa carga racional que a sociedade capitalista promove. Lembrando que isto é uma constatação, não uma crítica.
Porém, existe algo além da igreja em questão que é a fé. Manifestação essa, que se renova. Hoje muito se conhece de 'fé particular', que á aquela crença que possui uma característica ligada a certa igreja, mas que necessariamente não está ligada a ela.
Existem igrejas protestantes LGBT hoje no país assim como movimentos católicos de mesma origem, em sua totalidade independentes, e não reconhecidos pelas igrejas de cuja fé derivaram, alguns talvez tentando resgatar entre alguns de nós algo além das igrejas, dos dogmas, das regras... mas a fé. A fé em si que muitos de nós possuímos, mas que as vezes se sente órfã demais para se manifestar. Afinal, possuir fé no meio gay é um desafio por si mesmo.
Quantos de nós já não nos questionamos sobre a tradicional indagação se "Deus me aceita ou não"? E quantos, que ao se dirigir as igrejas tradicionais não ouviram as mais estafúrdias explicações?
Mas como diz o movimento americano: 'as coisas vão melhorar" e quando você cresce, se esse sentimento sobrevive - e todo amor que é verdadeiro sempre sobrevive - você consegue compreender que sim: Deus te fez assim e que sim, ele te ama e te recebe sem nenhum preconceito. Óbvio se estamos falando do mesmo Deus.
Muitos nessa hora questionam "mas a igreja diz tal". Aprendi que apesar dos pesares, Deus está acima inclusive das igrejas que chamam por ele mesmo e penso que essa culpa não é dele. Ah, não é mesmo!

terça-feira, 15 de março de 2011

Terremotos e Quando as mudanças podem te derrubar?


Tóquio é naturalmente propensa aos terremotos como toda a Honsu.
Aliás o terremoto está para a história do Japão, quase como o carnaval está para a nossa.
Quando houveram os grandes terremotos de início de século, num Japão já mais urbanizado, onde se devastava tudo e morria-se aos milhares, começaram a ser discutidas medidas de como se viver ali, com toda aquela sandia terrestre. Após anos de pesquisas, estudos e adaptações, as construções japonesas hoje, são as mais seguras do mundo, graças a tecnologia desenvolvida para resisti-las aos tremores constantes do arquipélago.
Mas óbvio, que tudo isso hoje, custou longo trabalho e assim sendo: o quanto as mudanças podem te derrubar?
Assim como o Japão e outras localidades do mundo, que vivem sob os efeitos sismatológicos e estão sempre sob reconstrução, alguns de nós ganhamos essa capacidade regenerativa... Mas as vezes, mesmo quando você já está acostumado a ver sua casa trincada de abalos, e sempre ter aquela massa corrida pra retocar a parede afetada, ainda sim em algum momento tudo isso soa demais pra você.


Como um reconstrutor e superador nato, estou acostumado a reerguer minhas cidades particulares destruídas por grandes tremores, onde as vezes mal sobra locais para dormir, mas às vezes, conseguido recuperar todo o ambiente em pouco tempo, dá certa tristeza testemunhar mais um abalo. De novo.
Mas a perspectiva podia ser ainda pior: haveria como ser uma devastação ainda maior e ceder todas as minhas construções, aí nesse caso, literalmente começar-se do zero.
Mudanças ocorrerão em toda nossa vida, frenquentemente, mas continuarão a ser fontes de dúvidas na mesma proporção em que ocorrem.
O jeito? Tentar com o tempo se tornar como as construções japonesas: indiferentes aos tremores.


"Não importa onde você parou, importa é acreditar em você de novo"
*Compilação de 'Recomeçar' de Drummond





**Esta postagem foi realizada na integra em 29/10/2010. Infelizmente o Japão encontrou nessa ultima semana um abalo que foi 'demais para ele mesmo'. E diferentemente do que havia escrito na ocasião, até as construções japonesas que são preparadas contra terremotos, sucumbiram ao tsunami. Esperamos que o Japão, continue sendo um exemplo de superação, passando 'mais uma vez' por cima da adversidade.

sexta-feira, 4 de março de 2011

Felicidade: Hoje.

Felicidade.
Aquilo que todo ser humano - quem disser que não, provavelmente mente - busca.

Ela pode estar caracterizada em desejos nossos que quando se concretizam, se convertem nesse sentimento.
É fato, que pra muitos de nós, inconscientemente ou não, o fato de ter um namorado encurta esse trajeto, se torna uma faixa adicional ou nos leva a ele.
Pra muitos de nós, que já sofreram bastante com estradas que achávamos que nos levariam a este destino, mas que no final nos jogaram pra mais longe dele além de nos deixarem em lugares escuros e sombrios, nos faz raciocinar sobre a real necessidade de um parceiro.
Não vou aqui argumentar a não necessidade dele, mas sim a discussão de um papel somador e não fundamental a felicidade.
É óbvio que todo mundo deseja companhia, conceito que pode ser estendido a famíla e/ou amigos, afinal nenhuma alegria é valida se não temos com quem compartilhá-la.
Hoje, tenho raciocinado que muitos de nós - até porque dias atrás eu estava nessa corrente - que nos martirizamos mais que os filipinos (aqueles que a gente vê na tv, se chicoteando até o esfacelamento) na semana santa, na verdade focamos mais no problema que nas saídas. Que sim, a vida nos dá.
Eu mesmo, vivo corrido, por conta de uma série de compromissos, estudos e trabalho nesses dias e tenho sentido falta de meus amigos que são - de fato - a minha família.
Mas mesmo nessa distância, eu sei que eles estão lá, e isso é o que me conforta e de alguma maneira me traz alegria.
Ter alguém é muito bom, mas focar todas as nossas energias na busca da cara-metade é desgastante porque assim como na música do Frejat, esse amor pode estar em qualquer lugar "Pode ser que eu encontre/Numa fila de cinema/Numa esquina/Ou numa mesa de bar..." e esse encontro depende de uma série de coisas além do nosso alcance. Digo isso, com a propriedade de quem já dispendiou muito tempo da vida nessa luta. E de quem já foi surpreendido nos lugares mais inimagináveis.
Então o negócio é desestressar e curtir a vida, quando a oportunidade bater, óbvio, aproveite!
Cada momento da nossa vida é único. E não volta... lembre-se.
A cada pessoa é reservado um destino: tenho eu mesmo amigos jovens "casados" a anos com seus companheiros e amigos de 40 que nunca se aventuraram a tal compromisso. E isso não os faz menos felizes que os anteriores.
Pelo menos para mim, hoje, o que eu tenho a agradecer é a dádiva de ter pessoas especiais na minha vida e de ter sempre 'esperança' nos meus sonhos. Afinal, sem sonhos a vida fica bem mais sem graça. E mesmo que ela seja cheia de problemas, me lembro de uma frase de um autor desconhecido: "Felicidade não é a ausência de problemas mas a habilidade para lidar com eles."

Ofereça um sorriso, um agrado, um gesto, aproveite os momentos com as pessoas que você ama, aprendi que quem faz seu clima feliz, atrai felicidade naturalmente.
Parece besteira? Experimente!
Os caminhos podem ser longos, mas quem nos acompanha neles com certeza fará toda a diferença.
A quem ofereço isso? Aos meus amigos de cá, aos que vieram daí e a quem mais desejar.


* Ducentésima postagem do blog.
** Os sorrisos das fotos são meus.


P.S.: Nesses novos tempos, devem ocorrer novas incursões de fotos minhas aqui, identificadas ou não como as de alguns posts recentes passados.

P.S.2.: O banner foi trocado, mas ainda deverá passar por mudanças.

quinta-feira, 3 de março de 2011

Distâncias, Palavras e Coisas que deixei de você


Uma das coisas que certamente mais machuca quem ama é a distância. Principalmente quando se sabe que é recíproco o sentimento que nutrimos. Contudo, aquele amor que é verdadeiro, age como um cacto, que fica sozinho no meio do deserto, mas finca raízes profundas naquele terreno arenoso e consegue sobreviver mesmo com pouca água.
Engraçado que vendo uma reportagem recente do carnaval dia desses, a noite quando chegava da faculdade, lembrei de ti, de tua voz e acho que foi nessa hora que me toquei do quanto estamos distantes e de quanto tempo não lhe ouço.
Peguei o celular e comecei a olhar pra ele, procurei teu nome na agenda e fiquei ali, refletindo sobre você por alguns minutos, numa posição única que se houvesse mais alguém ali, certamente acharia que não ando batendo bem das bolas.
É uma saudade que a mim, só é menos sofrível devido ao ritmo corrido que me foi imposto no ultimo mês, mas volta e meia eu chego a noite em casa e olho o celular ali, jogado na mesa.
Tu imagina o que penso e qual a vontade que me dá.
Lembre-se que acima de tudo, no te olvido e que estou aqui convivendo...
Que podemos fazer não é?

Saudades.
Como o oceano que nos separa.
Como uma canção que eu sei que pode aí chegar.



Postagem n°199.

Uma das coisas mais fantásticas que esse blog me permitiu foi conhecer a história de outros garotos que como eu, tem sonhos, esse aqui por exemplo, tenho o prazer de conhecê-lo e de compartilhar agora um oferecimento de amor que certamente é dos mais lindos e realistas que já li.

terça-feira, 1 de março de 2011

Enquete e 200 Postagens


Quero agradecer a quem votou para o novo banner do blog. Ele entrará na ducentésima postagem.
Foi interessante, pois percebi que a intenção da maioria foi preservar essa aura de infância, de inocência mantendo essa mesma linha de imagem.
Vocês sabem que as fotos eram protótipos, que iam iluminar o banner denitivo, portanto, ele irá originar um, que devo colocar depois de amanhã e que vai inaugurar uma nova fase do blog.
Agradeço a todos vocês, as suas opniões, críticas, idéias, segredos... tudo que cada um deixou nessa caixa de comentários e que ajudou a agregar algo na minha vida ou na de meus leitores.
Amanhã, repetirei uma postagem que foi a mais comentada - ou uma das mais - que trata do sentimento que cada um de nós buscamos em nossas vidas: a felicidade.
Espero que cada palavra que eu tenha escrito, cada linha, tenha servido pra trazer algo de bacana pra quem passou por aqui e agradeço as vezes que escrevi buscando luz para meus pensamentos e vocês me serviram de sendero para isso. E que continuamos assim: nos completando e sendo amigos, confidentes e eternos garotos no nosso coração.


Meu eterno obrigado.



P.S.: A titulo de curiosidade, muitos que me conheceram pessoalmente já exclamaram: nossa achei que você era mais experiente. Pra quem ainda não sabe, são duas décadas e quase meia de primaveras vividas!